Opinião

CORRIGINDO A INDIGÊNCIA POLÍTICA

O dirigente socialista local, Maximiano Martins, que numa recente edição do “Expresso” era mencionado a propósito de ligações que o KGB soviético procuraria em Portugal, insinuações que desmentiu categoricamente, sob a epígrafe de “economista” publicou no “J.M.” um artigo que também tenta diminuir os meus Governos.

Pela análise do texto, vê-se que o pretendido “balanço”, no campo da Oposição procura denegrir o CDS, omitir os restantes Partidos e fazer propaganda barata do Partido Socialista, desacreditado na Madeira.

De acordo com a estratégia ressurreccional do actual Cambão da “Madeira Velha”, também visa não estragar o montado e ridículo clima de “união nacional” ante inexplicável terror do “jardinismo”.

E daí as asneiras.

A asneira de considerar agressivo e primário o efectivo exercício do poder democrático, único processo de atingir resultados em Democracia e não deixar a concretização do Bem Comum à mercê da discussão estéril de minorias, nem da ditadura dessas minorias através da opinião publicada. O estado em que se encontra a República Portuguesa só me dá razão.

A asneira de considerar não se dever ter recorrido à divida pública, sem a qual o Povo Madeirense não teria hoje a Qualidade de Vida de que desfruta, apesar de nos continuar a ser obstaculizada a Autonomia Política a que temos Direito, reivindicação hoje tonteiramente apagada.

A asneira de considerar que a Região Autónoma “deve”, quando a chamada “dívida pública da Madeira” se destinou a aproveitar os Fundos Europeus e a recuperar do atraso a que a extorsão pelo Estado central tinha remetido esta parcela de Portugal.

A “dívida” é desse mesmo Estado.

São estas asneiras na nossa hoje indigente vida política, que nos dão a maçada das correcções que se impõem, apesar da censura vigente na Região impedir o Direito de resposta.

Funchal, 1 de Abril de 2016

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim