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quinta-feira, 10 de abril de 2014

LARANJAL





Candidato Cunha e Silva empenha vitória, 
mas recusa renegar o chefe 



"O MEU ADVERSÁRIO NÃO SERÁ JARDIM
MAS OS LÍDERES DA OPOSIÇÃO"






Cunha e Silva recusa cortar com o passado e com o legado de Jardim. Mudar o que for preciso, sim, mas longe do "discurso da oposição" muito em voga entre os delfins em corrida pela liderança do PPD-M - disse o vice do governo. Posições assumidas esta tarde no lançamento da quinta candidatura laranja, num auditório da 'Caixa' a transbordar de gente. Se havia 200 pessoas lá dentro, eram mais as que seguiam a sessão desde o exterior. Como "homem livre", sem "padrinhos" nem "grupos económicos", Cunha e Silva entra numa disputa imune a complexos pelo passado no governo. Pelo contrário. Sem dúvida um risco muito grande em termos eleitorais. Fala mais alto a eterna lealdade a Jardim - que aliás apoia Manuel António.  






João Cunha e Silva declarou há instantes no auditório da 'Caixa de Previdência', durante o lançamento oficial da sua candidatura à liderança do PPD-Madeira, que é um "homem livre" e sem "padrinhos". Que não pertence a "grupos económicos". Que não possui nem faz parte de qualquer sociedade. Que não anda "nos negócios" ou nas "especulações". 
Como "homem livre", "voa nas asas dos militantes do partido". De quem será "porta-voz e intransigente defensor, a todo o tempo, em exclusividade".
Com tal personalidade, sente-se "um homem determinado e sem medo". Pelo que: "As ameaças, insólitas e inesperadas, resvalam na couraça que os militantes fazem à minha volta."
Em toada deliberadamente atacante, Cunha e Silva mostrou-se pronto para o que vier: "Aqui estou eu, exposto às balas e pronto a dar luta pelo meu partido, pela minha terra, por todos os madeirenses."
"Um barco ancorado está seguro", coloriu, "mas não é para isso que um barco é feito."
E veio a declaração: "É por isso que hoje me afirmo como candidato e me apresento orgulhosamente perante vós." 

Significado histórico

O histórico social-democrata Pontes Leça esteve nas reuniões do embrionário PPD em 1974, de onde saiu um chefe para o partido, Jardim, e esteve esta tarde a apresentar o "futuro líder do PPD e do governo regional". 

João Cunha e Silva começara por uma explicação dedicada aos críticos dentro do PPD que acharam mal a escolha de instalações públicas para um acto partidário. A escolha do auditório da 'Caixa' destinou-se a evocar "um momento histórico na vida do partido". Poucos conhecerão esse "momento histórico", aproveitou o candidato para ripostar, "até porque alguns não estavam no PPD nessa altura".
Quem estava nessa altura eram o Dr. Henrique Pontes Leça e o Dr. António Aragão, aliás co-fundadores do PPD. A Pontes Leça coube apresentar esta tarde o novo candidato à liderança do partido. Se em 1974 a reunião na 'Caixa' foi histórica, porque daí surgiu o líder Jardim, esta sessão agora também o será, porque, prevê Pontes Leça, dali saiu o futuro chefe social-democrata e presidente do governo regional.


Preocupação legítima

Recado entregue, João Cunha e Silva enfrentou a questão do dia perante centenas de pessoas, entre as quais companheiros de partido (José Prada, Tranquada Gomes, Rui Moisés, entre muitos) e personalidades da sociedade civil (Carlos Pereira, Presidente do Marítimo, por exemplo). E a questão do dia era "a disputa que aí vem." A qual preocupa militantes social-democratas, o que é natural. Afinal, como afirmou o vice, trata-se de "mudar de presidente e de substituir um líder histórico e carismático".
Se a preocupação é natural, a mudança, em democracia, também é, sublinhou. Daí acreditar num partido mais forte e até mais unido após as eleições internas - se todos contribuírem para um "debate salutar".
A conclusão do que explanou é que "não se trata da primeira vez que uma disputa acesa pela liderança acontece" no partido. Houve disputa, sim, naquele mesmo auditório.
Cunha e Silva referia-se à tal assembleia geral do PPD em 1974 de que saiu a vitória da tendência Jardim e a deserção de alguns social-democratas dessas primeiras horas de democracia.
"Depois foi o que se viu", rematou esta tarde de quinta-feira João Cunha e Silva. Ou seja, da divisão daquela época nasceu um partido vocacionado para 40 anos de vitórias.

Cunha e Silva recordou na sessão de lançamento que, a seu tempo, esclareceu que o seu avanço para uma candidatura dependia de duas condições: que Jardim não se recandidatasse e que ele próprio, o vice do GR, sentisse "um apoio expressivo e inequívoco de militantes do partido".
Essa declaração foi proferida "num momento particularmente difícil", afirmou agora: o anúncio do "apoio do presidente a um companheiro nosso e meu colega de governo", isto é, Manuel António Correia.
Cunha e Silva reparou que as duas condições estavam satisfeitas. Então, não poderia decepcionar "todos quantos, de forma corajosa, destemida e valente, ao longo do último ano", sempre o incentivaram a tomar a decisão que hoje tornou pública.


"Um PPD à nossa maneira"



Muitos assistentes, dado o seu elevado número, tiveram de seguir a sessão fora do auditório.


"Quero ser líder de um partido vencedor", anunciou o quinto candidato assumido. Líder de um PPD conforme a sua matriz "interclassista", um partido que "qualquer período de larga abertura de porta não permita alterar o seu ADN", ou seja: "Um Partido Social Democrata à nossa maneira".
Inevitavelmente, João Cunha e Silva tinha de dizer o que propõe de novo ao seu partido. Mesmo sem apontar discordância em relação aos hábitos vigentes implantados pelo seu mentor Jardim.
Falou de propósitos vários. 
- Reintroduzir organismos concelhios, garantindo-lhes mais autonomia. "Não posso querer mais autonomia para a Região e não a defender para a nossa estrutura partidária concelhia", assumiu. 
Propor a revisão da lei eleitoral tendente ao regresso dos círculos por concelho. Para que todos se sintam representados no Parlamento, em vez de acharem que "os seus hipotéticos lugares são roubados no Funchal por barões da estrutura partidária, normalmente eleitos a reboque".
Sempre cuidadoso para não ferir o que está para trás, o candidato esclareceu querer um partido "orgulhoso do seu passado", embora disponível para "a mudança que os tempos impõem e exigem".
Cunha e Silva enunciou princípios consensuais, ao propor um partido "moderno", "solidário com os mais fracos", "competente com quadros capazes", "lutador, empenhado e determinado em matéria autonómica", "aberto, distendido e democrático", "vencedor e unido", "identificado com os madeirenses", "jovem e sem paternalismos", "um partido que fale claro e de assuntos que o povo entenda e tenha que ver com a vida dele".


Passado profundamente PPD

João Cunha e Silva fez depois o seu auto-retrato, começando por evidenciar bem evidenciado que está no PPD desde 1974 e que o seu número de ordem entre os filiados é o '35'. 
É o filiado n.º 1 da JSD, que com amigos e companheiros ajudou a fundar na Madeira.
"Sempre estive aqui e daqui não penso sair", demarcou, ressalvando que não aderiu ao "partido do poder", porque, na altura em que aderiu, o PPD ainda não era poder.
"Bem pelo contrário", conta, "subi árvores e colei cartazes sem vergonha, sem medo, com coragem e com orgulho".
Tendo sido "quase tudo no partido", na Madeira e ao nível nacional... "Falta-me ser presidente e é para isso que vou trabalhar a partir de agora e conto com a vossa preciosa e imprescindível ajuda", disponibilizou-se perante o denso auditório - apoiantes ou simples companheiros e amigos.
Cunha e Silva não se absteve de reivindicar os méritos de ter tratado o processo referente ao Estatuto Político-Administrativo da Região, conduzindo tal documento a "uma aprovação rara, por unanimidade e aclamação na Assembleia da República" - naquele que foi um "momento único na História da Madeira e da sua autonomia".


Rebatendo outros Delfins: é insensato um programa de governo a dois anos de eleições


Contrariando críticas tecidas na corrida interna já em curso, Cunha e Silva, ao relevar os 14 anos que leva de vice-presidente do governo, afirma orgulhar-se de ter contribuído para o que considera "os melhores anos da Região no que concerne a crescimento, desenvolvimento, emprego".
A Madeira ultrapassou a média europeia ao nível de PIB e esse é um ponto a destacar.
"Governar é tomar decisões". Assim, o projecto do Delfim consiste em mudar o que deve ser mudado e sustentar o que deve ser sustentado - "continuar o trabalho que temos vindo a desenvolver com a experiência que acumulámos em tantos sectores que estiveram sob a nossa tutela durante estes anos".

Em reacção à filosofia de outros candidatos, o vice esclareceu que não estava no auditório para propor um programa de governo, já que isso não faria sentido. À velocidade que o mundo corre, com alterações diárias da conjuntura, "é insensato prever a dois anos de distância a situação do mundo, da Europa, de Portugal e consequentemente da Madeira".
Esse programa surgirá mais para a frente, quando na posse de indicadores que "permitam com competência prever e preparar o futuro".
Numa palavra, "cada coisa no seu tempo": primeiro ganhar o partido, depois elaborar o projecto para vencer as eleições regionais.


Primeiro estão as pessoas

Quanto às linhas dirigentes da sua candidatura, Cunha e Silva parte do conceito da primazia das pessoas. Porque o resto é "instrumental" - a economia, as finanças, a educação, a saúde, e tudo isso "gira à volta das pessoas".
As pessoas a quem se refere são "as que mais precisam", porque menos bafejadas pela sorte - e hoje, por causa da conjuntura difícil, vivem em cima de muitas dificuldades.
São também os mais velhos, "castigados por uma política insensível".
Os mais jovens, "sem oportunidade e com a emigração como destino mais provável".
Os pais, que tiveram gastos imensos para educar os seus filhos e sofrem com a frustração do curso feito.
Os desempregados ou os que, estando empregados, "já não conseguem fazer contas à vida".
Há que ser "activamente solidário com as pessoas", no partido e no governo - insistiu.


Ideias e modelo de Jardim presentes 

A autonomia foi tema que não podia faltar neste lançamento de candidatura. Globalmente, Cunha e Silva defendeu o que o seu partido, pela voz de Jardim, tem defendido. A necessidade de Lisboa assumir custos que são "da responsabilidade do Estado", como na Saúde e na Educação. O candidato só não acompanha o chefe na urgência dessa discussão, por reconhecer o "momento difícil para o país".
Houve lugar também para uma abordagem à "badalada questão da política fiscal", com o candidato pouco esperançado na boa vontade de Lisboa para satisfazer os anseios do PPD-Madeira.
Para não degenerar, um apelo, também na linha de Jardim: que sejam concedidos mais poderes legislativos à Madeira.
Cunha e Silva não descolou por aí além do registo do chefe ao analisar a política desenvolvimentista destes 35 anos. Com números, mostrou que a Região ultrapassou a média europeia de PIB nas 3 décadas em apreço. "Aproveitámos as oportunidades. Nos tempos que correm, já não era possível fazê-lo e não nos perdoariam não o termos feito na altura certa."
Quantas vezes o tem sublinhado Jardim? O chefe desta vez não se pode queixar de 'traidores', muito pelo contrário.
O futuro da vida madeirense deve consistir - segundo Cunha e Silva - em "adaptar o modelo de desenvolvimento económico às novas circunstâncias e à nova conjuntura".
"Só se falha quando se faz alguma coisa", finalizou o candidato esta parte do discurso. "Os que nada fazem não têm hipótese de falhar. Erramos, sim. Mas somos dos que aprendem com os erros."
Os apoiantes do vice esperam bem que sim.


O líder de que o PPD precisa

Cunha e Silva e Pontes Leça: um presente que não dispensa o passado. 

Quanto a parlamentarismo, João Cunha e Silva considera que o Parlamento deve ser "obrigatoriamente respeitado e dignificado por todos". 
O governo regional tem de ser "competente e funcional" e constituído segundo a fórmula do governo anterior - independentemente da recorrente "falácia da diminuição de despesa".
Sobre as relações com o partido ao nível nacional, serão de respeito e solidariedade.
Ainda: "Terei com os adversários da oposição relações institucionais, democráticas e úteis no que concerne à defesa das instituições."
"Um projecto, uma equipa, um líder" - eixo da nova candidatura. "Não me candidato contra ninguém", avançou o vice, "mas porque tenho um projecto de ideias próprias, porque tenho uma equipa vasta, capaz, competente e empenhada."
Em resumo, diz-se convencido de que é "o líder de que o partido precisa, para fazê-lo reencontrar-se com as vitórias e para reanimar e trazer esperança de novo para junto de todos os militantes".


Antecipar eleições seria servir interesses privados


Sobre a questão da antecipação de eleições, Cunha e Silva defende as posições de Jardim: absolutamente, não! "Felizmente para o PSD, os órgãos do partido e os seus militantes, de forma expressiva, não concordaram com tal pretensão", suspirou esta tarde de quinta-feira, invocando a difícil situação do país e da Madeira.
Posição acompanhada por uma insinuação que atinge outros Delfins, o que certamente merecerá muitos aplausos do chefe: "Querer fazer eleições nesta altura pode ser do interesse privado de algumas pessoas, mas não seria, com certeza, do PSD-Madeira."
Sobre as eleições europeias e o facto muito criticado de a candidata Cláudia Aguiar ter tomado posição internamente favorável a Cunha e Silva, este apelou a todas sensibilidades que se unam a favor da candidatura madeirense ao PE. E com o aviso de que não permitirá que no partido "aconteçam as ameaças, as pressões e as perseguições, sejam feitas por quem for, do jeito que for, contra quem for".


Mesmo perdendo votos, Cunha e Silva 
não adere à "moda anti-Jardim"


Sem quaisquer preocupações para parecer alheio ao jardinismo, João Cunha e Silva abordou frontalmente o fenómeno 'Mudança'.
Pois sim, que seja legítimo falar dela, concede o candidato. Atenção entretanto a esta advertência: "Connosco, mudará o que for preciso mudar. Mas haverá respeito pelo legado histórico que é património deste partido e que a todos deve orgulhar." 
É que "a nossa mudança deriva das pessoas" e isso chega para que mude muita coisa. "O que não é preciso é mudar de projecto ou de partido", assentou.
Na mesma linha, Cunha e Silva recusará o discurso que outros candidatos têm apresentado publicamente, demarcando-se eles "claramente do PSD" e aproximando-se muito do discurso da oposição. Isto na visão do vice, que esclarece desde já: "Vou percorrer outro caminho. Não vou fazer o discurso da oposição. Vou fazer o discurso do PSD. Que mudará o que for preciso mudar, mas tem orgulho no passado. Os meus adversários estarão nos partidos da oposição e não dentro do PSD. O meu adversário não será Alberto João Jardim, mas os líderes da oposição."
Para que não subsistam dúvidas, e quando "está na moda ser contra o presidente do partido", Cunha e Silva não seguirá por aí, mesmo que perca votos. Não pode nem deve fazê-lo, por entender que não seria justo ignorar os anos de "trabalho notável que [Jardim] desenvolveu em prol da Região".

Sem dúvida que este lançamento de candidatura, durante o qual Cunha e Silva apelou à unidade depois das eleições internas, dizendo-se disponível para trabalhar com quem vencer ou para chamar os candidatos derrotados se for ele a vencer - este lançamento de candidatura fica também marcado pela surpreendente homenagem ao ainda líder - aliás na linha de lealdade incondicional sempre respeitada por João Cunha e Silva.
Tudo isso embora, como salientou, não tenha sido o escolhido de Jardim para esta disputa. "Tenho-lhe muito respeito e admiração por tudo quanto fez, ou ajudou a que se fizesse, pela minha terra. E orgulho-me de ter sido seu leal colaborador nestes últimos anos de governo."
Um discurso arquitectado para atingir o PPD profundo. Uma coisa é certa: o lançamento desta candidatura, pela coragem de não descartar o líder em queda, traçou o destino do Delfim que tem um 'Ferrari' nas mãos há 14 anos, como pediu a Jardim em 2000. Traçou-lhe o destino para o bem ou para o mal. Depende do tamanho que ainda tenha o PPD profundo.


INTERVENÇÃO DO DR. PONTES LEÇA
PARA APRESENTAR CUNHA E SILVA

A sessão de lançamento da candidatura do vice, no auditório da 'Caixa', começou com a intervenção do histórico social-democrata Henrique Pontes Leça, que reproduzimos:




"Meus Caros Amigos!
Esta sala é histórica na vida do PSD-Madeira. E porquê?
Porque há quase 40 anos, neste mesmo local, ao contrário do que hoje se julga, pela primeira vez se disputou a liderança social-democrata entre duas facções: uma, então afecta à antiga Frente Centrista da Madeira, e uma outra que se lhe opunha. Nesse dia, para garantir a independência da Mesa e a equidade na condução dos trabalhos, foi deliberado atribuir a sua orientação a um grupo de jovens da JSD. Na altura, premonitoriamente, estava na Mesa um jovem de nome João Cunha e Silva.
Eramos, todos, entusiastas da social-democracia de Francisco Sá Carneiro. E foi assim que a Frente Centrista da Madeira veio a aparecer, posteriormente, como Partido Popular Democrático. O qual, mais tarde ainda, continua na
cena política com o nome de Partido Social Democrata.
Entretanto, na nova Constituição da República, laboriosamente concebida e aprovada na Assembleia Constituinte, a Madeira ganhou o estatuto de Região Autónoma. Foi um extraordinário sucesso titanicamente arrancado em São Bento pelos deputados constituintes eleitos pela Madeira. Era uma aspiração histórica secular que vinha já sendo reclamada desde a Primeira República.
Em 1976 elege-se a primeira Assembleia Regional – assim era designada nos termos constitucionais. E recordo com muita saudade e amizade os deputados que saíram dessas primeiras eleições.
Conseguimos então eleger uma maioria fortemente expressiva. E quem foram os eleitos? O melhor que vinha da Frente Centrista e dos que, primeiro, se juntaram ao PPD. Entre eles um grande e saudoso
Amigo que recordo sempre com emoção: o António Gil Silva. A quem presto, hoje, publicamente, a minha saudosa homenagem.
No dia da eleição, e no frenesim da contagem dos votos que iam chegando pelos telefones, havia um estudante liceal que, na sede do partido, já na Rua dos Netos, anotava entusiasmado os resultados que nos iam chegando. E quem era ele? Era o nosso querido Amigo João Cunha e Silva.
Estamos hoje reunidos nesta sala – sala históricavolto a repetir – para ouvir a sua declaração de que assume a candidatura a Presidente do nosso Partido Social Democrata da Madeira.
E porquê hoje? Porque hoje se inicia a contagem de nove meses de gestação para o grande acontecimento que será o nosso Congresso. E, estou muito convicto, desta reunião magna, agendada para Janeiro de 2015, sairá a proclamação do João Cunha e Silva como Presidente eleito do PSD-Madeira.
Aceitei, entusiasmado, o seu honroso convite para o preceder no anúncio público da declaração de candidatura.
E aqui estou com a mesma alegria, entusiasmo e convicção de há 40 anos.
Mais palavras…, para quê? Todos o conhecemos muitíssimo bem. Homem de fortíssimas convicções da doutrina e prática social democrata, sem ser um fundamentalista doentio. Com tantas e tantas provas dadas como Vice-Presidente do Governo. Com uma experiência governativa ímpar na nossa Região e nos contactos que tem mantido com o Governo da República e com os organismos internacionais.
Vou enaltecer a sua verticalidade e dignidade? A sua extraordinária capacidade de diálogo? O seu espírito e prática de uma tolerância política admiráveis trazidas de casa de seus pais e bebidas no exemplo magnífico de Seu Pai? Que faz profissão de respeito por tudo o que o passado tem de bom?
Todostodos sabemos, conhecemos e reconhecemos esta realidade.
Para mim, pessoalmente, foi um momento de grande conforto ouvir da sua voz a intenção de se candidatar a Presidente do partido, sobretudo porque vi satisfeito o forte incentivo que lhe dei, durante vários anos, para o fazer. E, sobretudo, a honra de me dar a palavra nesta cerimónia, que antevejo como histórica.

Estou aqui para o ouvir e abraçar com muito entusiasmo. Espero ter ainda saúde e vida para o acompanhar na posse como novo Presidente do Governo, o que todos nós vivamente também esperamos e desejamos.
E, dito isto, João, o momento que se segue é seu. Estamos todos ansiosos para o ouvir….. e aplaudir!"



41 comentários:

Anónimo disse...

A tolerância de ponto do GR foi antecipada uma semana,para quinta-feira do Jardim Ramos. Servidões impostas a quem quer manter o ordenado.

Anónimo disse...

Aiii essas dores de cotovelo... Nada que um parede áspera não resolva.

Anónimo disse...

Será que se algum partido pedir o auditório da Caixa ele é cedido? Vamos experimentar! Um abraço,
José Reis

Hernani Martins disse...

Experimente, experimente. E pague, como foi feito.

Anónimo disse...

Olá Calisto. Não quero ser inconveniente, mas acho que toda a gente percebeu um seu evidente lambemotismo a este Delfim. Utilizou no post anterior, a foto oficial da candidatura (uma mesma linha gráfica é importante)muito antes da mesma se tornar publica. Vamos estar atentos para ver se dedica tanto tempo, gentileza e carateres a cobrir o debate de amanha no Hotel Meliã Madeira.

Anónimo disse...

Mais do mesmo, o elogio ao chefe por parte de um dos obreiros do actual estado a que isto chegou.
Se queria apelar ao PSD das bases e rural com a evocação de AJJ, já chega tarde, M. António já fez o trabalho de casa nas Casas do Povo.

Anónimo disse...

Tudo gente obrigada a lá estar. Os funcionários do Bom Jesus foram coagidos a marcar presença, já para não falar dos subordinados da Vice- Presidência

Anónimo disse...

Arruinou a Madeira. Agora quer Arruinar o Partido

Luís Calisto disse...

A respeito do comentador das 22.37
(Resposta interdita aos dignos Leitores do 'Fénix')

Este cavalheiro das 22.37 merecia uma resposta adequada, porém a sua cobardia disfarçada sob anonimato impede-a.
Além de pior do que iliterato (não se trata de não atinar com a interpretação, é fazê-la às avessas), o dito-cujo arma-se em especialista pidesco na análise da fotografia, se é oficial ou não (ou seja, se me foi concedida pela candidatura hoje apresentada a troco de qualquer coisa).
Esta besta quadrada pretende meter determinada candidatura ao barulho. O que não conseguirá, se essa candidatura perceber depressa a encomenda que lá se meteu.
Finalmente: lambebotas é você, que vive disso, da política, com rastejanços de réptil. Se não é, identifique-se, e então falamos aqui, em canal aberto (e onde mais lhe aprouver).
A propósito, quantas pessoas inquiriu para dizer que "toda a gente" percebeu o tal lambebotismo?
Finalmente - outra vez: estou a tremer por causa dessa ameaça de vocês (quem serão, fds!) ficarem atentos ao que vou dizer sobre o Meliã (?)
Porra, não durmo esta noite!
Entretanto, e com as desculpas aos nossos Leitores que tiverem insistido em ler esta triste dissertação, mas tem de ser, vá o das 22.37 bardamerda em dois tempos, cobardolas de uma figa!

Mário José Ornelas disse...

Sr. Calisto, o filhote do Sérginho anda muito atento e activo neste blogue e no online do DN. O rapazola deve pensar que é a única Coca Cola do deserto.

Anónimo disse...

Os escribas da candidatura do Sérgio deveriam estar preocupados em fazer o trabalho de casa. Primeiro, trouxeram um especialista de marketing do continente. Agora, trazem mais um especialista de Lisboa para falar da reforma política da Madeira. Qualquer dia ainda apresentam uma lista de "cubanos". Ou será que está a preparar uma candidatura nacional contra o Passos Coelho? Já não bastava aquela dos simpatizantes a votar... Nota-se que é um líder que confia nos seus militantes.

Miguel Fernandes disse...

Ao das 22:37. A foto que está no post anterior, já tinha saído domingo no DN. Andas a dormir ou queres confusão.

Anónimo disse...

Desculpem-me...o erro não foi a apresentação ter sido feita na caixa de previdência...em 1974 também pertencia ao governo de então.o erro, foi, não ter sido feita no centro de congressos da madeira,porque,um candidato que movimenta tanta gente merece um lugar melhor e maior.por favor...deixem a feira do gado para alguem,pena outros não terem aproveitado um campo de golfe para ai

Anónimo disse...

grande parte dessa gente são funcionários da vice-presidência...é só dar graxa....

Anónimo disse...

Querem ver que algúem ainda vai ser criticado se apresentar a sua canditura na empresa de ovos do sogro de alguém...não pode...incomodar os pobres dos galinhaceos

Anónimo disse...

Que grande sucesso a apresentação do Dr. Cunha e Silva! Venham com histórias que são funcionários da Panisal, da Opan ou da Penha d'Aguia que eu conheço muitas das pessoas que aparecem nas fotos e são de vários sectores profissionais (público e privado). Parabéns Dr. Cunha e Silva! Vá em frente!!

Anónimo disse...

Que mar de gente! Incrível!

Anónimo disse...

Que grande iniciativa. Parabéns João! Estamos juntos!

Anónimo disse...

Parabens João Cunha e Silva . que mar de gente !!! já não bastava os das sociedades de desenvolvimento e miserias associadas , vemos tambem Miguel Ferreira o tal medico condenado que tornou o nosso hospital no recordista mundial de mortes por infeção hospitalar , Filipe Santos o candidato á junta do Imaculado imposto por AJJ , em resumo os fieis de AJJ.
assim ficamos todos mais esclarecidos.

Anónimo disse...

07:59 tanta azia logo de manhã.

Anónimo disse...

O Cunha e Silva apareceu fortíssimo, com discurso para o PPD/PSD e para a Madeira. Tem uma legião enorme de apoio. Gosto desta candidatura

Anónimo disse...

Muito bem, trabalho de casa feito e ideias claras e estruturadas. Para de quem se dizia indeciso e sem gente, foi uma boa resposta e ainda a procissão vai no adro.

Anónimo disse...

O anônimo das 22:37 de ontem é um craque da bola!!!! Aprendeu com o Colaço e hoje vai tentar aprender com o Rogeiro. Só fica mal ao Sergio Marques ter esta gente a passar rasteiras. Enfim, é da vida.

Pedro Freitas disse...

Este lançamento de candidatura contraria um conjunto de mitos que vinham a circular e que mostram bem o erro de análise de certos comentaristas e mesmo de alguns candidatos. Certo é que Cunha e Siva fez o trabalho de casa. Isso foi feito de forma ponderada e sem pavoneio, sem ser para a fotografia mas antes numa de ouvir e explicar às pessoas (do partido pois é disso que se trata), qual seria a linha geral a seguir. Criou-se essa linha e mobilizou gente de todo o lado, de todas as tendências e áreas de atividade e geografia da Madeira. Foi isso que se viu ontem: um mar de gente que diz PRESENTE e que quer fazer um futuro em que a Mudança será a que for necessária. Funcionários? sim, muitos. mas não só. Quero ver qual a candidatura que não tem funcionários. Fiquem com essa ideia da candidatura de Cunha e Silva, tal como ficaram com a ideia de que nos debates preliminares por toda a Madeira não havia gente. Penso que ontem vieram todos os que estiveram nesses encontros e mais um ou dois. E agora é que a coisa vai começar. Parabéns ao Cunha e Silva pela estratégia e pela equipa e vontade de vencer para unir.

Anónimo disse...

Cunha devia de pedir a demissão. Esteve tudo bem até agora. E agora é preciso ser mudado. Que anedota.

Anónimo disse...

Eleições daqui a Dois anos? Então se o Cunha ganhar o Partido, vai deixar o AJJ no governo até o fim de 2015? Cavaco não deixa passar o testemunho.

Anónimo disse...

Vai Mudar que tiver de ser Mudado. Ou seja, Não diz nada, não se compromete. Não tem coragem. vai apenas emocionar o coração dos militantes. Só que os Militantes esperam por soluções tal como os restantes Madeirenses não militantes. Só poeira. Medidas precisam-se!

Anónimo disse...

Quantos militantes com direito a voto estavam presentes? 5,6,7!
MUITO FRACO!

Indalécio disse...

Gostei desta candidatura, não vai em modas nem acompanha a manada.
Albuquerque, veja lá com o seu amigo Passos coelho se ainda ainda resta algum lugar, nem que seja como conselheiro ou assessor de algum secretário de Estado. Aqui, a golpada e agora já é tarde.
Aos outros candidatos, para o bem da Madeira, sejam sensatos e unam-se a João Cunha e Silva.

Anónimo disse...

Um mar de gente com voto secreto. E com o padrinho do AJJ na sombra, mas lembrado!

Anónimo disse...

Para o Anónimo das 10:19: estavam 4 militantes só. O resto eram figurantes, empregados de mesa, músicos, DJ's e ainda faltaram os Presidentes da Casa do Povo que estavam a fazer centros de mesa no Golden.

Anónimo disse...

O Cunha e Silva não foi o mentor das Sociedades de Desenvolvimento e de todo um modelo de desenvolvimento que se revelou insustentável e danoso para a RAM?

O que é que os madeirenses podem esperar de um homem cujas políticas nos últimos 10 anos falharam por completo?

Quem nos conduziu até aqui não tem perfil para levar a Madeira a bom porto.

E nem vou falar das suas condutas enquanto Homem...

Ricardo Menezes disse...

Tanta gente a ser paga para fazer publicidade a esta candidatura... só espero que não seja dinheiro dos contribuintes!! As contas destas candidaturas deviam ser públicas...

Anónimo disse...

A mim não me interessa quem é candidato à lider do PSD/M e do governo regional.O PSD é para PERDER E POR MUITOS!!

Carlos Andrade disse...

Lá estão eles a falar das Sociedades de Desenvolvimento. Fizeram obra, dezenas,uma não correu bem, cujo processo está em tribunal. Têm uma dívida de 300 milhões, tanto quanto se paga por ano à Via Expresso e à Vialitoral. Metam os pesos na balança. Ou a culpa das PPP também é do Cunha e Silva?

Anónimo disse...

Mas Vc faz Obra sem ter dinheiro? As Sociedades de Desenvolvimento foram Buracos nas finanças públicas. E não foi só uma que deu torto. Quer uma lista a começar nessa e a acabar no estádio dos Desportos do Porto Santo, passando pelos pavilhões, piscinas, etc...Todos vamos pagando!

Anónimo disse...

Pavilhões??? Piscinas??? Você deve beber ou tomar drogas pesadas.

Ortopédico disse...

Sr. Calisto: há uma campanha porca preparada para denegrir o candidato JCS. Eu sei que isto é verdade e vão tentar trazer para as redes sociais e jornais online assuntos da vida pessoal desta personagem. Sou militante do PSD com quotas pagas mas não voto neste. Por isso estou livre para dizer isto. O candidato JCS que se cuide porque não lhe vai ser favoracel esta campanha negra. Viva o PSD.

Anónimo disse...

Não é campanha negra. È a verdade. Com as Radios todas do Jaime Ramos-O Padrinho Escondido, A TSF-(também? e os outros candidatos?), e a do Porto Santo-do dasLink, já parece o CHAVEZ ou o MADURO para controlar. Isto ainda como candidato,. Se fosse Presidente, o que não seria! Ai credo, cruzes!

Unknown disse...

Grande erro, esta candidatura!
NUNCA um Segundo chegou a Primeiro, regra básica na Politica Portuguesa e até na europeia. Dentro e fora do PSD..!

Anónimo disse...

Na peça os seus seguidores enaltecem
Algumas qualidades do Cunha,porém esquecem de enaltecer também os seus terríveis defeitos ou seja .....
Vaidoso!
Arrogante !
Vingativo!
Nem Com Os Militantes consegue ser Simpático.... Assim sendo e concluindo...Não É Um Homem do POVO!