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terça-feira, 5 de abril de 2016

Roberto Almada ao ataque!




Vai sendo uma raridade na vida política e social da Madeira. Mas, da parte de Roberto Almada, não houve domingo passado paninhos quentes a crítica muito objectiva, directa e contundente ao Blue Establishment conduzido por Miguel Albuquerque. Foi no último dia da Convenção do Bloco. 


UM ANO DE GOVERNO REGIONAL:
BLUFF, PÓLVORA SECA E FANTASIA



Na Sessão de encerramento da VI Convenção Regional do BE Madeira, que decorreu no Funchal, no passado domingo, o reeleito Coordenador Regional bloquista, Roberto Almada, fez uma violenta crítica ao governo regional da Madeira e ao seu presidente, Miguel Albuquerque.

“Este ano de governação foi um bluff um tiro de pólvora seca. Quase 365 dias de inconseguimentos e fantasias. Um ano de promessas que o vento levou”, acusou.

O coordenador do Bloco Madeira confrontou a seguir o governo do PSD Madeira com as suas promessas, para sublinhar que “Miguel Albuquerque prometeu mundos e fundos mas fez zero”.

“Onde está a ligação ferry ao continente, prometida por Albuquerque? Zero. Onde está o avião cargueiro prometido? Zero. Onde está o alívio fiscal? Zero. Onde está o reforço da ajuda aos idosos? Zero. Onde estão as medida ativas de emprego na região, que tem a maior taxa de desemprego do país? Zero. Onde estão as medidas de combate à pobreza? Zero. Onde está a aposta em recuperar o serviço de saúde onde faltam medicamentos para o cancro, para o HIV, onde faltam as esponjas, os pensos, as compressas e até papel higiénico. Zero, praticamente zero. Onde está a fiscalização sobre os abusos laborais que acontecem na região, onde há empresas que têm mão-de-obra escrava e onde são as próprias empresas públicas que pagam pouco mais de 2 euros e meio à hora aos trabalhadores? Zero. Onde há aumentos salariais para os trabalhadores do setor do turismo, que segundo o titular da pasta no Governo, estão no seu melhor momento de sempre. Zero, zero, zero, zero...”, denunciou e acusou Roberto Almada.

O coordenador do Bloco Madeira acusou também Miguel Albuquerque de ser “prepotente” e denunciou que “despede diante das câmaras de televisão os seus mais diretos colaboradores”.

Referindo-se à aprovação do Orçamento de Estado, Roberto Almada relembrou o voto favorável de Paulino Ascensão, deputado do Bloco eleito pela Região à Assembleia da República, ao documento “que garante mais dinheiro para a Madeira dos últimos cinco anos”. E, acusou Miguel Albuquerque de ter mandado os deputados do PSD-Madeira votar contra o Orçamento de Estado, recordando que o Bloco de Esquerda votou a favor da retenção da sobretaxa de IRS na Região, sendo que o PSD tomou a posição contrária, “ajudando a desviar da Madeira milhões de euros”.

Roberto Almada falou, por fim, de que o partido tem de estar preparado para uma importante luta nos próximos dois anos contra o empobrecimento.

Sobre as próximas eleições autárquicas, Roberto Almada anunciou que o Bloco de Esquerda irá concorrer a todos os concelhos da Região Autónoma, de forma autónoma ou em convergência com outras forças partidárias. “Não fechamos portas a nenhum diálogo”, na luta contra as forças da direita, frisou.

(Intervenção de Roberto Almada na íntegra disponível em https://www.facebook.com/BlocoMadeira/videos/1056929077677447/)


Na sua intervenção, Catarina Martins criticou duramente o discurso de Passos Coelho no Congresso do PSD.

“Pedro Passos Coelho hoje disse que não tinha nenhuma querela com a Constituição, embora nós tivéssemos de andar sempre a ir para o Tribunal Constitucional para não deixar que ele a destruísse no concreto”, ironizou Catarina Martins, para depois acusar:

“Aquilo que fica do discurso de hoje de Pedro Passos Coelho é que entre a Constituição da República Portuguesa (...) e os especuladores financeiros, Pedro Passos Coelho diz que escolhe os especuladores. Vai mesmo mais longe diz que se a Europa nos manda escolher os especuladores financeiros à Constituição, então Portugal terá de escolher os especuladores financeiros”.

A porta-voz do Bloco criticou ainda Passos Coelho, “que voltou a ameaçar os pensionistas dizendo que a segurança social é mesmo para ser cortada”, pela escolha de Maria Luís Albuquerque, “ex-ministra swap”, para um cargo mais alto na direção do partido, o que “não surpreende sobre Pedro Passos Coelho”, mas mostra que “o bom senso não mora há muito tempo” no PSD.

A porta-voz do Bloco apontou que “defender o país, reestruturar a dívida em nome da nossa economia, criar emprego que é aquilo que o país mais precisa, nada disso interessa ao PSD” e concluiu: “Pedro Passos Coelho é o passado, só olha para o passado e nós bem sabemos que quem só olha para trás não pode fazer nenhum caminho para a frente”.

“Para o Bloco de Esquerda o caminho é bem diferente, é aprofundar a recuperação de rendimentos de quem vive do trabalho - salários e pensões, é aprofundar a democracia e a capacidade de nós decidirmos com a nossa soberania o que fazemos com os nossos recursos, reestruturar a dívida poder investir, criar emprego, porque queremos ter futuro aqui”, realçou a porta-voz bloquista.

Catarina Martins apontou ainda que, “no momento em que Portugal discute as reformas que o país há-de fazer, em que se debatem as reformas que a Europa exige, o Bloco de Esquerda quer falar das mudanças que o país precisa”.

“Precisamos de continuar a aprofundar o caminho que foi feito, que é ainda tímido demais para tanto que o país precisa. Precisamos de tirar a ‘troika’ das relações laborais, reconstruindo a contratação coletiva, combatendo a precariedade. Precisamos seguramente de investimento e de emprego, porque não tenhamos ilusões, um programa de estabilidade que não preveja a criação líquida de emprego em Portugal não serve ao Bloco de Esquerda, porque não serve ao país”, salientou ainda Catarina Martins.

A concluir, a porta-voz bloquista lembrou que “Reforçar a luta” foi o mote da Convenção do Bloco Madeira e apontou que “não poderia ter mote melhor”, pois “ainda não existe em Portugal a capacidade de transformação popular de que precisamos para defender um futuro com dignidade no nosso país”.
Texto BE

12 comentários:

Anónimo disse...

E a corrida para a inclusão não vale nada? E a feira das vontades? E a animação aos idosos pelos grupos das casas do povo, não vale? E o laboratório social?

Anónimo disse...

Estas aves acusavam o AJJ que não largava a cadeira, mas a verdade é que eles também não a largam, nem a feijões...
Isto aplica-se a toda a malta da política e, mais discretamente mas mais intensamente, aos sindicalistas (estes só largam para ingressar na política!).
Aliás a diferença entre a política e o sindicalismo pode ser assim resumido: na política as moscas mudam mas a merda é a mesma, no sindicalismo muda a merda mas nunca as moscas!

Anónimo disse...

•••ONDE ESTÁ "JOBS FOR BOYS AND GIRLS"? VINTE, VINTE, VINTE, VINTE (numa escala de zero a vinte, óbvio!)!!!

Anónimo disse...

Aquele tosco a jogar ao ataque?

Anónimo disse...

É uma tristeza o joguinho interno do BE_M. Os que fazem frente são colocados à parte e a cara da coordenação continua a mesma. Mas que falta de renovação! A Exª Srª Guida não passa a palavra a mais ninguém? Tem de ser sempre o mesmo? Evoluam... evoluam...

Anónimo disse...

Oh filho vai te catar.

Eu, o Santo disse...

Concordo. Até agora é mesmo zero de coisas positivas.
No entanto, já se vislumbra uma extremamente positiva que este GR trabalha afincadamente para que ocorra: vai cair!

Anónimo disse...

E esta!!! Infelizmente não é mentira...

Anónimo disse...

O Sr. Roberto está agarrado à liderança. Claro no seu serviço de origem na Seg. Social está queimadinho. E sem a ALRAM, não é garantido que o BE nacional o sustente como assessor parlamentar de S Bento na Madeira, como ocorreu na travessia do deserto em que o BE na Madeira esteve sem representação na ALRAM até às últimas regionais do ano passado, não é?
Aproveite Sr. Roberto o maná, assim como a senhora sua esposa na Junta de S Gonçalo, mas tenha mais cuidado com o destino das subvenções emagrecidas em 40% do jackpot.

Anónimo disse...

É bom que comecem a procurar alguém de valor. O BE madeira não tem nadinha nadinha a ver com o BE Nacional.

Anónimo disse...

Roberto almada tenta passar que é a favor do CINM mais de Lisboa só vem ataques

Roberto Almada vale e o Paulinho valem 0 para os dirigentes do Bloco Nacional

Anónimo disse...

O BE da Madeira ainda é uma UDP. Quem comanda é a chefa master e o "filhinho" obedece. Por isso, o RA ainda está na liderança. Ninguém entra ou sobe no BE - Madeira sem a chefa master dar ordem. Uma cambada de submissos que andam a atrás do CAFOFO para ver se arranjam um pelouro de vereador já que, na última coligação para a CMF, ficaram a ver navios :)