Política

ACERCA DAS ELEIÇÕES ANTECIPADAS 

O DESEJO DELIBERADO DE, TAMBÉM, MATAR COLIGAÇÕES…

Élvio Sousa

Vejo, com alguma perplexidade, o cenário político-partidário regional, sobretudo pela forma normalíssima como se tem encarado o desejo insustentado pelas eleições antecipadas. E assim, conjugo o seguinte:

1. Em primeiro lugar o seguinte raciocínio. O PSD vai fazer cair, ao que tudo indica, o Governo. Vai criar instabilidade e conceber, ele próprio, um cenário de eleições antecipadas e de “governo demissionário”. O mais caricato reside na situação de ser o mesmo PSD que cria a instabilidade, a querer ele próprio pressionar a data efetiva das eleições (que segundo parece, em Março de 2015).

2. Ora, se olharmos para a lei eleitoral das legislativas regionais, e aos timings legais exigidos à formação de coligações para fins eleitorais, o fim de Janeiro representa uma data critica, e daí um calendário pesadamente crítico para esse tipo de entendimentos.

3. No mesmo cenário se prevê como adequado e democraticamente aceitável que exista um tempo de uma certa maturidade reflexiva e justaposta a um cenário de crise de governo criado pelo PSD antigo, e que não pode de forma alguma pressionar e desestabilizar o sistema democrático eleitoralista.

4. Do mesmo modo que considero que essa pressão cronológica para a marcação das eleições a 29 de Março seja, além de outros fatores que levam à manutenção do “estados de graça”, uma FORMA VOLUNTÁRIA E DELIBERADA de granular e de anular entendimentos com vista a pequenas ou grandes coligações.

5. Quanto a isso, vejo um CORO DE DIAPASÃO com cartazes a assinalar a data de 29 de Março como uma quase decisão unilateral, quando a ciência política aconselha que o tempo e a ponderação democráticas devem imperar.