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quarta-feira, 20 de abril de 2016

MEDIDA DRÁSTICA ESPERADA




FAMÍLIA WELSH PERDE A PACIÊNCIA
E ENCERRA PARQUE DA PRAIA FORMOSA

Depois de décadas à espera de ver respeitados os seus interesses, os proprietários do terreno decidiram passar das negociações inconclusivas à acção


Era uma questão de tempo, aconteceu hoje. O parque de estacionamento da Praia Formosa amanheceu cercado a grandes blocos de cimento. Cortados o acesso a oeste a saída, a leste. De modo que lá está o grande espaço asfaltado deserto, sem uma única viatura.
Supõe-se que o penoso processo do terreno da família Welsh vá conhecer finalmente um desfecho.
Foram décadas de equívocos, avanços e recuos, discussão e promessas incumpridas. O terreno da Praia Formosa a oeste da antiga Shell pertencia aos Welsh. O desenvolvimentismo da Madeira Nova decidiu, como sempre à sua maneira, expropriar a propriedade privada. Falaram em fazer um parque e uma zona desportiva. Obra pública no que não era público, já que o governo nunca pagou dinheiro nenhum pela 'aquisição'.
O tempo foi passando e nada de novo sobre a Terra e sobre a terra da Praia.
Segundo nos explicam, seguiu-se uma declaração de utilidade pública. Avanços. Reversões. Discussão. Muita polémica. A Câmara já no barulho a gerir terrenos que não eram seus. As dúvidas sobre até onde subia o domínio marítimo. Governo, Câmara e Estado à nora para saírem da camisa de onze varas. E os proprietários a ver o tempo a passar sem receberem dinheiro público nem poderem rendibilizar o que era e é seu.
Avançou-se para a delimitação definitiva da delimitação do domínio marítimo. Processo que levou uns moderados 15 anos!
Em Setembro de 2015, sai a delimitação do domínio marítimo. A propriedade dos Welsh afinal apanha até a zona onde se encontram instalados alguns bares. 
A Frente Mar não tem meios nem posses para negociar com os proprietários. A CMF, propriamente dita, também não parece interessada em mexer-se. O governo, apesar dos 'recordes' propagandeados sobre turismo, economia e o filão no extremo do arco-íris, não tem um chavo para mandar cantar a malta. O custo real do terreno não é brincadeira nenhuma.
A família Welsh manifesta-se profundamente agastada pelo tratamento recebido ao longo destas décadas. O processo pode tornar-se dramático.
A esperança dos populares utentes é que a Câmara se entenda com os proprietários no sentido de serem salvaguardados os interesses em jogo. Algumas contrapartidas no licenciamento dos projectos a executar pelos Welsh podem preservar alguns 'direitos adquiridos' da população e dos bares.
Não é de excluir a hipótese de o proprietário, com o encerramento do espaço, estar a preparar a rendibilização do parque, tornando-o pago. É uma questão de esperar para ver.









Nota - Algumas fotos são repetidas em relação às que foram publicadas de manhã cedo na nossa página FB.

14 comentários:

Anónimo disse...

E os welsh compraram a quem? Gostava de ver essas escrituras de compras desses terrenos bem situados? Como o da zona da estátua da autonomia que ainda não está fechado. Tb gostava de ver a escritura desse...
Deles e de outros inglesinhos da Madeira Velha que muito escravizaram o Madeirense.
e Atenção isto não é o Meio Chefe/Renovadinho a escrever. Nisto ele tem razão..

Anónimo disse...

Tal como os terrenos do Blandy que iam do Garajau ao Pico do Areeiro...

Anónimo disse...

Já li noutro blog que os terrenos serão vendidos ao Pestana , o Calisto sabe algo?


E Sabe se foi mesmo verdade que os Welsh venderam os terrenos da antiga Shell ao CR7 ?

Anónimo disse...

Cafôfo dos sorrisos falsos e passeatas o que vai dizer aos Funchalenses? O chefe da frente mar o que anda a fazer?? Resolva isto de vez com o Welsh..O Povo saberá dar resposta a estes incompetentes!!**

Anónimo disse...

Esses terrenos não são de domínio público marítimo?

Anónimo disse...

Os Blandys nunca foram trucidados pela jardinagem porque tinham o escudo do Diário, porque os outros ingleses não tinham nada para se agarrar e levaram uma coça. Só agora é que os tribunais de m... lhes deram razão. Um vergonha

Anónimo disse...

Se estes terrenos fossem do Pestana, do Avelino ou do Jaime Ramos a viloada nem abria o bico e ainda lhes lambia os to...tes

Anónimo disse...

Os donos da Madeira Velha não f.. nem saiem de cima. Invistam, plantem bananeiras, façam um hotel, mas aquela zona é demasiado nobre para ficar num escalracho.
Se não querem investir deixem a população usar.
Estes ingleses apropriaram-se de tudo.
AJJ é que sabia metê-los na ordem.

Anónimo disse...

Esse meio chefe falava e falava, mas na hora da verdade agachava-se... Ele cortou algum investimento aos Ingleses? Só discurso, para calar/intimidar o Diário.

Agora na prática deixou tudo a andar como Eles queriam.

E fez tudo mal feito. Até a praça da Autonomia não soube expropriar...Os Welsh ainda vão ganhar aquele processo e o povo vai pagar outra vez...

Anónimo disse...

O Quebra Costas anda por aqui, pelo teor de alguns comentários.
Basta falar nos "ingleses" e surgem a salivar, qual Pavlov

Anónimo disse...

Os Blandy não foram trucidados pelo Jardinismo porque simplesmente estavam feitos com ele, como bem o Luís Calisto sabe. O discurso anti-ingleses era só para a populaça. É dos livros que o poder para arregimentar os ignaros, arranja dois ou três "inimigos". Foram os ingleses, os da Madeira Velha, e mais umas baboseiradas do género. Digam-me só uma única inauguração do grupo Blandy em que Jardim não esteve presente. E os Blandy têm uma vantagem. Investem, e investem na Madeira.
Quanto aos Welsh a questão é outra. A actual geração não vale nada. Só quer dinheiro, não quer investir nada. É uma família cuja importância acabou com a morte de Jimmy Welsh.
Herdaram tudo de duas famílias, Hinton e Welsh, e os terrenos da Praia Formosa vêm do tempo em que os Hinton os compraram, já que o plantio de cana de açúcar aí existente era muito importante para o abastecimento da fábrica do torreão.
É um terreno privado reconhecido pelos tribunais, e nada tem a ver com o acesso ao mar, que é público.
Se existe ou não projetos para a zona, não sei. Mas de iniciatva dos Welsh, não acredito. Para vender e outros aí investirem, já acho possível. E com o Cafofo, eu até acredito numa aprovação, que em meu entender seria criminosa. Construir seja lá o que for naquela área seria um erro urbanistico calamitoso. Já basta o que de mau foi feito naquela zona.
O ideal seria a aquisição ou expropriação dos terrenos, fazer um magnífico jardim e zonas de lazer, assim como um bom estacionamento.
Acho isso verdadeiramente de interesse público.

Anónimo disse...

Parabéns sr. Calisto, o seu artigo está muito bem feito e mostra preto no branco os abusos de regime contra a propriedade privada. Os vilões que votaram no PPD durante anos que vão lambendo feridas, lol

Anónimo disse...

Com Miguel Albuquerque na Câmara, isto não tinha chegado a este ponto. Ele apesar das jogadas que fez, que deviam dar cadeia, tinha o mérito de negociar com diplomacia estas questões. O Cafofo que é um básico, em vez de resolver estes problemas, anda em viagens. INCOMPENTETE!

Anónimo disse...

Mas afinal este assunto arrasta-se há quantos anos? Há quanto tempo esta embrulhada não ata nem desata? 15 anos? Não, mais! E quem está agora na Câmara é que tem de ser supersónico?!