MOMENTO DA SEMANA
EDIÇÃO DO JM SEM MANEL ANTÓNIO
Podemos considerar a edição do JM de segunda-feira como um dos marcos históricos da vida do prestigiado matutino versão 'Madeira Nova'. A importância deste número não resulta sequer de o jornal pertença da dupla Bispo/Meio Chefe, com o nosso dinheiro, revelar sensacionalmente que "o mar da Madeira tem potencial", 'bomba' já de si bastante impactante. A grande importância da edição resulta, sim, de outra bomba muito mais espantosa: a edição estende-se da 1.ª até à última página sem uma única referência visível ao secretário do Ambiente.
Vasculhámos o ex-JM de ponta a ponta, 4, 5, 10 vezes. Primeiro, tranquilamente. Depois, com o desespero de quem julga estar a ficar maluco ou invisual.
O facto é que não víamos Manel em parte nenhuma, contra o que vinha sendo habitual nos últimos tempos. Pois se o homem estava em todas e o mínimo de fotos andava pelas 3 ou 4 por número, com a mais pródiga das edições a passar das 10!!!
Já agora, por que aparece em todas o secretário do Ambiente? Porque anda no terreno. Aquilo é festa da anona, da cidra, do pêro, da poncha, da beterraba, da espada, da nêspera, do tremoço, do tabaibo, do quarenta e nove!
Ou, então, ele dispara promessas do que vai fazer, sabendo que não vai fazer nada, e que depois o povo esquece e não formulará perguntas tontas. Entretanto, há 'notícia'.
Ou, quando não há mais nada, sai-se com umas máximas de fazer inveja a um Cícero, obrigando o ex-JM a transcrevê-las com o destaque da ordem:
- Um dia, diz ele no JM que a Madeira e Jersey intensificam as relações económicas - e os efeitos disso não tardarão, adivinha-se
- Outro dia, sai em letra de forma o elogio de um perito internacional que percebe de ambiente
- Ainda ontem, sexta-feira, Manel arrasou, dizendo que "os valores ambientais são atracção para o turismo". Invejam a sua perspicácia? Pois, é o ovo de Colombo. Uma realidade nas nossas barbas desde que o desgoverno regional construiu a Laurissilva e ninguém tinha visto isso!
- Não foi por acaso que, antes, o secretário já descobrira que "a Região é uma referência em termos ambientais". Apanhem com essa, Raimundos, Costas Neves e demais especialistas.
- Mas uma das mais retumbantes ilações de Manel António destes últimos tempos, de fazer corar os economistas distraídos, foi que "o aumento do IVA na restauração agravou o desemprego". Nem Adam Smith, nem Samuelson e, se calhar, nem Ventura Garcês.
Bom: depois desta omnipresença naquelas saturadas páginas, chegou-se à última segunda-feira e... estaríamos com a vista 'empenada'? Ou Manel percebera finalmente que ameaçava estar a tirar o lugar de emplastro ao 'outro' e então exigira comedimento ao JM?
Afinal, o candidato a candidato (pelo menos no Marítimo é adepto de corpo inteiro, como nós!) recuperou visibilidade no ex-JM, desde essa fatídica segunda-feira para cá. Tudo normal. JJá estamos em pulgas para ler aquilo amanhã, que ao domingo há mais espampanância.
Mas não se pode distrair: toda a vez que se dá essa anomalia que é ele não aparecer na 1.ª página, João Cunha e Silva salta para lá. E atenção aí! Será tudo muito pior depois de Dezembro de 2014, quando Miguel Albuquerque correr com 'Meio Chefe' e então já puder ver uma fotografia sua no JM.
Concorrência renhida!
Notas do 'F'enix'
1. Pedimos desculpa por não termos metido fotografia do secretário regional Manuel António Correia nesta peça. Mas até o JM falha.
2. Ainda temos cinco agentes K a investigar a edição de segunda-feira, a ver se descobrem alguma referência disfarçada ao secretário do Ambiente, e que nos tenha escapado.
Sem comentários:
Enviar um comentário