OPERAÇÃO 'ROLEX'
Longe do 'Fénix' querer 'espantar a caça', mas há novidades que não podemos sonegar ao Leitor.
É por esse motivo, e não pelo condenável impulso de avisar o ratoneiro, que recuperamos a situação do 'rolex' desaparecido e deixamos aqui uma ideia para localizar a chave do mistério.
O tema é consabido na Madeira. Uma figura conhecida na sociedade madeirense encomendou no estrangeiro um 'rolex' para oferecer à mulher - relógio a custar a 'brincadeira' de 7 mil euros. O seguro da viagem era válido até Lisboa. Foi na capital que um conhecido desportista de automóveis aceitou fazer o favor de dar seguimento ao transporte do objecto de luxo, até ao Funchal.
Algum tempo depois, o comprador perguntou ao desportista quando lhe podia entregar a encomenda. Foi quando soube que a preciosidade fora metida na mala de porão e desaparecido no espaço desde que foi despachada no check-in e avião até à Madeira.
Claro que o dono do relógio sem relógio - conhecidíssimo médico da praça - resolveu apresentar queixa à PSP em Lisboa contra desconhecidos. O mesmo fazendo, segundo nos contaram, o 'correio' do relógio sem relógio.
O tempo passou e nada de novidades sobre o mistério. A não ser que testes realizados pelas entidades competentes alegadamente concluíram que a mala em questão não foi violada no trajecto.
O que nos leva a especular: o ratoneiro sabe do ofício.
Agora, porém, pode haver evolução no intrincado caso.
O desportista de automóveis já está no Porto Santo, com família e amigos, num hotel retemperador. Curiosamente, está prestes a chegar ao mesmo hotel, com a família, o vip que encomendou o 'rolex'.
Assim, estarão ambas as vítimas a passar férias debaixo do mesmo tecto - e às tantas ainda convivem nalguma inauguração das que fazem para lá.
Uma vez que, para um só 'rolex', há 2 roubados - o médico que pagou os 7 mil euros e o desportista que ficou sem o mesmo 'rolex' e numa situação embaraçosa -, não seria mau juntarem esforços neste período de areal numa cata impiedosa ao ratoneiro.
Um é rápido no pedal. Outro é mestre em tratar as situações cirurgicamente, com pinças. Trabalhando em aliança, talvez se dê o milagre.
Mas então o larápio iria para o Porto Santo meter-se na boca do lobo? - pergunta o Leitor.
Há cabeças e cabeças, lembramos nós. Pode muito bem o ratoneiro pensar: onde havia um 'rolex', pode haver mais.
Ambas as vítimas devem, em todo o caso, andar com cuidado no Porto Santo, porque, com tantos visitantes debaixo de ultravioletas no máximo, é perigoso. Há gente para tudo e sabe-se como 'a ocasião faz o ladrão'. Ambos que tenham cuidado com o relógio, se ainda o usam.
Era só. Esperamos então que não nos acusem de, com este artigo, estarmos a 'entregar o ouro ao bandido'. Isso já foi.
Enviaram-nos fotos do Porto Santo relacionadas com esta história. Não as publicamos porque isso, sim, seria facilitar demasiado a vida ao badalado rato, se ele acaso for mesmo ao areal.
Sem comentários:
Enviar um comentário