Vida Municipal

Publicamos mais uma análise do nosso agente especialista em assuntos de mecânica autárquica, na véspera da votação de um momentoso assunto. 

“Trago uma análise sobre o assunto ainda na berra pelos corredores mais famosos do município funchalense.

Como é sabido, na próxima sexta-feira será votada em Assembleia Municipal a composição dos Júris dos concursos aos cargos de chefia. Conforme publicação de 20 de fevereiro de 2015, no blog mais lido da RAM, na proposta da CMF é dado por cumprido o exigido no Decreto Lei 49/2012:

"Composição do júri de recrutamento dos cargos dirigentes

1 — O júri de recrutamento é designado por deliberação da assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal, e é composto por um presidente e dois vogais.

2 — O presidente é designado de entre personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal.

3 — Os vogais são designados de entre personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal, cuja atividade seja ou tenha sido exercida preferencialmente na área dos recursos humanos ou da administração local autárquica."

Juntemos à macarronada a fundamentação da CMF:

"Sendo o Presidente (do Júri) designado de entre personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal e os vogais designados de entre personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal, cuja atividade seja ou tenha sido exercida preferencialmente na área dos recursos humanos ou da administração local(...)"

Ora vamos ajudar o Senhor Presidente e respectiva trupe a fundamentar a proposta com a ajuda do nosso amigo dos dois olhos, o Google:

- António Miguel Ribeirinho, o tal que ganhou os 40.000 € e que está ali para cumprir as ordens da entidade patronal. Faz parte da maioria dos Júris, as características exigidas pelo nº 3 do Dec Lei ficam ao critério de cada leitor. Embora os colegas de Câmaras Municipais da Região Centro do País não tenham a mesma opinião sobre “mérito profissional, integridade pessoal e credibilidade”.

- Luísa Raquel Viana Brazão Lopes, oponente no concurso de um dos departamentos, cujo cargo já exerce em regime de substituição e de que o Júri faz parte o 3º vogal da maioria dos Júris. (Bolas, ficou confuso)

- Prof. Doutor Ricardo Cabral, sendo de reconhecido mérito profissional e científico, curiosamente integra apenas um Júri: o do Departamento de Gestão Financeira, ao qual será oponente José Paulino que já ocupa o lugar em regime de substituição. Politiquices à parte, também é candidato às eleições Regionais pelo Bloco de Esquerda, partido com o qual Ricardo Cabral tem colaborado. Integridade pessoal, humm sei!

 - Filó (Sumidade) Fernandes, uma das grandes arquitetas da Mudança e igualmente beneficiada com a mesma. Ocupa, em regime de substituição, o cargo para o qual vai concorrer. Uma das mais destacadas apoiantes de Cafofo após a saída de Filipa Jardim Fernades, Gil Canha e Edgar Silva. Mulher versátil e pau para toda a obra embora com assessoria constante do ‘mui nobre’ Seca Adegas.

- Ruben Dinarte Abreu, um ilustre desconhecido que tem como principal mérito profissional ser amigo do vereador Miguel Gouveia.

- Manuel José da Conceição Biscoito, especialista em muito apresentar pouco fazendo. É também oponente a um dos lugares em concurso. Tal como a Sumidade Fernandes, é um dos grandes beneficiários desta (mu)dança.

- Maria Margarida Pinto Ramos (Prof. Aposentada), muito amiga da mãe de um elemento da equipe que gere o Funchal. Pela licenciatura e antiga profissão vemos bem a sua atividade na área de Recursos Humanos ou de Administração Local.

- Elma Cristina Vasconcelos (técnica da Câmara Municipal do Porto Santo), cremos que a gestão exemplar daquela Câmara permitem-nos importar mérito profissional.

- Maximiano Martins, o deputado do PS dispensa qualquer apresentação. Isenção e Mérito!

 - Joana Patrícia Castro (Câmara Municipal de Machico), mais uma vez isenção com ventos de mudança.

- Márcia Filipe Gois (Câmara Municipal de Machico), Idem.

- João Trindade Neto, amigo do peito da Filó Sumidade Fernandes e membro de que Júri? Ah grande Filó!!! Isenção e Integridade pessoal acima de tudo. 

- Paulo Palrilha, militante do PS e ocupa um lugar dirigente em regime de substituição na CM Coimbra. Não encontro muita coisa sobre este ser mas a julgar pelos restantes…

- Moisés Ascensão Marques, a análise do cumprimento dos critérios exigidos no Dec Lei 49/2012, fica ao critério dos leitores pois o amigo Google arrepiou-se e não quis colaborar.

- Rui Faísca Figueira, com caraterísticas muito semelhantes a Filó Sumidade Fernandes embora com um pé esquerdo mais fraco, é também conhecido por não olhar a meios para atingir os seus fins.

Concluindo, este será o plantel para a época de concursos numa Câmara perto de si. Não perca a mais recente produção com sabores latinos.

Deixo-vos um poema:

“(…) personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal e os vogais designados de entre personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal, cuja atividade seja ou tenha sido exercida preferencialmente na área dos recursos humanos ou da administração local (…)”

Um abraço,

Kapta Tudo”