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quarta-feira, 2 de abril de 2014

DELÍCIAS DA MADEIRA NOVA





'ASSOCIAÇÃO' NÃO CUMPRE ESTATUTOS
- LOGO DEVE DISSOLVER-SE 


O denominado Fórum Autonomia 'anda com a casa às costas'. Ou melhor, está sem abrigo. Não tem verbas para uma sede. Nem para cumprir obrigações previstas nos estatutos. As actividades resumem-se a um "jantar de reflexão" de quando em vez. Na base das 'continhas do Porto'.


O Fama nunca chegou a ter aquele gás que os azul-amarelos esperavam.

O JM arrancou esta quarta-feira com a propaganda para o "jantar de reflexão sobre a autonomia da Madeira" que os 'famistas' marcaram para sábado, 5. Num artigo a-propósito, há declarações de Gabriel Drumond, personagem escolhida pelo ventríloquo Jardim, com este aviso: "Os senhores deputados constituintes [de Lisboa] que façam o favor, de uma vez por todas, de acabar com estas quezílias que não levam a lado nenhum." Quezílias, na circunstância, querem dizer as sucessivas negas parlamentares em São Bento quanto a uma revisão constitucional que dê mais poderes à Madeira.
Mais se lê no dito artigo que o jantar terá uma participação de 300 pessoas dispostas a reivindicar mais autonomia.

Como todos os madeirenses já perceberam, o 'jantar de reflexão' do Fama não passa de uma 'seca' para muitos laranjas que não puderam fugir à inscrição no movimento associativo inventado pelo chefe. E não passa de uma rambóia para outro sector, os sobreviventes da 'brigada do reumático' jardineirista. Ocasião para comer uma espetada, tomar uns copos, sempre com a tensão arterial sob controlo, e matar saudades dos tempos em que todos - 'cubanos' incluídos - se encolhiam quando o sua excelência da tabanca produzia bojardas que davam explosivos títulos de jornal.
Tudo isto mudou. Este ano, ainda nem sequer ouvimos dizer que "o João faz anos". Não admira, já que Gabriel Drumond parece ter afirmado em local de responsabilidade que não sabe que significado tem essa bélica expressão. Mais incrível, garantiu a pés juntos que nunca viu uma bandeira da Flama.
A sério.
O Leitor Amigo já acabou de rir?
Continuemos.


Escritura feita no CS Madeira

O Fama nasceu em Agosto de 1997 - um nome parecido ao da Flama, para fazer tremer de pavor os adversários do Laranjal. 
Mas 'quem é quem' na gaiteira associação? Ou quem era, já que os protagonistas na hora da fundação apenas comparecem às jantaradas uma vez por ano para não sentirem a sua própria imagem trucidada nos bastidores do partido laranja.
Conforme tornado público na altura, mestre da Tabanca Jardim foi o ideólogo do movimento, daí o seu primeiro lugar na relação dos sócios. Historiemos.

Na véspera do Monte de 1997, Gabriel Drumond compareceu no Club Sports Madeira, Avenida Manuel Arriaga, perante a notária Teresa Perry Vidal, a fim de se lavrar a constituição da associação.
Drumond apresentou-se documentado para representar vários cidadãos integrantes do movimento a constituir, na qualidade de procurador.

Quem é quem no Fama

Vejamos alguns dos primeiros integrantes do Fama:




Alberto João Jardim - mentor


Gabriel Drumond - presidente




Jaime Ramos - presidente assembleia geral


Associados



Francisco Jardim Ramos




Miguel Mendonça




Luís Miguel de Sousa




Sérgio Marques




José Alberto Gonçalves




Ana Mafalda Costa




Cristina Pedra 


Miguel de Sousa



Jorge de Freitas




Fernanda Cardoso




Medeiros Gaspar




Nuno Teixeira



Rui Moisés



Mais alguns elementos da primeira hora:


Emídio Correia
Duarte Mendes
João José Alegria
Rui Fernandes
João Lemos Baptista
Ivo Nunes
Ana Mafalda
Alberto Rosário
Arlindo Cruz Silva
Luís Paixão
Alfredo Fernandes
Maria Élia de Andrade Abreu
João Henrique Silva
António Candelária
José Rodrigues Carvalho
Alberto Casimiro
Carmo Almeida
Margarida Camacho
Nazaré Serra Alegra



A sessão no Madeira em 1997 destinou-se, pois, a constituir a associação "Fama - Fórum Autonomia Madeira".
Ficou tudo pronto para funcionar. Mas... e fundos para manter as actividades?
É que os associados, depois de aporem as suas assinaturas no projecto, faziam-se desentendidos quando se tratava de 'entrar' com as quotas. Dinheiro, nada, não havia. Então, como cumprir os estatutos? Porque os estatutos determinavam - e determinam expressamente:
Artigo 2.º (Duração e Sede) - A Fama é constituída por tempo indeterminado e tem sede na vila de São Vicente e delegação permanente na cidade do Funchal, podendo ainda abrir delegações nas sedes dos concelhos da RAM e nas comunidades madeirenses espalhadas pelo mundo.
Artigo 3.º (objecto) - A Fama tem como objecto principal promover a discussão de problemas (colóquios, conferências, debates, exposições, museu biblioteca) relacionados com a autonomia da RAM.


Reuniões no salão dos bombeiros

Quanto a sede, alguns membros dizem ter participado numa ou noutra assembleia geral no Madeira. Porque o espaço alugado no Edifício Oudinot durou pouco tempo. 
Falta de pagamento, rua! 
Assistiu-se depois ao agendamento de assembleias gerais da pobre associação para um local curioso: sala de convívio da Associação de Bombeiros de São Vicente e Porto Moniz, situada na vila de São Vicente!
Não se sabe se por contágio, o fogo da autonomia, para não dizer do separatismo, foi-se debelando. Debates? Museu? Biblioteca? Como avançar com esses projectos sem dinheiro?

Em 1999, o grupo puxava pelo brio, pedindo 'autonomia total'. E propunha, ironicamente, mais um 'L' para a sigla 'Fama'. Foi o que se ouviu no 'jantar de reflexão' desse ano. 
Jardim estava no auge do poderio. Dava mostras de, mais uma vez, dar o dito por não dito e em 2000 voltar a candidatar-se à liderança do partido laranja e do governo regional. Então, compareceram 500 personagens do sistema no restaurante funchalense onde Gabriel Drumond organizou a franciscanada.
Já em Março de 2003, o tempo era de franciscanismo real. O presidente do Fama escrevia com dramatismo aos associados, avisando: "O momento é de acção." Adiantava depois que a Madeira e o povo precisavam do entusiasmo e da contribuição dos visados. As poucas actividades do Fama precisavam de dinheiro. Com uma quota de apenas 5 euros por mês, que diabo! Quem pudesse e quisesse que se chegasse à frente com um donativo mais substancial, pedia Gabriel, desesperado. E lá se publicava nova assembleia geral para a tal sede dos bombeiros. O comunicado foi assinado pelo presidente da assembleia geral, Jaime Ramos.


Divirtam-se até à dissolução

Que os convivas se divirtam na jantarada de sábado são os nossos votos. Cortem na casaca deste e daquela. Porque o fim da odisseia está bem à vista. Não falta muito para os artigos 39.º e 40.º dos estatutos serem cumpridos. 
Partindo do princípio de que os associados não ligam pevide àquilo, a não ser aparecer ao jantar para não irritar o chefe das Angústias, recordamos aqui: 
- o artigo 39.º, sobre "dissolução", manda dissolver a associação quando houver "absoluta carência de recursos para prosseguir os fins estatutários". É o caso.
- o artigo 40.º, sobre "liquidação", indica: "A liquidação e partilha dos bens da Fama, uma vez dissolvida, serão feitas nos termos da lei geral."
Ora, com este último artigo não se preocupem. Se alguma coisa existe para partilhar é algum calote como os que atormentam o governo e o partido que os famistas integram e apoiam.

5 comentários:

Anónimo disse...

Calisto já me viu esta noticia? Este casa é apoiante de quem?
O ex-administrador da empresa municipal FrenteMar e ex-assessor da Câmara do Funchal Paulo Rosa Gomes foi condenado, esta manhã, na Vara Mista do Funchal, a três anos de prisão, com pena efectiva, pela prática do crime de participação económica em negócio. Pelo mesmo crime foram condenados a mulher do ex-administrador, Susana Rosa Gomes, e Manuel Ferreira, respectivamente, a dois anos e dois meses de prisão e a um ano e meio de prisão, ambos com pena suspensa. O casal Rosa Gomes foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 43 mil euros à empresa municipal e o arguido Manuel Ferreira de 25 mil euros.

Anónimo disse...

Apoiante, protegido, nomeado...

Luís Calisto disse...

Esta notícia parece normal e ao mesmo tempo espantosa, Caro Comentador. Esta devia ser a enésima notícia do género, depois de 30 anos como os que vivemos!

Anónimo disse...

Lá está o Sérgio a procura de mais um tacho a custa do Dr Alberto João, do mesmo modo que conseguio para o Parlamento Europeu .Agradeça ao Padrinho o Dito Tacho ....Seja Humilde.....



Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.