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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017




Razões da candidatura de Ascenção

à coordenação do BE-Madeira



"O Bloco de Esquerda na Madeira teve em 2015 os melhores resultados de sempre em eleições regionais e nacionais. Porém não está a saber aproveitar esse feito para crescer e afirmar o seu projeto político. Sente-se uma acomodação à sombra do resultado, visto como acidental e não como um novo patamar de ambição que o BE deve assumir e procurar consolidar.
Os resultados nas últimas autárquicas fora do Funchal foram dececionantes e refletem as deficiências na organização interna, a não implantação nas localidades e a incapacidade de atração de novos quadros. À falta de estratégia e de preparação atempada da campanha, juntou-se a falta de meios e eventualmente de vontades, mais pareceu um ato para cumprir calendário.

No Funchal o BE aumentou o número autarcas eleitos, mas o mérito deve ser imputado a Paulo Cafôfo. A participação na coligação Confiança foi necessária e fundamental para que o PSD não recuperasse a Câmara. O Bloco deve manter no futuro a mesma atitude responsável que já demonstrou no passado e que permitiu à Mudança sobreviver à crise de 2014. No entanto, o respeito pelos compromissos e a lealdade para com os parceiros não podem cercear a autonomia nem condicionar a ação do partido.
Posto isto, vários aderentes e dirigentes inconformados com a situação resolvemos traduzir a vontade de mudança na construção de uma lista candidata à Comissão Coordenadora Regional da Madeira do Bloco de Esquerda, a eleger na convenção convocada para 4 de março de 2018, da qual serei o cabeça de lista.
Pretendemos um BE-M maior e mais forte, com uma linha política clara e bem definida, com uma atuação consequente e sem tibiezas. Com propostas concretas para enfrentar o muito que há por fazer na Região e dar contributos válidos à resolução dos problemas das pessoas.
Um partido/movimento mais dinâmico, mais transparente, com processos internos de discussão e decisão coletivos e participados, e aberto a todos os contributos válidos recolhidos da sociedade, com vários protagonistas para além dos deputados eleitos.
Um partido mais interventivo fora dos parlamentos, presente nas localidades para ouvir as pessoas e dar seguimento às suas reivindicações, através de ação política concreta.
Um Bloco com orgulho das lutas do passado e crente no seu crescimento, que valoriza os seus militantes e dirigentes, aberto e disponível a novas militâncias e contributos, que reforcem a sua capacidade de intervenção e credibilidade.

Queremos um Bloco de Esquerda que faça a diferença!
A enfrentar o poder económico e a promiscuidade entre o público e privado; a denunciar os privilégios para uns poucos à custa do empobrecimento da maioria, à conta de privatizações, concessões e parcerias público-privadas; ao defender os serviços públicos essenciais (saúde, educação, segurança social) e o controlo público dos setores estratégicos (eletricidade, água, transportes, comunicações).
É nossa convicção que apenas soluções coletivas e sistémicas resolvem os problemas sociais do desemprego e da pobreza e que as formulações salvíficas assentes num suposto caráter messiânico de sujeitos individuais, dotados de qualidade sobre-humanas não passam de propaganda ideológica que visa promover a aceitação social das desigualdades, da pobreza e agrava os problemas.
A marca do Bloco é também o combate intransigente pelos direitos sociais, pela igualdade entre homens e mulheres, contra as discriminações com base na etnia, na identidade sexual, na religião ou outra; pela defesa dos animais e pela proteção do meio ambiente.
O Bloco não pode abdicar das suas causas em nome de conveniências circunstanciais, sob risco de perder a sua identidade e utilidade.
A força e a credibilidade que o BE conquistar vão determinar as opções que terá ao dispor nos desafios futuros. Não é agora o momento para excluir qualquer opção.
Será desastroso ficar limitado a uma única opção, refém de terceiros e sem capacidade de enfrentar os combates pelos próprios meios.

As mudanças comportam riscos e oportunidades. É nossa convicção que esta nossa proposta será muito positiva – os resultados de 2015 foram disso um bom prenúncio – o Bloco tem condições para crescer, para se tornar a força da esperança num futuro melhor para a maioria das pessoas e o motor de uma verdadeira mudança de políticas na Madeira."

5 comentários:

Anónimo disse...

Tá dito! Aguarda-se a prática. Rápido!

Anónimo disse...

E a camarada Guida e o camarada Almada vão deixar ?

Anónimo disse...

Só quem não leu o último artigo da Guida no diário é que não percebe que ela mudou de lado e apoia agora este social democrata que quer tomar o bloco de assalto. Almada já foste!

Anónimo disse...

Força...é o fim do BE/UDP na Madeira. Este rapaz foi de boleia da Catarina e da Mortágua e agora pensa que vale o quê?
Tristeza...sem espelho...

Anónimo disse...

Onde estao os jovens do Bloco de Esquerda que nao se candidatam à liderança?
é bem melhor assessorar os presidentes e ficar na bela zona de conforto.