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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Delírios Socialistas


'UN CANTO A GALÍCIA'


Iglésias lançou hoje uma versão estilizada da música em voga no país, interpretada pelo tenor António Costa - que prepara o salto da câmara de Lisboa para o governo


Iglésias quer derrubar
Victor ou é truque de ambos?

"Eu quero-te tanto e ainda não o sabes": mais coisa menos coisa, cantava assim um disco que Júlio Iglésias, décadas atrás, gravou em galego para português comprar. E foi o que nos ocorreu ao ler no DN de hoje a teoria do outro Iglésias, o Miguel da concelhia socialista do Funchal, sobre a mudança que Victor Freitas deve operar em matéria de coligações, agora que ainda faltam 6 meses bem medidos para as eleições antecipadas. Digamos assim.
Diziam-nos esta manhã na baixa que estão lançados no terreno prelúdios de um golpe palaciano anti-Victor preparado pelo grupo do Éden em sintonia com António Costa. O povo gosta destas intrigas da ralé, no meio de imperial com tremoços; quanto mais em ambientes requintados metendo caviar, lagosta e Quinta do Valado reserva bem fresquinho, faz favor! 
A trama seria assim: no Continente, o Partido Socialista foi à câmara da capital pegar em António Costa para o levar a primeiro-ministro. Na Madeira, toca-se a mesma música pela voz dengosa de Iglésias: arranca-se Paulo Cafôfo à câmara da capital e leva-se o homem a presidente do governo regional.
É uma interpretação como qualquer outra.
Ou será que foi mesmo de propósito que Miguel Iglésias saltou à rua para rebentar com o que, no seu partido, ainda estava de pé?
Só pode ter sido distracção o colaborador de Cafôfo aparecer em público mostrando preocupações e discordâncias que deviam ser tratadas internamente, dentro das paredes do malfadado partido. Como?! Vir, numa altura destas, com o adversário principal adiantado muitos quilómetros rumo às regionais, vir no dia de hoje à imprensa dizer que a táctica de jogo deve ser mudada?
O cavalheiro não deve ter pensado: diachos, vou meter o Victor num beco sem saída. Se ele faz o que mando, os adversários vão acusá-lo de candidato fraco, que muda as suas estratégias mal um 'forasteiro' (direitos de autor são de Jardim), mal um chefe de concelhia papagaia uns palpites com montes de efectivamentes bem pronunciados, pá para aqui, pá para acolá. E se o Victor liga à terra sem fazer o que digo, vai-se para a campanha com a imagem de partido 'implodido', escaqueirado, sem qualquer hipótese de vitória - como pensávamos que aconteceria ao PSD.
Se tivesse reflectido, não agiria assim. Mas somos nós a imaginar.
Afinal, não podemos censurar quem entenda que Iglésias, obviamente com patrocínios de alto coturno, tentou desencadear uma tempestade com raios e coriscos para ver se Victor sai da pista. Como é que um chefe de gabinete de uma câmara que jaz em mera gestão, com orçamento mas sem plano, que só se aguenta mais uns meses até Sérgio Marques do PSD disputar a maioria numas municipais antecipadas... como é que um quadro de uma câmara que já não tem metade dos elementos eleitos como efectivos pode vir ensinar alguém a deslindar a situação armadilhada onde caiu?
Já confundido com uma série de reveses ao longo dos últimos tempos, a maior parte por culpa própria, Victor Freitas do que precisava neste momento era exactamente dos 'conselhos' tratados em público ao som do romântico 'canto a Galícia' do Júlio.
Que importância dá o socialista Iglésias à decisão do Bloco de Esquerda de se deixar quieto, fora da coligação! Uns 37 anos depois, a extrema-esquerda tornou-se imprescindível para o PS! Haja Deus! 
Se não é pegar por pegar, parece. Se não é para partir o resto da louça...
Mais: o PTP, acrescenta o homem da concelhia, também não é de confiar muito, porque o que quer é lugares no parlamento. Ou seja, há desconfiança relativamente a um partido que integra a coligação municipal 'Mudança'... de que o próprio Iglésias faz parte!
Dando-lhe o benefício da dúvida; concedendo que aquilo de encostar o PS às cordas nesta altura foi, para o autor do petardo, uma espécie de acordar com uma telha corrida e disparatar à toa; admitindo isso tudo, teremos de encarar a hipótese maquiavélica, envolvendo a elite caviar do Éden e António Costa, de afastar Victor e levar Cafôfo da câmara à conquista do governo.
Ou então - ainda mais maquiavélico - é Victor por detrás desta manobra, de mãos dadas com Iglésias, para ter pretexto de afastar umas quantas encomendas que atrapalham os seus desígnios. Não nos admiraria, dadas as bicudas condicionantes que se levantam na elaboração da lista para deputados.
Estamos a ouvir aqui umas gargalhadas... Vêm da câmara ou da Rua dos Netos?

7 comentários:

Anónimo disse...

Seja qual for a marosca, nada os impedirá de dar um valente trambolhão. Percebe-se que Cafôfo vai-se vitimizar até à exaustão, para disfarçar as suas irresponsabilidades na condução da maior câmara da Região que permanece pre-mortem. Por outro lado, como escreve o Sr. Coelho, ele não quer voltar a leccionar no Campanário. A única saída do Sr. Cafôfo é arranjar um tachinho na ALRAM com aquele ar de Calimero incompreendido pelo Universo. O Sr. Vitor Freitas é uma espécie de ante-câmara do desaire, que coligado ou não, vai conhecer uma derrota estrondosa, pois tem uma visão muito desproporcionada do seu capital político. O PSD agradece e engrandece!

Anónimo disse...

Só faltava um Iglesias para ajudar ao concerto da vitória esmagadora do PSD . O PS tem experiÊncia de forasteiros que foi medíocre durante anos. Será que agora querem repetir o exílio ?

Anónimo disse...

Não tarda nada e teremos os brilhantes estrategas cafofianos arredados da CMF e lamber feridas nos cafés do Funchal. O meu conselho ao senhor Cafofo, já que quer fugir da escola do Campanario como o diabo foge da cruz, é que emigre para bem longe, tipo Austrália.

Anónimo disse...

A gestão interna do PS-M tornou-se parte do anedotário político regional.
Desta figurinha-Iglesias, com a sua ambição desmedida e fidelidade canina a Cafôfo (por agora), espera-se tudo.
Se é um "mind game" congeminado por Vítor Freitas, então a sanidade e astúcia politica deste está pior que pensávamos.

Anónimo disse...

Este PS aos poucos vai parecendo uma história do Rantanplan - o cão mais estúpido do oeste!

Anónimo disse...

Então esta proposta não deveria ser feita internamente em sigilo? Cambada de tontinhos. Ou então não se falam outra vez. Ou será que é para o Iglesias mostrar serviço e autopromoção?

Anónimo disse...

e porque é que a camara não cobra 1 milhão de euros de taxas dos barreiros?....porque nada valem e estão cheios de medo do carlos pereira!...estes senhores são um zero à esquerda