Política das Angústias

'MEIO CHEFE' FOI À BAIXA EXIBIR-SE MAS OUVIU INSULTOS

Alvo de um fenomenal 'banho de multidão' à sua volta, como se vê na foto, velho 'Meio Chefe' andou pela feira com as asneiras do costume.

"Chulo do povo!" foi a palavra de ordem repetidamente lançada sobre a comitiva do rei da Tabanca na passeata de exibição pela Placa Central, esta tarde.

Postados mesmo em frente da Sé, alguns indivíduos manifestaram revolta pela presença do culpado pela situação miserável que a Região atravessa e um deles fê-lo de modo bem audível, chamando "chulo do povo" ao presidente do desgoverno regional.

No local, perguntámos ao grupo a razão daquela atitude.

"Então não acha que é preciso aquele gajo ter muita lata para vir, com música e tudo, gozar de quem anda a trabalhar para lhe encher a mula?" - barafustou um dos elementos do grupo.

"Lata?", complementou um segundo elemento, "para andar aqui o gajo precisa de um bidão!"

Os homens falavam alto e bom som, com aquele cortejo de jagunços e coronéis jardineiristas atrás do soba, já de regresso aos lados da estátua de Gonçalves Zarco. Teceram comentários que não devemos reproduzir aqui na 'Fénix', mas que, francamente, achámos adequados ao comportamento do rei da tabanca.

 

Garcês, aflito porque 'Meio Chefe' exigiu a todos os secretários presença na Placa Central, corre para ainda chegar a tempo do número dos palhaços.

 

 

Ele andou ali claramente para desmentir que viva atormentado ante a premonição comum de que está em vésperas de passar um mau bocado por causa da revolta que toma de assalto das consciências. Mas só desceu à Placa Central rodeado por muita gente.

Ele deu ordens rigorosas para que todos os secretários comparecessem na Placa - e que desmarcassem compromissos de agenda fosse eles quais fossem. Gostaríamos que os nossos Leitores vissem o aflito Ventura Garcês a 'caminhar correndo' à procuar do grupo por ter-se atrasado na Secretaria, ocupado com os dinheiros para o Atalaia. 

Ou seja, os secretários não podem com meio sopro nas arcas, passe a expressão, mas dão estatuto em número.

 

A bófia posicionou-se de modo a neutralizar algum maluco disposto a traçar o gargalo de 'Meio Chefe'.

 

 

Depois, a bófia tinha montado um esquema que, percebia-se, neutralizaria com mais ou menos dificuldade a eventual investida de um popular que pretendesse esborrachar a papada presidencial. O nosso Amigo agente Silva, no seu fato escuro que faz 'Meio Chefe' parecer um contínuo, era o mais próximo do 'armão das Angústias', para o que desse e viesse.

Mas ninguém parecia estar interessado minimamente em saber se havia no movimento natalício algum 'Único Importante'.

 

Resultado final: 'Meio Chefe' desceu ao burgo para se exibir, mas limitou-se a ouvir (ele vai dizer que não deu por nada) alguém chamá-lo 'chulo do povo' e a passar entre o povo sem que alguém lhe ligasse 'puto'.

Isso vimos nós, no local.

 

O homem e os seus delfins João e Manuel. Ou, caso prefiram, o homem e os seus patinhos João e Manuel.

 

 

O único toque de enredo nesta tristonha tarde foi apreciar os esforços dos delfins João Cunha e Silva e Manuel António a ver qual conseguia ficar mais tempo ao pé do 'Meio Chefe', para as fotos.

Pelos vistos continuam empenhados em servir outra vez de lacaios do patrão quando João das Festas anunciar em 2014 que, afinal, não pode virar a cara à luta e então precisa de um novo mandato para endireitar a Madeira. Ele já dizia isso hoje no ex-JM!

De gargalhada.

 

Como se vê também nestas imagens, o rei da tabanca andou sempre no meio de uma multidão de apoiantes entusiasmados. Se o registo fosse sonoro, ouviríamos o homem dizer algo como: João, não desfazendo na sua marina do Lugar de Baixo, este aterro promete!

E lá vão eles radiantes ver aquela caca, desculpem o termo.

E tiveram muito para ver.

Os pontões da Zona Velha foram abaixo e reconstruídos umas 5 ou 6 vezes, nos últimos meses. E outras tantas são o que se calcula, para o Inverno que aí vem.

E voltam os homens para a festa, muito orgulhosos da obra.