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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Política das Angústias / SÁBADO



SANEAMENTOS NO LARANJAL  


Cumprindo ordens decretadas em tempo devido pelo rei da tabanca, a sevandijaria dependente do regime laranja prossegue os saneamentos para limpar os 'ressabiados'

À medida que lhe chegam pormenores através da sua pide esclerosada, 'Meio Chefe' escorraça os 'ressabiados'. O problema para ele e seus acólitos é que os carrascos de hoje serão as vítimas amanhã.
 
 
Em lugar de purificar o partido, limpando as feridas próprias de uma disputa interna pelo lugar de líder, a esponja do aparelho tribal social-democrata desatou, sim, a punir e a expulsar os suspeitos de apoio a Miguel Albuquerque.
Quem conhece mestre Jardim sabe que a sua despromoção de 'chefe' para 'meio chefe', nas eleições de 2 de Novembro, não passaria sem mais aquelas. Quem anda nisto há mais tempo claro que percebeu como lhe azedavam os bofes na conferência de imprensa que se seguiu à contagem empatada de votos, sobretudo quando ele candidamente prometia continuar a liderança do escaqueirado partido sem pensar em vinganças.
Aí está.
Nos primeiros saneamentos de que ouvimos falar, evidenciou-se o de uma militante a quem descobriram, pidescamente, o seu voto em Miguel Albquuerque. Aconteceu no Caniço: essa filiada, parece que por intermédio de um coronel tarimbeiro nos tachos, recebeu a novidade de que lhe acabara o tempo nos órgãos dirigentes do partido.
Depois disso, chegou-nos a notícia de que a mulher de um presidente de junta de freguesia do Funchal conotado com a candidatura municipal viu negada a renovação do seu contrato laboral, num lugar dependente de sua excelência.
O mesmo aconteceu recentemente à mulher de um próprio deputado cronicamente eleito pelo PPD - aliás há demasiado tempo. Acusada de cultivar simpatias com a linha social-democrata de Albuquerque, eis a senhora também sem renovação de contrato.
De resto, há moça que sai do posto no desgoverno pelo simples facto de andar de amores com um barãozinho da linha municipal.
Tudo isso sem esquecer o caso daquele quadro da Biblioteca da Assembleia que, acidente de percurso, terá tomado partido pela candidatura de Albuquerque no site parlamentar, ao que se diz. Isento como é, sua majestade, o presidente Miguel Mendonça, logo tomou posição apontando a chibata na direcção da funcionária.
Sem dúvidas que, a ser como se diz, houve pecado. Mas deixamos aqui uma singela pergunta: caso a manifestação de apoio se virasse para o candidato da tabanca, e não Albuquerque, sua majestade castigaria quem errou daquela forma ou fingiria que não reparara em nada? 
Ora, é óbvio que, se lhe falassem no assunto em termos pró-Jardim, ele alegaria os seus intensos afazeres  ao serviço da 'casa da autonomia' - desde ler os jornais que ao fim-de-semana um funcionário da ALM lhe vai levar a casa até levar os cães a passear na Av. João Paulo II.
 
O ano termina, pois, com as vinganças subtilmente anunciadas, tudo levando a crer, porém, que os carrascos de hoje serão as vítimas de amanhã.
É que vêm aí eleições internas em 2014. Outra vez, oh rei da tabanca! Alguém será despromovido mais ainda, desta vez de 'meio chefe' a 'chefe zero-zero-nada'.
 
 
'Madeira Livre', que se passa? Desde que é impresso cá, piorou
 
Não nos costumam deixar em casa, como se compreende, os números que vão saindo a público do partidário 'Madeira Livre'. Mas em lugar nenhum temos visto semelhante pasquim nos últimos tempos (tirando o ex-JM).
Ao que nos informaram, 'Meio Chefe' irritava-se com as demoras na execução do jornal humorístico dirigido por Jaime Ramos. Vai daí, as cúpulas da Fundação laranja, patroa do pasquim, optaram por agilizar o processo imprimindo-o na Região. Não na Cancela, para evitar ajudar os cofres do DN - mas sim para os lados de Câmara de Lobos. 
Em todo o caso, e não fomos nós a reparar primeiro, persistem as demoras.
Se anda tão vagarosamente o meio partido afecto ao rei da tabanca, o que não será dentro de meses, quando for para correr às autárquicas e à liderança do partido?!


Mexidas no comissariado do ex-JM? Para já, os administradores terão por perto alguém que percebe da matéria: Filipe Malheiro

Aquilo há qualquer coisa para ali, no sistema tribal, a precisar de ser oleada.
O que se ouve na baixa é que há mexidas previstas para o ex-JM. Não porque os comissários de sua excelência sejam incapazes de dar conta do recado, pelo contrário, registam-se lá casos surpreendentes de conversão ao jardineirismo - quem diria!
Mas fala-se de mexidas a operar, mesmo na Administração.
Ouvimos dizer que na assembleia geral da empresa ex-JM, prevista para Janeiro, há um administrador que precisará de saber patinar. Exactamente: afiançam-nos que Afonso Almeida, experiente profissional na área, será substituído por um elemento a transitar da Secretaria da Educação.
Aprofundando o assunto, ficámos a saber que é a situação de incompatibilidades a implicar com o citado administrador - mais reforma para aqui, mais vencimento para acoli, mais antiga indemnização para além. Antes que algum Passos Coelho exija devolução de verbas, o melhor é mesmo ir o sujeito ver se está chovendo.
Será mesmo assim?
O outro administrador, Rui Nóbrega, já se preparava também para esvaziar as gavetas, mas acaba por ficar.
Do que temos quase certeza é da substituição do elemento de ligação entre o desgoverno regional e a Administração do ex-JM. Sai a assessora do secretário da Saúde, Teresa Gonçalves; entra Filipe Malheiro, que deixou o seu cargo no parlamento.
Ou seja, os cavalheiros do ex-JM terão de prestar mais atenção ao que fazem, porque terão por perto alguém com bastos conhecimentos na matéria.
Afonso Almeida, de momento em Lisboa, terá de regressar depressa se afinal pretende conservar o gabinete na Fernão de Ornelas. Fica num sótão, mas há muitos candidatos à cadeira. As coisas estão a mudar.
 
Bem, o mais sensato é darmos um desconto a estas bisbilhotices.
Por um lado, quem as produz pode ter exagerado na carne, nos alhos... e no vinho. Por outro lado, como já confessámos, não somos nenhum santo quando chegam 'comes e bebes' à mesa, apesar dos avisos na TV sobre colesterol, diabetes, coração e crise financeira aguda. Vai daí, estamos sujeito ao delírio (o dos devaneios, não o tremens).
Por exemplo: chega-nos agora a nova de que a profissional da SRAS alvejada pela seta de Cupido a favor de um felizardo miguelista afinal não sofrerá saneamento, ficará no lugar.
Estas deambulações escritas por vezes queimam nomes preparados para certos voos, mas também fazem abortar calinadas das forças tribais. Como parece ser o caso. 
'Meio Chefe' adora contrariar os 'palpites' desenhados em público. 


Último plenário do desgoverno, esta sexta-feira, com acta em aberto e com o vice representado pela chefe de gabinete

Nada tem de novo: as actas dos conselhos do desgoverno regional costumam ficar em aberto. Há sempre quem se tenha esquecido de oficializar isto ou aquilo... e é só acrescentar antes das assinaturas finais.
...Mas especialmente no caso do último plenário do ano. Com aquelas cabeças no ar, há sempre esquecimentos. Chega-se ao ano seguinte e alguém se lembra de que era preciso meter uma verba nas contas passadas, a nomeação de um compadre para o emprego prometido, e assim, com acta aberta, ainda se pode dar um jeito.
A curiosidade desta sexta-feira esteve na ausência de João Cunha e Silva. O vice encontra-se na Madeira, mas não apareceu ao plenário. Esteve a representá-lo a sua chefe de gabinete - aliás o único elemento autorizado a representar em conselho um membro do desgoverno.
O nosso Amigo vice andou ninguém sabe onde, provavelmente em afazeres no oeste da ilha, enquanto os colegas executivos (eufemismo perdoável) conversavam e fumavam no plenário, mais comedidos pela razão acima.
Já na véspera, quinta-feira, João Cunha e Silva só compareceu na vice-Presidência ao fim da tarde, em traje desportivo. E na sexta repetiu a operação: cerca das 17 horas, chegou à Junta Geral descontraído, no seu Audi Q5 escuro metalizado, bela viatura pessoal, já bem recuperada daquele 'toquezinho' nas oliveiras ao circular na rotunda da Calheta.
Tudo isto para dizer o quê? Para dizer que passou o tempo em que os membros do desgoverno faziam questão de se sentar no plenário. Podiam estar no Japão que tudo faziam para chegar à Madeira a tempo da reunião de quinta-feira - quando era esse o dia da semana escolhido para o passatempo semanal nas Angústias.
Hoje, ninguém corre para o plenário. A começar pelo 'Meio Chefe'.
Ali não há decisões, a não ser louvores e o escasso comunicado final!...

Nota da 'Fénix' - Recebemos logo a seguir à publicação do artigo acima um esclarecimento a respeito da escolha ou não de Luís Filipe Malheiro para estabelecer a ligação entre o GR e o JM. O que, diga-se, fazia sentido, já que urge criar as condições para viabilizar o jornal tornando-o auto-sustentável e apartidário. LFM é social-democrata, mas serviço é serviço...
Esclareceram-nos do seguinte: o nome do nosso Amigo Filipe ecoa entre os responsáveis pela 'batata quente', porém não se concretizou (ao menos para já) a entrada do jornalista (já readquiriu a carteira depois do tempo na Assembleia) para o lugar da profissional agora mesmo exonerada daquele cargo.
Aguardemos.

 
 

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto.
Enfim, o homem sempre tem a decência de cavar a sua própria sepultura e assim poupar trabalho aos outros.

Luís Calisto disse...

Pois, Caro Coronel, mas acho que ele vai deixar uma greta para se escapulir a tempo das eleições internas de 2014.