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domingo, 6 de janeiro de 2013


Não se assuste o Leitor ao entrar nesta deliciosa peça do Dr. Raimundo Quintal. Não se trata de caminhar sobre as águas, mas sobre uma das milagrosas obras da Madeira Nova, obviamente saída da cabeça do feiticeiro da tribo e dos nossos bolsos.




ENTREI A PÉ NA MARINA DO LUGAR DE BAIXO










Ontem à tarde entrei a pé na Marina do Lugar de Baixo. Isto não teria nada de especial se o tivesse feito pela via pedonal ou pela estrada regional, que se encontravam encerradas. Penetrei na marina pela abertura projetada e construída para os barcos. Sou um homem feliz. Finalmente, satisfiz um sonho que acalentava há vários anos, desde a altura que os engenheiros de quarta classe disseram a sua excelência o UI (único importante), que aquilo não prestava para acostar barcos.
Marinas há muitas. Milhares, muitos milhares, por esses oceanos além. Umas acolhem mega iates, príncipes, gente riquíssima, finíssima. Outras dão guarida a veleiros de navegadores solitários. Umas são enormes. Outras pequenas e modestas. Mas nenhuma, repito nenhuma, se pode comparar com esta que eu ontem penetrei quando o sol já se posicionava a poente.
Esta é a única que não tem barcos, onde não entram barcos!
Concretizado o sonho de entrar a pé na Marina do Lugar de Baixo, não tenho mais moral para criticar o dispêndio de 104 milhões de euros da União Europeia e da Lei de Meios nesta obra que em muito irá contribuir para eleger a Madeira como a “Loucura do Atlântico”.
Atendendo a que não tenho acesso às colunas do prestigiado Jornal da Madeira, uso este meu cantinho na Internet para prestar uma pública homenagem ao senhor presidente e ao senhor vice presidente do governo regional da Madeira, ao atual e aos anteriores presidentes da sociedade de desenvolvimento da Ponta Oeste e à equipa projetista (por acaso a mesma empresa desenhou o projeto de desfiguração da Baía do Funchal), pela excecional visão política, pela qualidade técnica e pelo rigor financeiro com que foi idealizada e edificada esta monumental obra de engenharia marítima. Bem Hajam!
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal




5 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso nesta altura não é a melhor altura para entrar por esse lado pois o mar tem estado "mau" mas no verão era fácil fazer esse percurso. Quando terminarem todas as obras terão que lá manter um barco a desassorear a entrada na marina, económicamente aquilo nunca será rentável, mesmo ignorando os custos de construção.

amsf

jorge figueira disse...

Estão faltando comentadores que reconheçam que o "senil" manipulou as fotos.

Luís Calisto disse...

Com efeito, Dr. Jorge Figueira, estranhamos os comentadores militantes que falam de fotos borradas (dos Portos) e teorias do género.

Rocha disse...

Caro Calisto,

então não se está a ver que isto são apenas simples borrões.

Ou então, aquilo foi colocado para não entrarem iates antes da abertura oficial, como eles fazem nas estradas com blocos de cimento.

Luís Calisto disse...

Agora por falar nisso, acho que é bem capaz de ser assim...
Também pode ser para facilitar o acesso aos nabos que não sabem nadar.