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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

LARANJAL NOVO


O apoio de Adolfo Brazão será recompensado por Albuquerque. Aqui, ambos os social-democratas com Sérgio Marques, num convívio de Natal.


PODER DE TRANQUADA E FILIPE
EMBARAÇA DEPUTADOS PSD-M


No interior do partido, desconfiam que Albuquerque, fechado estes dias a trabalhar, vai satisfazer a nova clientela na base das amizades. "Se unir o partido é isso...", desabafa um barão incomodado.





Os deputados do PSD-Madeira anteviam que a entrada de Miguel Albuquerque para novo líder do partido provocasse mudanças na chefia do grupo parlamentar. Mas pelo menos alguns deles estranham que Jaime Filipe Ramos e Tranquada Gomes, actualmente vice-presidentes do grupo, tenham funcionado esta semana como líderes nos primeiros plenários depois das eleições internas. Jaime Ramos, chefe do grupo há muitos anos, quase nem fala. Talvez porque Miguel Albuquerque tenha anunciado publicamente, nos debates da campanha, que ele, Jaime, integrou um ciclo que agora se fecha e que, nessa base, não contará com ele.


Tranquada, e não Filipe, falado para sucessor de Jaime Ramos

Deste modo, quem tem contactos privilegiados com o novo líder do partido são Filipe Ramos e Tranquada Gomes. Isto segundo a impressão dos deputados que, sem que alguém anunciasse qualquer mudança, têm de ficar 'em sentido' perante as ordens daquele dueto, limitando-se a cumpri-las. Sobretudo nas horas importantes de votar a favor ou contra.
Já se sabe que a direcção do grupo parlamentar colocará os lugares à disposição de Albuquerque na próxima segunda-feira, depois do congresso. Na primeira reunião da nova comissão política, também na próxima semana, serão indicados os nomes para a futura direcção, a fim de que os deputados a confirmem por meio de votação. Ora, no grupo parlamentar persiste o sentimento de que Filipe Ramos será o novo líder da bancada. Mas, no ambiente mais próximo do ex-presidente do Funchal, percebe-se que o escolhido para número um será Tranquada Gomes. Uma forma de desviar o foco do 'peso' Ramos na era Miguel Albuquerque.
Há quem se interrogue acerca do preciosismo de nesta altura se proceder à mudança de direcção do grupo. A não ser que se trate disso mesmo: demarcar Albuquerque da imagem Jaime Ramos-pai. O que não deixa de ser uma concessão perante as acusações sobre uma ligação desse género, propaladas na campanha interna e retomadas pela oposição agora. Vale mesmo a pena mudar de direcção de bancada? Afinal, quase não haverá plenários até às eleições antecipadas. 
Justifica-se a suspeita de uma desnecessária 'operação de cosmética'.


Um lugar para Adolfo Brazão

Há um ambiente esquisito entre os deputados. Que alastra a outros quadrantes do PSD. Nada tem transpirado dos vários dias de trabalho, com Miguel Albuquerque e Rui Abreu no centro de operações. Em surdina, comenta-se que Miguel está a enveredar pela escolha de velhos amigos para os cargos mais visíveis do partido, a anunciar no congresso de sábado e domingo.
Fotografias publicadas no facebook espicaçam a imaginação de observadores internos do Laranjal Novo. A quadra natalícia propiciou encontros de amigos que não podem ser desligados da vida partidária. Adolfo Brazão convidou à sua casa o velho companheiro Albuquerque. E ainda Sérgio Marques, ex-Delfim afastado da corrida na 1.ª Volta das internas. 
Há muita imaginação, mas também impressões substanciais. Garantem-nos que Adolfo Brazão tem lugar importante para ocupar na hierarquia do partido. Ele exaltava, no facebook, total apoio à candidatura de Miguel Albuquerque, escrevendo a propósito do referido convívio de Natal, dia 26, que reuniu em sua casa as três personagens (ele, Albuquerque e Sérgio) - "O meu sonho: ver estes meus amigos juntos. Para enfrentar tudo e todos! Estou convosco: Miguel Albuquerque para presidente e Sérgio Marques para o que der e vier."
No caso de Sérgio, já estivemos mais inclinados a 'ver' a sua integração num governo chefiado por Albuquerque, em caso de vitória laranja nas eleições antecipadas. Hoje, suspeitamos que o novo líder quer reservar o competente quadro, antigo deputado no Parlamento Europeu, para outros voos. 
Pressentimentos. Mas seria uma surpresa, deixar Sérgio fora de um governo.


Conselho de jurisdição: quem livrou Albuquerque da expulsão exigida por Jardim?


Neste contexto, dizem-nos que Adolfo terá promoção que lhe conferirá notoriedade no PSD. Provavelmente, presidente do conselho regional e da mesa do congresso. Pensámos no conselho de Jurisdição para aquele advogado, velho amigo de Albuquerque. Mas aí o espaço estará ocupado. Com a equipa cujo actual mandato chega ao fim. 

Presumimos.
Tudo depende, claro, de Miguel Albuquerque dar ou não dar importância às peripécias da pré-campanha e da campanha. Sem a coragem do conselho de jurisdição (CJ) presidido por José Prada, ele, Albuquerque, não seria consagrado sábado como presidente do PSD-Madeira. Mas é isso, não sabemos se o novo chefe acha importante que o CJ tenha resistido às insistentes pressões de Jardim para expulsar do partido o Delfim ex-presidente do Funchal. O que equivaleria a consumar-se a perpetuação do 'eterno líder' na Rua dos Netos. Porque o processo de sucessão daria inevitavelmente uma cambalhota, já que até havia Delfins comprometidos com a afirmação de nunca irem a votos contra Jardim.
Caso Albuquerque tenha convidado ou vá convidar a equipa de Prada, então Adolfo Brazão poderá ser presidente do conselho regional. 
Tudo isto, claro está, segundo as conjecturas dos tais observadores internos. Inquietos com o que prevêem ir encontrar de novo durante o congresso. "Há grandes surpresas à espera", aventa uma fonte do Laranjal. "Miguel Albuquerque vai tentar satisfazer a nova clientela, vai tratar se acomodar bem os amigos."


Grupos de trabalho para ocupar os mais jovens 

Que os lugares não dão para todos, sabe-se. Miguel Albuquerque, nestes dias muito cheios a preparar a participação no congresso, mais os dossiers que pretende entregar a Passos Coelho, no domingo, mais a selecção de nomes a integrar os órgãos por completar, Albuquerque revela o desejo de ocupar em permanência as camadas mais jovens do partido. A solução é criar grupos de trabalho que sirvam de trampolim para os valores do futuro. Se nos disseram bem, Albuquerque até pediu aos outros ex-Delfins nomes de gente nova com capacidade para integrar esses grupos de trabalho.
Não está mal pensado: o novo líder faz, dessa maneira, o contraponto com aquele a quem vai substituir, isto é, o outro expulsava militantes, ele, Albuquerque, chama gente para dentro. 
Enfim, pacificar. Unir. Liderar sem ondas.    

Ex-Delfins convidados, mas alguns não aceitam

Quanto aos ex-adversários, Albuquerque convidou todos os adversários das eleições internas para integrarem uma lista única de conselheiros regionais. Já houve negociações nesse sentido. O objectivo é evitar mais lutas, em nome da união do partido. Há quem não vá aceitar. Julgamos que João Cunha e Silva não aceitaria baixar de presidente do conselho, que é agora, para baixo de um novo nome que apareça no topo do órgão, como Adolfo Brazão. Mas é tudo mera especulação nossa. Que os interessados não se enervem. Descontraiam. Nestas alturas, é assim: impera o palpite.


PS 1 - Na manhã desta quinta-feira, terá de ser resolvida de uma vez a lei de Miguel de Sousa - que fixa um sistema fiscal para a Madeira. As ordens para despachar o assunto na Assembleia Legislativa chegam da nova liderança do PSD - ou seja, da equipa de Miguel Albuquerque. Ora, isso não é brincadeira. Se tão importante questão (estamos a falar de 2 mil milhões de euros para os cofres da RAM) não passar agora, se calhar só em 2016 o tema volte à mesa.


PS 2 - Jardim afirmou hoje na Grande Entrevista da RTP que assumirá a derrota do PSD-M caso ela aconteça nas eleições antecipadas. Nesta base: se o PSD passar de vencedor a perdedor é porque a liderança anterior não preparou devidamente a transição. Mas deixou claro que não acredita nessa derrota. Na sua perspectiva, ganhará Miguel Albuquerque. "O meu líder", como fez questão de esclarecer.

7 comentários:

Toupeira manhosa disse...

Faço parte desta nova equipa da renovação (?) do PSD. Mas começou a ficar desiludido com o que vejo à minha volta. Há pessoas à volta do dr. Albuquerque, que continua a merecer o meu apoio,que já estão a pensar em tachos e lugares, há interesses que começam a ser postos no terreno. Há pessoas que nunca perceberam nada de política, nunca tiveram envolvimento no partido, mas parecem querer ser os novos donos disto. Mesmo sem campanha eles já "ganharam". Recomendam o saneamento de pessoas, estão contra funcionários públicos,dizem que vão despedir mais de 8 mil funcionários públicos. Começo a temer muito pelo futuro da Madeira e duvido, oxalá me engane, que o dr. Albuquerque, que tem entre os seus colaboradores mais próximos pessoas vingativas, que deveria neutralizar, tenha capacidade de resistir e de reagir. Cá andarei, porque tenho muita coisa para falar. Se me censurar nada feito, fica sem saber. Se me aceitar, talvez fique a conhecer episódios interessantes.
Primeira informação: confirmo que Jaime Ramos e o filho estão completamente envolvidos na candidatura, curiosamente mais através de terceiros do que do dr. Albuquerque que começa a temer ser prejudicado por causa disso.
Segunda informação, o dr. Albuquerque não quer o antigo chefe de gabinete da CMF e agora secretário-geral, que nunca teve grande militância no PSD, chame a si protagonismos políticos. Dizem que há ligações com empresários da Venezuela que podem ser denunciadas e criar problemas ao dr. Albuquerque.
Terceira informação - Parece que querem escolher um porta-voz, com receptividade nos jornalistas seus colegas e consta que pode não ser nenhum dos membros da Comissão Política e do Secretariado. Dizem nos bastidores que o dr. Albuquerque poderá ter alguem pensado para o gabinete de estudos e que ele poderia ser também o porta-voz político.

Anónimo disse...

Liderança parlamentar: Traquada Gomes, Jaime Filipe, Nivalda e Rafaela.

Anónimo disse...

Não me digam que ainda aí vem o Filipe Malheiro?

Anónimo disse...

Deixem o homem trabalhar.depois do debate com manuel antonio e de ter sido enxuvalhado,com copias disto e daquilo...convida- lo para cargo do partido...das duas uma..ou quer união ou tem mesmo o rabo preso como disse manuel na sua intervençao.venho o diabo que jure.

Anónimo disse...

Ou Sr Toupeira
Você deve gostar de viver na intriga, mas o tempo da campanha interna já acabou!
Mude o chip. As internas já acabaram!
Despedir 8000 funcionários? Mas enlouqueceu de vez?
O Trapiche ainda tem lugares
O Rui Abreu incomoda o Albuquerque? O seu candidato a liderança do PSD, na noite do debate suicida , e após este, na casa dum amigo para onde foi, disse que se tivesse um Rui Abreu tinha ganho as eleições .
Fiquemos por aqui, mas ainda faço uma pergunta:
Se diz que fica tudo igual , porquê tanto nervosismo?

Anónimo disse...

Rui Abreu foi suporte decisivo e será homem chave de Albuquerque.
AJJ reconheceu vitória do novo líder.
PSD vai dar baile .
Oposição enfraqueceu.
PSD vai crescer no Parlamento que vai ficar reduzido a 5 partidos.
Cunha e Silve recusou integrar listas de Albuquerque e não deve ser convidado para deputado, pois so prejudicaria Albuquerque

Anónimo disse...

Espero que o novo líder do PSD de quem sou amigo escolha pessoas com competências para ALM e não pessoas que meteram processos contra o governo regional para receber milhares de euros cuidado com estes porque só estão no PSD para terem benefícios e usar as suas influências para seus proveitos, já agora ~para acabar com alguns interesses não esquecer a lei das incompatibilidades. Que o slogan do congresso sirva também para a ALM.