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sexta-feira, 17 de julho de 2015

ENTREVISTA


Jardim confirmou esta noite à TVI 24


O PSD-MADEIRA ESTÁ DIVIDIDO
ENTRE JARDINISTAS E MIGUELISTAS



O antigo líder do PSD-M assumiu que o partido está dividido em dois na Região. Havendo perseguições como a que mandou embora deputados competentes para meter elementos das sociedades secretas. Afirmou haver instruções na comunicação social da Madeira para que ele não seja ouvido e acusou Albuquerque de permanentes remoques a quem esteve ligado a ele, antigo presidente. Quanto a Passos Coelho, assumiu a "questão pessoal" com o "rapazito" que o queria deitar no lixo. E presidenciais? Primeiro é preciso ver a reacção do país. Uma certeza: se avançar, será o contrário de Sampaio da Nóvoa, candidato do sistema. 

Alberto João Jardim afirmou abertamente em entrevista televisiva, terminada há minutos, que o PSD na Madeira está dividido entre os seus apoiantes e os do novo partido, liderado por Miguel Albuquerque. Prova disso é que se tornou moda marginalizar pessoas pela simples razão de terem estado próximas do antigo presidente.
Um caso recente que ilustra essa ideia está na dispensa dos deputados social-democratas em São Bento, que já não concorrerão em Outubro. "Tiram deputados brilhantes para pôr pessoas com ligações a sociedades secretas", acusou Jardim à TVI, sem especificar nomes. "É uma grande injustiça pôr os actuais deputados fora porque foram notáveis e se afirmaram como deputados da Madeira e de Portugal."
O ex-presidente do governo não tem dúvidas: "Saíram porque eram próximos do Jardim. É moda na Madeira." 
Moda implementada pelos actuais dirigentes, que, "coitados", estão "lá" pela mão do próprio Jardim. "Eles são as criaturas e eu o criador que as criei."
Há pois uma espécie de "perseguição" entre social-democratas na Madeira, dos adeptos de Albuquerque aos adeptos de Jardim. "E eu sempre disse que a maneira de vencer o PSD 
era rebentar o partido por dentro."
Mas atenção! "As últimas eleições [que o PSD ganhou] foram o último julgamento ao meu governo. A partir de agora, não seremos nós a ser julgados, são eles. Eles estão por sua conta e risco."
Jardim acusou Miguel Albuquerque e os seus colaboradores de estarem com "permanentes remoques ao passado", o que até ajuda a oposição. Ligado a essa circunstância, afirmou estar a perceber que haverá instruções na comunicação social da Madeira para não ouvirem as suas opiniões. É isso que está também a tentar perceber bem. 
Aliás, costuma escrever um diário pessoal onde vai apontando isso tudo. Tem andado calado para não prejudicar o partido, porém há-de continuar a divulgar as suas ideias. As redes sociais dão as possibilidades todas, referiu.

Jardim também não fugiu a falar das "péssimas relações" com o primeiro-ministro, a quem acusou de misturar divergências pessoais com relações institucionais. Afirmou que vem tudo de trás, de quando Passos Coelho era líder da JSD. Sim, é uma questão pessoal.
Insistiu: "O que digo é que um bom estadista não deve confundir relações pessoais com institucionais. Digo isto e entendam como quiserem."
Mas não se ficaria por aí: "Depois do que fiz em 40 anos de política, chega o rapazito a primeiro-ministro e quer-me deitar fora para o caixote do lixo?"
Julgamos que é referência à ideia de Passos Coelho de afastar Jardim mais depressa do governo regional, atirando-o para uma posição lá fora. "Queria deitar-me fora. Mas não é que isso me incomode, eu durmo bem."

Alberto João Jardim foi entrevistado pela TVI24 a propósito da sua falada candidatura à Presidência da República. Mas ainda não tem em mente qualquer data para avançar ou desistir. "Tenho de ver a reacção do País primeiro", declarou, confessando um medo: "O meu medo é que os portugueses tenham medo da mudança que proponho. João Paulo II percebia estas situações e dizia: não tenham medo."
Autonomista confesso, Alberto João Jardim fez questão porém de relevar o seu "enorme orgulho em ser português". Daí a confissão: "Sempre sonhei em dar um contributo ao país que é o meu."
Mas não tem ilusões em matéria de apoios. No caso do PSD, não acredita em qualquer acolhimento. Até porque, propondo, como propõe, uma guerra contra o sistema, essa luta atinge o PSD, que é um País do sistema. Embora partido de poder, logo do sistema, Jardim entende que o PSD devia já ter dado "sinais de querer rebentar com isto", acabar com as vacas sagradas do sistema - Tribunal Constitucional, AACS, comissões reguladoras.
Candidato do sistema é Sampio da Nóvoa, denunciou. "Veja os ícones que estão à volta dele. Tudo do sistema." Especificou: os 3 Presidentes da República anteriores a Cavaco Silva, que agora apoiam Nóvoa.
Jardim quer mudar as coisas, federalizar o País, tornar o país presidencialista, o que permitiria dar estabilidade à vida nacional.
"O socialismo e o capitalismo falharam, é preciso aparecer algo novo", apelou. "Se disserem não à minha batalha, muito bem."
Jardim entende que os candidatos anunciados pecam por quererem discutir questões que são do governo. O que o PR deve pensar não é em governar, mas no que pode fazer para mudar o País.




O antigo líder do PSD-M voltou a explicar a sua tese de proibição da greve para quatro sectores da vida nacional, recordando que "a greve não é um direito absoluto". O direito à vida e o direito à liberdade é que são direitos absolutos, a greve não. 
Jardim vincou que o Estado social deve ficar garantido. Que os governos não podem continuar com austeridade, indo aos pensionistas e à função pública fazer cortes.
Mas a luta pela candidatura será difícil. No caso, não revelou se tem muitos apoiantes e ajudas financeiras para a campanha. "Quem decide a vida do país são as oligarquias e as sociedades secretas, não os partidos", denunciou ainda a propósito. "Quando metemos o projecto de revisão constitucional na AR sabíamos que ele ia ser chumbado. Porque ninguém quer mudar isto, todos retiram vantagens do sistema, da direita à extrema-esquerda."

A teoria de Jardim para mudar o País mesmo com um Parlamento hostil é a que revelou à TVI: "Se o povo votar num Presidente da República que apresenta um projecto de revisão constitucional, está a sufragar esse projecto de revisão. Então, está a dar poderes ao futuro PR para fazer um referendo." E é aí que as coisas acontecem. Jardim conta, inclusive, com as forças armadas e policiais para garantirem esse processo legal, já que desde o 25 de Abril sempre estiveram ao lado do povo e agora fariam cumprir um projecto referendado pelo povo.
Enfim: "Se os eleitores votarem em políticas que os prejudicam, então é masoquismo."
A certeza que tem é que o salto em Portugal tem de ser dado nas presidenciais. Uma vez que os candidatos a PR falam como se concorressem para ser governo, é preciso que o povo não se deixe enganar.
Fundamentalmente, a sua intenção não é ser candidato. É pôr o país a reflectir e a falar. Como fez o Syriza, partido que admira embora entenda que a Grécia não pode ter feito o que fez e agora esperar o perdão da dívida.

Insistindo em que não deixou dívida na Madeira, usando a teoria do 'deve e haver', Jardim afirmou que toda a sua vida foi de luta pela justiça social e pela recuperação da Madeira de 500 anos de atraso. "Acho um gozo dizerem que eu sou de direita", disse. 
Na parte final da entrevista, Jardim considerou a prisão de Sócrates e o caso BES como situações misteriosas e estranhas que prefere não ver confundidas com as eleições que estão para acontecer.

10 comentários:

Anónimo disse...

Ainda doi e vai continuar a doer.

Anónimo disse...

O Ditadorzito está com mania de perseguição do Albuquerque. Então ele queria manter os Deputados na AR. Mas aquilo é emprego? Então aquilo é prêmio de alguma coisa? Considero a Renovação importante, mas não era necessário ir buscar bebês políticos que ninguém conhece. Nomes como Francisco Santos, Filipe Malheiro, Manuel António , deveriam ser considerados para esta lista. Mas não os mofentos que o Meio Chefe queria e que nem residem na Madeira.

Anónimo disse...

Francisco Santos...pelo amor de deus...nunca na vidA. E mais não comento....Manuel António, não aceitou, Filipe Malheiro está reformado, não quer saber da politica, " ", simplesmente como comentador o que é muito, muito bom.

Anónimo disse...

Esta renovação tem tiques de autoritarismo...o AJJ tem razão deviam ter mais respeito pelo passado. Sim perseguem pessoas, existem várias formas de o fazer. De forma subtil, chegam lá.
Filipe malheiro, deputado na AR, devem de estar a gozar???wtf.

Anónimo disse...

Este Dr Alberto João Jardim tem cada uma!! Manter os velhos do restelo. Os antigos deputados do PSD tiveram os seus bons momentos no passado longínquos mas neste momento já não acrescentavam nada. Se os candidatos são caras novas significa inexperiencia, se sao caras antigas signica que são sempre os mesmos....decidam se!!

Aires Ventura disse...

Desculpe sr. Calisto mas o senhor confunde-me. Há dias irritou-se para responder às acusações de censura - que na realidade existe e bem pelos motivos que explicou. Mas lendo estes comentários acima - e juro-lhe que não tenho nada a ver com as pessoas visadas pelos anónimos - pergunto-lhe se por acaso falou com algum dos nomes visados e se algum deles lhe disse que queria ser deputado ou não sei que mais. Comentam-se pessoas de forma libertina metendo-as no "circo" sem que elas tenham nada a ver com o assunto? Não me parece correto, mas isso é assunto para o senhor refletir caso queira. Imagine que faziam comentários a seu respeito colando-o a algum tacho. Publicava-os? Fique bem

Anónimo disse...

A asneira do Dr. Miguel Albuquerque é não apoiar quem o apoiou desde a primeira hora. Existem muitas pessoas capazes dentro do Partido que o apoiaram desde o principio. Não é dando lugares e lugarzinhos a meia dúzia que ele irá calar as investidas dos Jardinistas. Oportunistas existem em todos os lados!
O Dr. Alberto João Jardim tem de descansar, cuide dos netos, deixe a politica para os Políticos. Já existe um Mário Só ares, não precisamos de mais dinossauros. Faça um clube de canastra com o Dr. Guilherme Silva e beba uns whiskeys velhos e charutos cubanos, que agora até devem de estar mais baratos. Ou então que vá às ilhas das suas contas offshore fazer como o Tio Patinhas. Ou vá ao Porto Santo por conta própria com a família toda e experimente pagar um hotel, tem de ter novas experiências, tipo PAGAR pelo que consome.
Fações sempre existiram e sempre existirão, o jogo do poder faz-se pesando essas mesmas fações e negociando por de trás da cortina.
A população vota naqueles que lhes derem melhores garantias de qualidade de vida e de futuro. O Dr. Alberto João diz que criou os políticos que hoje dizem mal dele, então podemos deduzir que criou uns "pequenos" malcriados, sem qualquer educação e princípios, à imagem dele próprio, se passou essa imagem durante anos é claro que provou do próprio remédio.
Finalizando: O criador enfrenta a criação!

Anónimo disse...

"Alberto João Jardim fez questão porém de relevar o seu "enorme orgulho em ser português"."

Era para rir?

Anónimo disse...

Perseguido!? A filha é chefe de gabinete do Secretário das finanças . O genro é Diretor dos desportos. Isto é perseguição? Ta ficando baralhado..tontinhooo.

Anónimo disse...

A ideia e ter os deputados na mao, assim, e mais facil umas mentes ocas com fome de tacho do que ter gente capaz que pense pela sua cabeca.