Powered By Blogger

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Bagunça rumo a 2019







SETE


A maré está cheia, o ferry não anda. 
Porque não anda nem desanda, a gente não pode passar para aquela banda. 
Como ferry parado não ganha frete, o desgoverno continua a meter água e muita.
Vá lá ver: sabemos que o ferry é uma operação deficitária. Que o Estado deveria assumir os custos da dita. Mas não há paciência para voltar a explicar porquê. Eles venceram-nos pelo cansaço. Como o Estado não assume e porque a populaça parece ter deixado cair a reivindicação do transporte marítimo - quando as conquistas estão garantidas é que os oportunistas manhosos aparecem todos a dizer-se com direitos -, então sejamos ainda mais práticos. Que tal organizar umas 2, 3 ou 4 viagens marítimas por ano entre a Tabanca e o Rectângulo? Um programa que não faça bulir minimamente o Orçamento da Região e ao mesmo tempo alivie os que padecem de claustrofobia ilhoa. 
Se o indivíduo precisa de sair das ilhas e não consegue andar de avião, homens, programem uma viagem de ferry na Primavera, duas no Verão e outra no Outono. É pedir muito?
Ninguém no perfeito juízo vai pedir viagens semanais por mar. Mas também é razoável o vilãozinho saber que, se lhe der na 'veneta', tem uma viagem de barco em Julho e outra em Outubro, podendo até levar o carrinho para dar uma saltada a Sevilha ou a Bratislava. Ou organizem uma viagem de barco de 4 em 4 anos, para poupar ciumes à corja política instalada na capital alfacinha, madeirenses incluídos. Se calhar o vilãozinho não chegará a entrar no ferry, mas é importante saber que tem escape. Bem sei que não é barato atravessar o Tejo de cacilheiro ou pelas pontes, mas não gozem com a gente aqui.
Épocas houve, fiquem sabendo, em que emissários da Corte lisbonense aprenderam cá com quantos paus se faz uma canoa. Se o desgoverno de cá preferir continuar a meter água agarrado à defesa dos concursos desertos, atenção que há mar e mar, há ir e geralmente não voltar. 
Pensem nisso e resolvam de uma vez por todas esse assunto de cará-cacá, deixem-se de tretas. A gente não quer uma navio para o Rectângulo de hora a hora.    

13 comentários:

Anónimo disse...

Entao havia 6/7 interessados?

Anónimo disse...

Ainda me lembro duma capa do Diário de Notícias, da publicação na página do GR, partilhada e repartilhada por vários renovadinhos, que já tínhamos ferry. Lendo o conteúdo, tinha apenas sido lançado o concurso... Isto, claro, numa altura de pré-campanha.
Em altura de pré-campanha, havia 10 interessados, que passaram a ser 3, depois 7, 54, 200, 14, e ficamos, obviamente, e,depois dos renovadinhos terem dito que não era viável - inviabilidade essa que só apareceu depois do MA ter chegado à Quinta Vigia. Claro que não haveria interessados! Foi, tal como tudo o que este GR faz, fogo de vista. Notícias de encomenda para enganar tolos, como o exemplo do avião fretado a 65€, anunciado 2 semanas antes do Natal (que deveria ser tratado em Outubro, no mínimo).
Espero mesmo que o Ferry venha, estamos com falta de opções para sairmos de casa!

Anónimo disse...

De hora em hora não mas uma vez por semana é o que seria normal. O ARMAS fez a ligação durante 4 anos e operava durante todo o ano.

Uma ligação não regular de meia dúzia de vezes por ano não capta o interesse de certas empresas que podiam passar a ser clientes habituais da ligação marítima e assim torná-la rentável. Nem para o cidadão madeirense interessa meia dúzia de viagens com data marcada, ninguém gosta que nos digam quando é que temos que viajar. Um ferry só no verão também não interessa a ninguém pelos mesmos motivos.
Ter um ferry não é nenhum capricho da população. Foi uma promessa de campanha eleitoral que permitiu ao governo ganhar as eleições. Qualquer ilha que se preze tem um barco com ligações regulares ao continente. As canárias são mais longe que a Madeira e continuam a ter um ferry entre Espanha e as ilhas em que uma viagem custa cerca de 100€ https://www.navieraarmas.com

Anónimo disse...

O Armas fez a ligação com enorme prejuízo. Bem que tentou, mas quando percebeu que do GR não levava nada, pôs-se ao fresco.
Esta é uma linha estruturalmente deficitária e nenhum armador a quer, a menos que seja altamente subsidiada.
Verão que os 3 milhões darão apenas para 3 ou 4 meses de operação.
Será o suficiente para a viloada meter o carro no ferry e ir de férias.

Anónimo disse...

Comparar o volume de carga e passageiros entre o continente e as Canárias, com o movimento entre continente e Madeira, é o mesmo que comparar o King-kong com um macaquinho recém nascido.

Anónimo disse...

Nesta fase, o governo está a captar o interesse com incentivos.
Os interessados neste negócio, não apresentaram propostas , porque não é rentável, apesar dos atrativos que o Armas não tinha.
Não acredito que estejam todos combinados para não concorrerem.
Para o efeito de transporte de carga , o ferry todo o ano seria bom para os hipermercados e publico em geral, apesar de algum reflexo negativo para a produção agrícola regional, embiora neste aspeto a produção seja lamentavelmente ínfima.
Para dar uns passeios ao Continente e Canárias, ferry no Verão chega.

Luís Calisto disse...

11.40

O que seria normal sei eu, sabemos todos.
O caro comentador tem toda a razão. Acontece que já andei aí na frente também, a pensar nesses direitos todos que temos. Com o tempo melhorei e, para ir àquelas bandas, hoje em dia já me contento com o Google Earth.

Anónimo disse...

A "populaça" não deixou cair a reivindicação do transporte marítimo. Ela já não acredita é na vontade, ou na competência, do Governo Regional para cumprir a promessa eleitoral do ferry. Este Governo Regional já caiu no descrédito há muito tempo e nem um novo "tempo de graça", que o Albuquerque tentou criar com a entrada em cena de um vice-presidente, vai dar credibilidade a este governo caduco. A população não esqueceu a promessa do ferry.

Anónimo disse...

Caros comentadores tão crentes na linha ferry.
O fretamento pago pelo Grupo Desportivo e Comercial por um ferry para transportar os carros para o rali Sata/Açores custou em 2017 a quantia de 110.000 €. Este ferry era apenas de carga, sem a vertente passageiros.
Esta operação foi o trajecto Lisboa-Ponta Delgada, permanência durante uma semana nos Açores e, regresso a Lisboa.
É questão de fazerem contas para terem uma noção de quanto custa um ferry por mês.
E não me venham falar dos produtos perecíveis, quando o avião cargueiro anda muito aquém da sua capacidade.
É como digo. Trata-se apenas de uma promessa eleitoral feita porque sim, porque os outros também faziam, sem qualquer racionalidade económica, e que serve apenas para alguns privilegiados irem de férias com o carro. Porque se é para subsidiar carga, pode ser feito nos navios monocasco.

Anónimo disse...

É estranho é insistirem nos concursos, quando acabam os prazos é só concursos desertos sem concorrentes. Porque é que ninguém fala dos cadernos de encargos que têm afugentado os interessados. Porque é que os jornalistas não foram entrevistar as empresas que levantaram o caderno de encargos para saber a razão de tanto desinteresse? Porque é que o governo não foi falar com o Naviera Armas para saber em que condições estava interessado em voltar a fazer a ligação marítima como fez durante anos? Se as condições do Armas fossem aceitáveis para a região nem era preciso concurso, era só passar uma licença. Da outra vez também não foi preciso concurso para o Armas vir. Ou será que só vamos ter o Armas novamente quando este governo da treta cair?

Anónimo disse...

É obvio que só teremos Ferry com a queda deste governo, porque a arrogância e a satisfação de determinados lóbis impedem uma negociação direta com o único armador que tem as melhores condições para fazer a ligação, já que todas as semanas os seus Ferrys passam ao largo da Madeira. A anterior ligação foi-se mantendo, mas quando o armador anunciou a intenção de a passar a bi-semanal, foram impostos todo o tipo de entraves para que armador fosse obrigado a sair da linha. Continuo plenamente convencido que o Armas há-de voltar, mas não será pela mão dos atuais responsáveis políticos...

Anónimo disse...

É preciso desmistificar a operação do armador ARMAS. Os sousas para não perderem a "mama" e o monopólio nos portos da mamadeira, forçaram a madame "conchita" a não permitir que o navio do armador espanhol transportasse carga. É óbvio que com os obstáculos criados pelos sousas, com a obrigatoriadade dos contentores trazerem a trela e o condutor, a operção não seria rentável.
O que é necessário é o ARMAS regressar sem os obstáculos impostos pelos sousas, que é quem manda nos portos da mamadeira. Eu não elegi os sousas para mandar nos portos da mamadeira! Eu quero o GR a mandar nos portos da mamadeira.

Anónimo disse...

Ó das 02.12, então se o negócio fosse tão bom, os Sousas já não o teriam ?