Bilhardices
É comumente aceite que nós, madeirenses, somos bilhardeiros.
E não se pense que o fenómeno é apenas circunscrito ao universo feminino. Os homens também adoram intrometer-se nas mesquinhas especulações sobre a “vidinha” dos outros.
Mas é possível estabelecer-se áreas distintas no que à bilhardice doméstica diz respeito: a bilhardice feminina desenvolve-se sobretudo à volta das dietas malucas das outras, das opções de adereços de moda bem como do tipo de relacionamentos íntimos (eventualmente secretos) desenvolvidos pelas amigas e conhecidas.
Mas é possível estabelecer-se áreas distintas no que à bilhardice doméstica diz respeito: a bilhardice feminina desenvolve-se sobretudo à volta das dietas malucas das outras, das opções de adereços de moda bem como do tipo de relacionamentos íntimos (eventualmente secretos) desenvolvidos pelas amigas e conhecidas.
Por seu lado, a bilhardice masculina toma forma preferencialmente sobre a escolha da marca e modelo do automóvel adquirido por fulano, sobre a falta de organização tática do “mister” no último jogo, e, principalmente, nos truques das “gajas” para nos darem a volta. É uma bilhardice menos especulativa e mais afirmativa do que a congénere feminina. Aqui não há lugar ao “diz que disse” mas antes ao “foi assim como eu digo”. E pronto!
No entanto, na área da bilhardice política, homens e mulheres igualam-se quer ao nível da especulação maldosa, quer no desenvolvimento de narrativas futuristas sobre “quem será quem” na esfera do poder político.
Neste momento de mudança de ciclo político onde surgiu um “novo” PSD dirigido por uma nova liderança, é vê-los e vê-las a opinar sobre tudo e todos. Destilam-se ódios mal compreendidos e elevam-se virtudes antes estrategicamente esquecidas.
Aproximam-se eleições. É urgente apresentar listas de candidatos e apontar putativos governantes. Nesta bilhardice congénita, tudo vale para idolatrar os pares e diabolizar os pobres dos opositores. Desde a informal e desprendida conversa de café, até ao sussurro insidioso na orelha do vizinho (ou da vizinha), tudo é suscetível de ser utilizado para fazer valer a nossa egoísta opinião sobre quem é mais competente ou quem estará melhor colocado para este ou para aquele cargo político.
E com estas bilhardices não só se apimenta o quotidiano como se contextualiza os sonhos de quem ousa sobreviver no universo onírico das diferentes conjunturas políticas.
Rui Pereira de Freitas
3 comentários:
Sr. Calisto, ainda não conseguiu confirmar se o dr. Albuquerque quando deixou de ser o 2º de Virgilio Pereira e foi "obrigado" a deixar a Assembleia para ser presidente da CMF, recebia um salário (não declarado) da Fundação Social-Democrata, pago pelo sr. Jaime Ramos administrador. Aliás o dr. Albuquerque também era administrador dessa misteriosa Fundação nesses tempos...
Outro oportunista. Queria um tacho no Governo, nunca lhe deram encostou-se ao dr. Albuquerque. Agora cospe no prato da sopa
Meu caro Calisto, já viu aquele notícia do "Congresso" do PND?! Doze pessoas no Congresso Nacional. O DN nem mostra fotografias para ninguém ver a vergonha. Mas sabe o que é curioso: diz-se por aí que entre os "congressistas" do PND estão funcionários contratados pelo PTP poque sem eles o "congresso nacional" da extrema-direita nem cinco pessoas tinha. Será verdade? Investigue!
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