FESTA DE LORDES COM FATO ESCURO
Ricardo Sousa, impulsionador do empreendimento (Foto ex-JM) |
É um pouco estranho, por tratar-se de um empreendimento em zona de lazer e a época decorrer em clima tórrido. Mas percebe-se que, pelo nível dos convidados, talvez haja lógica na exigência constante dos convites: fato escuro para a inauguração da Quinta do Lorde - hotel, resort e marina, lá para as bandas do Caniçal.
O investimento foi de 100 milhões de euros (não sabemos contar até esse montante) e também por aí, com boa vontade, se admite o snobismo salutar deste acto inaugural.
E veja-se: 100 milhões 'deles' naquele empreendimento apesar da assumida inviabilidade da linha do Porto Santo, explorada pelo Grupo Sousa (não tem ligações a Ricardo Sousa da Quinta do Lorde?).
À parte o pormenor das farpelas de cada um, vem a propósito recordar os argumentos do governo regional para a Insígnia Autonómica de Bons Serviços agora atribuída a Ricardo Sousa, impulsionador do empreendimento Quinta do Lorde: longa carreira empresarial em diversas actividades económicas, "contribuindo fortemente para o desenvolvimento socioeconómico da Região"; criação de empresas para "gerar mais emprego e fortificar a economia local e regional"; "empenho e dedicação pessoal na concretização do empreendimento turístico Quinta do Lorde" que veio "contribuir inequivocamente para o enriquecimento, prestígio, diversificação, e promoção da oferta turística da Região Autónoma da Madeira".
Fazendo um pouco de humor para animar o ambiente de festa, digamos que o desgoverno quase troca as qualidades empresariais de Ricardo Sousa pelas de um filantropo que de tanto pensar nos outros nem ligasse à contabilidade da casa.
Que a festa a decorrer neste pôr-do-sol de sexta-feira, no território oriental da ilha, signifique o levante de mais um negócio de sucesso, e que, ao contrário do 'Lobo Marinho', jamais seja declarado "inviável".
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