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sexta-feira, 14 de junho de 2013


APARATO NA PLACA CENTRAL


A operação durou perto de uma hora, mas acabou bem



O camião municipal chegou, imponente, com um respeitável guindaste na carroçaria.



Quase 10 funcionários e técnicos planearam a operação e distribuíram tarefas.

Depois de aturada discussão para estudar o terreno, em conjugação com a missão, um dos homens saltou para a gaiola. O guindaste entrou em acção. A gaiola subiu. Lentamente.

Não havia dúvidas de que o carro estava bem travado. A operação podia continuar em segurança.

Braços firmes controlavam a gaiola. Vozes atropelavam-se nas ordens, contra-ordens, indicações e tácticas. Os transeuntes seguiam com espanto aquele trabalho todo, a ver o que sairia dali. Havia um cordel. Um arame. Uma tesoura. Passaram-se vários quartos de hora. Uma funcionária tomava notas. Outra puxou do telemóvel, quem sabe se para tirar alguma dúvida com um engenheiro da Câmara. 

Finalmente, missão comprida, cumprida e concluída. Arrumar a trouxa, gaiola na carroçaria, homens a bordo, outros a pé... a obra está no ar. Obra no ar? Que obra?


Esta! Não repararam na foto acima? A propaganda está lá muito bem posta! Sim, foi tudo para isto!


Caro presidente Miguel Albuquerque! Sabemos que a arte custa dinheiro. Mas, no caso, talvez saísse mais barato mandar um só homem com uma escadazinha colocar aquilo ali. Cordel atado numa árvore, cordel atado na outra e pano devidamente pendurado. Como os tarimbeiros dos partidos fazem nas campanhas eleitorais. Com escadinha somente, o pano era posto lá em 5 minutos, aquele pessoal todo podia ir fazer outra coisa, o camião não consumia combustível, o guindaste ficava quieto e os transeuntes não regougavam como regougaram naquela placa diante da Sé.

2 comentários:

Anónimo disse...

e eu a pensar que iam podar as árvores......

Anónimo disse...

Pessoal da cidade....nunca viram montar as bandeiras do Espírito Santo? hehe