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terça-feira, 30 de abril de 2013

DELÍCIAS DA MADEIRA NOVA


RELATÓRIO DO TRIBUNAL DE CONTAS - NA ÍNTEGRA

Pode o MP ficar calado perante as graves acusações que lhe dirige o TC?



Será que o Ministério Público também 'varrerá para debaixo do tapete' as impensáveis e gravíssimas acusações que a Secção Regional do Tribunal de Contas aponta à sua incrível actuação a propósito da auditoria aos 'encargos assumidos e não pagos' na Madeira? O MP, segundo se deduz, safa os membros do governo regional, o TC acusa-o disso e a lixeira vai mesmo para debaixo do tapete?
Sempre quisemos ver aquele órgão - o MP - como um guardião dos direitos do povo. Foi preciso um esforço muito grande para pensar assim, já que as decepções na Madeira (a até nalguma área dos juízes) foram surgindo uma depois da outra. Um visível receio de tratar os assuntos envolvendo a governação da tabanca, por parte da Justiça, levou muita gente a um desencanto difícil de neutralizar.


Mas agora chega uma espécie de hora da verdade.
Ou o MP se explica direitinho, para percebermos como é que os causadores do descalabro regional, em matéria financeira, não são constituídos arguidos, ou então o MP será condenado pela opinião pública.

Eis a razão de ser do órgão em causa:


"O Ministério Público é o órgão do Estado encarregado de representar o Estado, exercer a acção penal e defender a legalidade democrática e os interesses que a lei determinar (artigo 1º da Lei Orgânica do Ministério Público).
Em Portugal, o Ministério Público caracteriza-se pelo seu poliformismo essencial.
As atribuições do Ministério Público distribuem-se por diversos planos, em que se inclui o exercício da acção penal, compreendendo a direcção da investigação criminal, a promoção da legalidade, a representação do Estado, de incapazes e de incertos e o exercício de funções consultivas.
A estes sinais identificadores, junta-se o da sua unidade organizativa. Salvo os tribunais militares, o Ministério Público está estruturado uniformemente em todas as jurisdições."

Posto isto, não podemos deixar de disponibilizar o texto integral do autêntico desabafo do juiz conselheiro do Tribunal de Contas plasmado no relatório sobre a auditoria referida acima.

Leia o documento:


Diário da República, 2.ª série — N.º 82 — 29 de abril de 2013 13649
PARTE D
 TRIBUNAL DE CONTAS
Secção Regional da Madeira
Despacho n.º 5584/2013
No exercício da sua competência de fiscalização e controlo, este Tribunal levou a cabo uma Auditoria aos encargos assumidos e não pagos
pelos Serviços e Fundos Autónomos (SFA), em 2010, com o objetivo
central de validar os montantes dos encargos assumidos e não pagos
(EANP) dos Serviços e Fundos Autónomos, registados quer na Conta
da Região Autónoma da Madeira de 2010, quer nos mapas de reporte
de informação financeira à Direcção-Geral do Orçamento (DGO) e ao
Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os resultados desta ação fiscalizadora foram explicitados no Relatório
n.º 8/2012- FS/SRMTC, com referência a 31 de dezembro de 2010, e
suscitaram as seguintes observações, que sintetizam os principais aspetos
da matéria exposta ao longo do relatório:

MADEIRA AO VIVO


POLÍTICA SOCIAL DO DESGOVERNO SEMPRE FIRME



Rua do Carmo, terça-feira, 30 de Abril, 1h da tarde.

FUTEBOL


À FESTA NO CALDEIRÃO FALTOU 
UM PONTINHO PARA O MARÍTIMO


Animação para quem resolveu chegar cedo. Em jogos de casa cheia, convém garantir o lugarzinho na bancada.


A camioneta com a comitiva benfiquista gerou apupos misturados com aplausos, nas imediações do campo.

O Benfica mostrou esta segunda-feira os argumentos que justificam o seu primeiro lugar na Liga, julga-se que para manter até final. Mas sofreu a bom sofrer para conseguir vencer uma equipa verde-rubra que deu o que tinha e o que não tinha.
A 'estrelinha de campeão' desempenhou papel decisivo no jogo, fazendo descer dos céus um penalti que permitiu ao Benfica entrar a vencer  e mais tarde um auto-golo na baliza do Marítimo quando já poucos acreditavam no desfazer do 1-1 vigente. 
É que o Benfica não conseguia dar com o fundo da baliza. No máximo encontrava os postes (duas vezes, contra uma do Marítimo na baliza rival).

Ficou na retina o ambiente festivo. Agora, o Benfica segue moralizado para a consumação do título e o Marítimo para uma luta ultra-difícil mas matematicamente possível pelo acesso à Europa.



BILHETES NO MERCADO NEGRO A 40 E A 50 EUROS... E VIERAM DE LISBOA!


Muita gente ficou sem bilhete e 'foi para a rocha' ver o jogo. Até os pilotos do Puma, acabado de passar pelo hospital para uma evacuação, deu a voltinha por cima, para ver o ambiente. Um quadro do aeroporto segredou-nos: "Eles são do Benfica."

Já na tarde de ontem, muitos adeptos compareceram nos Barreiros, à porta da Loja Marítimo, em busca de bilhetes que já se haviam esgotado.
Então, não se percebia de onde, surgiam em frente da loja indivíduos a perguntar, com ar misterioso:
- É para bilhetes? Tenho aqui. São 40 euros.
Alguns pediram mesmo 50. Comentava-se: "Pela pronúncia, são gajos do Continente, trouxeram os bilhetes de lá."

Com a capacidade do estádio reduzida a metade, por causa das obras em curso, notava-se ansiedade duas horas antes do jogo:
- Dizem que não há lugar para todos, há sócios que podem ficar na rua.
E as filas de espectadores para entrar continuavam concorridas. Mas muita gente ficou mesmo fora, não os sócios ou quem tinha bilhete, mas os que não conseguiram ingresso... nem no mercado negro.



ALMOÇO MUITO COMENTADO

Antes do jogo, enquanto os miúdos mostravam qualidades de jogador e classes de dança actuavam, lá em baixo no relvado, ouvia-se de quem chegava uma interrogação comum: por que diabo aquele almoço das Direcções foi no quartel? E o que é que os gajos do governo faziam lá?
Quando nos perguntaram a nós, evidentemente respondemos desconhecer esses motivos. O máximo que confessámos foi o pasmo de saber que alguns políticos, por exemplo 'Meio Chefe' das Angústias, deixaram de ter complexos de conviver... com a 'tropa efeminada'.



SAVINO A RESPIRAR MELHOR


O antigo edil santacruzense e actual deputado, livre de candidaturas condenadas, foi ao estádio em busca de outro tipo de stress.


Houve alguns políticos que estiveram no Estádio, mas não aqueles que deixaram de se sentir bem nos ambientes efervescentes da bola.
Devidamente afastado da tribuna vip, sentou-se o deputado Savino Correia, com ar desportivo e descontraído, próprio de quem se livrou da encomenda de se candidatar outra vez à Câmara de Santa Cruz.
Um alívio - reparámos, porque o homem fugiu sempre que alguém ao lado lhe falava no assunto.

A propósito, não podemos deixar de 'tirar o chapéu' aos nossos agentes no concelho de Santa Cruz, que, contra todas as notícias em todo o lado a dar como consumada essa candidatura de Savino, garantiram ao 'Fénix' que não senhor, o candidato não seria ele.
Tanto assim que, só para descarregar a consciência, demos essa versão dos factos. Mas... não deu outra coisa na lotaria: Savino Correia não é mesmo candidato. Parabéns aos nossos agentes, que há muito deram a notícia em primeiríssima mão!



Brazão em Lisboa: a Defesa, sempre

Estávamos a sofrer já no período em que o Marítimo, em desvantagem no marcador, procurava desesperadamente o golo que fixasse a história do jogo em 2-2. E foi quando, sem mais nem menos, um espectador ao lado nos gritou (para se fazer ouvir, dado o ruído das claques):
- O Brazão está para Lisboa.
- Qual Brazão?
- O da Defesa.
- Da Defesa?
- O Brazão de Castro!
- Ah, e depois?
- Foi esta manhã (segunda-feira) para lá.
- Sim, mas e depois? - bradámos, a ver mais uma enervante perdida verde-rubra.
- Quem é que paga tudo aquilo?
- O homem não está já no governo, é livre de ir a Lisboa quando quiser.
- E quem paga?
Nem respondemos. Mas o espectador insistiu.
- Ele foi para mais um daqueles cursos... da Defesa.
- Ah foi?
- Sim. Depois de tantos cursos, ainda não se formou naquilo? - ironizou o nosso interlocutor.
- Deve ser actualização das estratégias de Defesa.
- Então que se forme nisso depressa. É que tenho informações... A gente é que paga tudo o que ele aprende para nos defender. Mesmo fora do governo. E, da minha parte, dispenso essa m... toda.
Só faltava esta. Um homem a trabalhar pela Madeira lá longe... e a pagar os maus bofes de um adepto, lá porque a equipa estava a perder.
Agora, nem no futebol!


Este 'fiscal-de-linha' do lado da bancada já passou a 'juiz auxiliar' e um dia será 'técnico da bandeira', tal foi a sua arte para inventar foras-de-jogo aos atacantes do Marítimo.


O árbitro também foi um artista na forma de condicionar os jogadores da casa, por via do cartão amarelo. "Se o do jogo com o Sporting foi o Capela, este é o Catedral", ouvimos dizer na bancada.

O DESGOSTO DE VER MARITIMISTAS... A GRITAR GOLO ADVERSÁRIO


O tema tem sido abordado, mas não resistimos a um pertinente comentário que nos enviou um Leitor a propósito de os madeirenses preferirem 'torcer' pelos forasteiros.
Abrimos já o jogo: estamos 100% de acordo com as observações do comentador.

"Escrevo este texto, não por ter perdido hoje, mas, porque fere-me a alma ver madeirenses que humilham o orgulho e o símbolo desta região! Nunca percebi ou quis perceber o bi ou tri-clubismo, não querendo de forma alguma criticar a rubrica que escreveu a fazer o lançamento do jogo, pois sei, tal como consta no texto que por sua vontade a vitória seria nossa. 

Durante estas mais de duas décadas que sigo o Marítimo, foram muitos os momentos bons, como também alguns maus que tornaram cada dia que passa um apaixonado por este clube. Nestes últimos anos que tenho estado a residir fora da Madeira, apesar de serem menores as vezes que acompanho o Marítimo ao estádio, passei ainda assim por vários episódios de verdadeiro fervor Maritimista dos quais jamais esquecerei. Ainda assim, sempre que acompanho os jogos pela televisão, noto que a minha luta e crença que este clube volte a ser o clube do povo, o clube que passou por todas as dificuldades e pioneiro em tudo que diga respeito ao futebol e desporto regional acabe como outros, com meia-dúzia de adeptos desgostosos apenas com memórias passadas para as suas recordações.

Esforço-me, sim, para que o Clube Sport Marítimo seja cada vez maior, mas isso será impossível vendo ano após ano o “Caldeirão” mais vazio e pintado de outras cores que não o verde-rubro. Por esta razão peço-lhe que ponha a “costela” de lado e com as suas palavras muitas vezes sábias e com a sua arte para a escrita, possa através de vivências e momentos passados por si e por aqueles que tiveram a sorte de estar presentes e ligados ao clube, transmitir, sobretudo aos mais jovens e aqueles que não sentiram o que é ser o orgulho e a força de uma Região.

Saudações verde-rubras,

João Silva"


segunda-feira, 29 de abril de 2013



Peça do 'Público' sobre um tema regional escaldante:


Tribunal de Contas arrasa Ministério Público

por não acusar membros do Governo da Madeira




Magistrado decidiu devolver processo sem deduzir acusação, apesar da “abundante matéria de facto e probatória existente” na auditoria sobre omissão de dívidas.


TOLENTINO DE NÓBREGA


O Tribunal de Contas (TC) está “chocado” com a decisão “demasiado apressada e desajustada” do magistrado do Ministério Público que devolveu o processo de auditoria, “barrando assim o caminho para julgamento” dos membros do governo regional da Madeira por omissão de dívidas.
“Só por distracção ou prefixação noutra solução, mais simples e divorciada da factualidade espelhada no processo de autoria, se justifica uma conclusão destas”, frisa o despacho do juiz conselheiro da Secção Regional do TC, publicado nesta segunda-feira no Diário da República. “A matéria de facto é realmente muita, assim como a documentação que a suporta”, acrescenta José Aveiro Pereira, referindo-se aos resultados desta acção fiscalizadora explicitados no Relatório n.º 8/2012- FS/SRMTC, aprovado a 31 de Dezembro de 2010.
A auditoria concluiu que o Instituto de Administração de Saúde e Assuntos Sociais (IASAUDE) e o Instituto do Desporto da Madeira haviam assumido, respectivamente, encargos omissos de 169,3 milhões de euros e 6,9 milhões de euros, “levando a um valor total que devia ser corrigido em alta para 353,2 milhões de euros”.
Apesar disso, “o Ministério Público coibiu-se de acusar os governantes regionais indiciados pelas infracções financeiras que lhe são imputadas, não porque não haja factos e provas em abundância, que tornam os indícios fortes, indeléveis e não escamoteáveis, mas porque optou por uma linha de raciocínio divergente da realidade plasmada na auditoria e no respectivo relatório, eivado de conjecturas e ficções desarmónicas com o dever de objectividade e de legalidade por que se deve pautar a conduta processual do agente do MP”, frisa o despacho.
“O Tribunal entende, e com sólida fundamentação, que foram cometidas as infracções”, acrescenta o despacho, concluindo que “o MP ignorou a responsabilidade financeira dos membros do Governo e mandou notificar apenas os restantes indiciados”.
Jardim enjeita responsabilidades “varridas para debaixo do tapete”

Por outro lado, reitera o despacho, “numa lógica de dissimulação, os governantes ignoraram consciente e voluntariamente os encargos assumidos e não pagos e continuaram a inscrever no Orçamento Regional verbas irrisórias face à dimensão desses encargos acumulados e ‘varridos para debaixo do tapete’”. “É isto que se indicia abundantemente nos autos e que o MP omite”, acusa o juiz, que manifesta a sua “firme e frontal discordância perante a insustentável leveza com que o MP desconsidera e afasta, neste processo, o resultado factual e probatório da auditoria, além de ignorar a obrigação que recai sobre os responsáveis de demonstrarem que geriram e aplicaram bem os dinheiros públicos”.

O juiz conselheiro do TC entende que a decisão do MP “impede o Tribunal de Contas de julgar os membros do Governo Regional da Madeira”, apesar de “fortes indícios de infracções financeiras sancionatórias graves”, não afastando, porém, “a possibilidade de o julgamento vir a ser requerido, pois, a abstenção [do MP] não tem efeito nem autoridade de caso julgado”.
Para recusar levar os membros do governo madeirense a julgamento, o procurador da República junto da secção regional do TC alegou que “não existe qualquer prova de que os membros do Governo tivessem tido qualquer intervenção, por acção ou por omissão (…), quer na vertente dolosa, quer na negligente, na violação das normas orçamentais”.
Na auditoria em detectou novas dívidas na Madeira, desta vez omitidas pelos institutos públicos regionais da Saúde e do Desporto, o TC concluiu que estes factos consubstanciam infracções financeiras puníveis com multa entre 1530 e 15.300 euros, atribuídas a vários membros do governo e directores dos dois institutos, em relação aos quais se extingue o referido procedimento se a multa for paga. No relatório final, censurou também a Direcção Regional do Orçamento e Contabilidade (DROC) por não ter exercido na "plenitude as suas atribuições e competências" em matéria de fiscalização orçamental e superintendência da contabilidade pública, fazendo com que tivessem sido fornecidos valores "incorrectos de encargos assumidos e não-pagos que puseram em causa a suficiência e credibilidade da informação financeira" reportada.
Em sede do contraditório, Alberto João Jardim enjeitou responsabilidades, alegando que "o presidente do Governo não tem, nem nunca teve, intervenção, directa ou indirecta, na elaboração e tramitação administrativa dos processos que são da alçada dos respectivos secretários". Mas o tribunal entende que "nada do que foi dito invalida a responsabilidade individual dos governantes, advinda da participação na elaboração da proposta de orçamento e na decisão consubstanciada na sua aprovação pelo plenário do conselho do governo regional".

FUTEBOL




LEÃO NÃO
VAI PERMITIR
LARGOS VOOS
À ÁGUIA 






CALDEIRÃO A FERVER





Que sejam bem-vindos os adeptos benfiquistas nesta sua visita à Madeira.
Já os vimos em passeio pelas ruas da baixa.
Inclusive, com sensibilidade cultural, na passagem pela feira do livro.
Que desfrutem do que puderem no ambiente turístico tradicional... porque no capítulo desportivo as coisas não se afiguram de feição.

O Benfica precisa de pontos para chegar a campeão.
Os jogadores do Marítimo perseguem um lugar europeu e, além do mais, têm obrigação de se esforçar até à exaustão sempre que vestem a camisola verde-rubra, seja contra que adversário for e em que circunstâncias for.

Não negamos a nossa costela vermelha benfiquista. Mas em segundo plano. O maritimismo do nascer até ao morrer não permite gracinhas.
Ou seja: o Benfica perde esta noite no Caldeirão e depois vence os restantes jogos, fazendo a festa do título em pleno Dragão.
E ficamos todos satisfeitos.
Até logo. E que vença o melhor, ou seja, o Marítimo (neste jogo, pois).

O QUE VAI NA PRAÇA


EX-COMBATENTES SURPREENDIDOS 
EVITAM SAUDAR SUA EXCELÊNCIA


Afinal, quem convidou o chefe do governo para estar numa cerimónia com ex-combatentes?


Caiu mal entre alguns antigos combatentes do ex-Ultramar a presença do chefe do governo regional na inauguração em São Vicente do monumento dedicado aos mortos na guerra.
Antigos soldados presentes no simbólico acto de sexta-feira passada disseram-nos estar desapontados com os responsáveis da Liga dos Combatentes por - dizem eles - haverem encoberto que chefe Jardim fora convidado.
"Além de convidarem quem não tem nada que ver com o nosso passado, esconderam essa parte do programa", disseram-nos. "Eu mesmo fui pedir explicações e eles disseram-me que não sabiam de nada, que quem fez esse convite foi o Romeira (presidente da Câmara de São Vicente)."
A reacção descontente deu-se logo no local: "É claro que evitei o contacto com esse senhor (Jardim) quando ele se meteu nos cumprimentos que costuma fazer em todo o lado. Não tenho nada que cumprimentar quem me faz a vida a negra a mim e aos madeirenses. E não fui só eu a fugir à palhaçada, foram muitos."
Os ex-combatentes, pelo menos alguns, continuam agastados com a situação e garantem que teria acontecido escândalo se dessem direito de discurso ao "convidado à força".

Sem querermos interferir naqueles assuntos internos, deixamos um reparo: não percebemos estas últimas manifestações de repúdio pela presença de 'Meio Chefe', depois de quase 30 anos a gramar o emplastro em todos os acontecimentos da parvónia, com repercussão multiplicada pelos media!


GASOLINA SÓ NA CANCELA

Ouvimos na praça que já saiu nota interna da Direcção sediada no antigo Equipamento Social e dirigida a todos os serviços do governo: o contrato com a GALP termina a 2 de Maio e a partir do dia 3... gasolina para os popós oficiais só no parque de máquinas do executivo, na Cancela.
Para o efeito, estão a recuperar à pressa o equipamento que já serviu de estação de serviço.
O problema será, dizem-nos, para abastecer as viaturas oficiais afectas a serviços longe da Cancela. Se se tratar do Porto Moniz, por exemplo, lá vai um quarto de depósito para encher o depósito e meio dia de trabalho.

Por que será que o contrato com a GALP não é renovado? Por que não se faz um concurso? Há dívidas no ar?
Oxalá não voltemos aos tempos em que o governador se deslocava em carro-de-bois. 
Bem, tal como naqueles tempos, hoje não há nada para fazer, não há pressas.


PASSEIO SOCIALISTA

Segundo fonte que reputamos de fidedigna, o PS-M enviou ao congresso de Santa Maria da Feira nada menos do que 84 delegados. Viagens e estada pagas pelo partido, alimentação a cargo do interessado.
Deve ter sido um fim-de-semana interessante, do ponto de vista turístico. É que, pelo vazio do pavilhão que vimos na TV sábado à noite, houve tempo para os delegados se divertirem um bom bocado lá pelo Norte.
Só faltaram 'ajudas de custo' para gastos, como as que bafejam 'Meio Chefe' do PPD nas intrigantes deslocações a Bruxelas.

AMBIENTE



PLANTAS COM HISTÓRIAS - CAMÉLIAS



Camellia granthamiana


 O segundo episódio da primeira série de PLANTAS COM HISTÓRIAS, intitulado CAMÉLIAS, já está disponível em:

Outros documentários da minha autoria podem ser visionados em:


Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal

Camellia japonica 'Fish Tail'

Camellia reticulata

Camellia sasanqua

Camellia sinensis (Planta do Chá)


domingo, 28 de abril de 2013

Madeira ao Vivo


Vandalismo à beira-mar


Começaram por aqui...

...Continuaram aqui...

...Para chegar aqui. Lamentável.

MADEIRA VELHA



As ruínas davam um cartaz turístico...




...Mas obviamente que os mandões da tabanca jamais voltariam atrás nas obras das ribeiras e afins.
Na Grécia, no Egipto, Peru, México e por aí fora, chegam a lavar pedregulhos de um local para outros para inventar a reconstituição de momentos históricos a explorar do ponto de vista turístico.
Aqui, onde aparecem ruínas genuínas, neste caso provavelmente pertencentes ao antigo Forte de São Filipe, qual turismo arqueológico qual quê!




MADEIRA AO VIVO


EXTERMINADORES SEM AUTORIZAÇÃO
PARA ENTRAR NO 'VAGRANT'

As máquinas escavam à volta, mas quanto a invadir propriedade privada, alto lá!

As máquinas desbastam calhau à volta do Iate dos Beatles, mas sem tocar na estrutura do dito. E sem que nenhum engenheiro ou operário da empresa encarregue de 'limpar' a zona se atreva a entrar por lá dentro.
Há razões fortes a justificar este impasse.
O barco trazido de Canárias por Bartolomeu Faria foi registado como prédio urbano. Hoje, fala-se de um caso de usucapião, restando a dúvida sobre se isso é possível quando no domínio marítimo.
De uma forma ou de outra, os 'exterminadores' que arrasam a zona ribeirinha para permitir o avanço das obras do aterro não querem arriscar a instauração de um processo-crime contra eles  por invasão de propriedade privada.
E agora?
A Vice-Presidência do Governo, tutora do projecto, poderia ter já chegado a um acordo com os proprietários. Mas estes acham-se credores de uma indemnização compaginável com o investimento feito em tempos, o que fomenta divergências entre as partes.
Pelas nossas contas, porém, a solução há-de aparecer em breve.

O iate não flutua!

Resta um problema: como tirar o grande iate
dali? Pondo-o a navegar rumo a uma zona onde mergulhe para ficar a servir de recife artificial, como por exemplo ao largo do Clube Naval?
Negativo!
Especialistas com quem falámos garantem que a velha carcaça não consegue flutuar. O casco está podre e cheio de buracos. O remédio é partir tudo em secções e vender o material como sucata.

O que não conseguimos apurar são os prazos para fazer desaparecer aquilo dali.
Entretanto, vai servindo de atracção turística...

AMBIENTE


NO VALE PARAÍSO


Jardim Casas do Vale Paraíso - 25.04.13





A freguesia da Camacha tem o seu nome associado a quintas de árvores frondosas e canteiros floridos. Infelizmente muitas já desapareceram, outras foram amputadas e perderam identidade, algumas agonizam com as casas em ruínas e os jardins sufocados por espécies invasoras. Umas poucas continuam carinhosamente cuidadas, prenhes de beleza, cativando visitantes apaixonados pelos segredos das plantas.
A unidade de turismo rural “CASAS VALLEPARAIZO” é uma das felizes exceções. O vasto jardim, povoado por plantas indígenas e exóticas pertencentes a cerca de 220 espécies, transfigura-se com os ritmos de folheação e floração, exibindo renovados espetáculos cromáticos doze meses por ano.
As imagens que partilho convosco são registos do espetáculo que tive o enorme prazer de assistir no dia 25 de Abril no sítio do Vale Paraíso, freguesia da Camacha, ilha da Madeira.

Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal







REUNIÃO MAGNA DO PS


ATÉ OS FANTASMAS MAIS CONHECIDOS
FALTARAM AO CONGRESSO FANTASMA 

António José Seguro tem um argumento irrefutável para bater com a porta e largar aquilo da mão

A imagem permite ver um fantasma socialista escapulir-se de mansinho para não adormecer no pavilhão.

Os socialistas portugueses marcaram encontro lá para cima, concretamente em Santa Maria da Feira. Mas nem todos deram com a estrada certa e ainda por cima o jantar devia estar azedo, já que à noite ninguém pôs os pés no espaçoso pavilhão alugado para os trabalhos.
Nem sequer Tozé Seguro, veja-se!, apareceu no serão, contribuindo para que os congressistas inscritos para falar (os que compareceram) acabassem por pregar aos peixes.

Percebemos Tozé. O cartão vermelho que os delegados do seu próprio partido lhe mostravam através da desmobilização evidente com o correr do congresso não podia ser ignorado. O espectáculo de um imenso pavilhão vazio na TV, a merecer chacota por parte dos jornalistas que dirigiam os directos, envergonhava um líder a prazo, à espera de ser substituído por António Costa da Câmara lisboeta ou mesmo por José Sócrates, uma esperança que desponta depois de mais um doutoramento em Paris.

Doeu-nos o coração assistir àquele triste espectáculo pela noite dentro. Naquelas mesmas gigantescas instalações de Vila da Feira assistimos ao vivo, em serviço para o DN, a um empolgante congresso do laranjal em que se digladiaram Marcelo, Santana Lopes e Barroso, com vitória final do professor. Um fim-de-semana de estrondo político, apaixonadamente participado. Como aconteceria depois em Tavira, com os mesmos protagonistas. 
Mas outros congressos - como vimos 'in loco' - foram vividos vibrantemente pelos delegados. O do CDS-PP no Pavilhão dos Desportos, Lisboa, em 1995, o tal em que Manuel Monteiro foi 'tomar um café'. O de Braga, em que Paulo Portas arrasou a candidata Maria José Nogueira Pinto.
E mesmo no PS! Quem não exultou, e não apenas os presentes no Coliseu, com a intervenção do Tino de Rãs que, num estilo surpreendente, conseguiu tirar o tímido Guterres do sério, desmanchando-o à gargalhada com a história do bacalhau com batatas pelo Natal, lá na aldeia?

Tudo isto para dizer: é conveniente para o madeirense Victor Freitas, que falou esta tarde em Santa Maria da Feira, estar a perceber bem como não se deve fazer quando urge mobilizar as massas.
Como é que os portugueses podem ter esperança no principal partido da oposição, para derrubar os troikianos Passos-Portas, se nem os congressistas do PS mostram ter essa esperança no seu partido?

Membro de uma coligação que arca hoje em dia com a responsabilidade de ganhar a Câmara do Funchal, o PS-Madeira precisa de cavalgar a onda mobilizadora, ao lado dos outros cavaleiros de aliança. Complementando-se devidamente e oferecendo cada qual as potencialidades reveladas nos últimos anos, os 6 partidos que integram a coligação têm o dever de criar uma onda muito forte, com impacto na população - e isso das ideologias foi chão que deu uvas, sejam parecidas ou diametralmente opostas. O objectivo de derrubar o PPD é comum, essa é a ideologia para usar na batalha.

Mas vejamos agora imagens da tristeza daquele congresso no dia de abertura - e esperemos que tenha quorum no encerramento deste domingo, para evitar o prolongamento da agonia.
O cúmulo da desmobilização é que muitos fantasmas do PS faltaram ontem ao congresso, como Sócrates e Mário Soares. E à noite, como vimos, o próprio fantasma Tozé preferiu ficar a ver o Big Brother.


Em muitos congressos, a sala esvazia-se porque os delegados se dirigem ao hall para fumar, conspirar e tomar café.

Mas não era o caso, ontem. O hall de Santa Maria da Feira também estava tão vazio como certos jogos de clubes que conhecemos.

Mais animada foi a cobertura da SIC: havia mais convidados a comentar do que delegados na sala.


sábado, 27 de abril de 2013

AUTÁRQUICAS


A VIDA VAI TORTA

José Manuel Rodrigues conseguiu fugir à coligação para correr isolado em Outubro. Mas que não prometa muito, porque pode ter o azar de ganhar.


Zé Manel tem-se esforçado a conversar com o povo, para os retratos de pré-campanha.







Nem sempre é fácil arranjar profissionais de táxi disponíveis... para posar.






Infatigável, o chefe e candidato dos populares à Câmara do Funchal até fingiu ir saber dos preços da fruta.





Muita atenção, Caro Amigo, porque não será fácil endireitar uma cidade torta onde são poucas as coisas que há direitas como por exemplo este semáforo - e ainda assim apagado.


Madeira ao Vivo


PERNAS A MEXER NA ZONA DO MERCADO

Animação esta manhã de sábado




AUTARQUIAS


CENTENAS DE MILHARES POR PAGAR 
DE OBRAS NA PONTA DO SOL



Dúvidas por esclarecer em ano de autárquicas




A assembleia municipal da Ponta do Sol aprovou a conta de gerência da câmara referente ao exercício de 2012, mas as dívidas de que se fala pelas esquinas não constam do documento.
O que se comenta no concelho é que algumas empresas executaram obras não contratualizadas, aliás um hábito que se instalou em toda a Região, e agora os empresários andam numa aflição para receber o que lhes é devido.
Não há contrato, não recebe - eis a realidade em situações do género. No caso, muitos empresários vivem dificuldades financeiras fatais e podem ver os respectivos negócios acabarem mal, com os consequentes efeitos a projectar-se também nos trabalhadores.

A Ponta do Sol, já desde os tempos de Egídio Pita à frente da câmara, sempre se gabou de não ter dívidas. No entanto, a equipa municipal agora em funções deu a entender, ao entrar no primeiro mandato, que herdava uma presumível dívida 'pregada no tecto' pelo presidente anterior, António Lobo.
A confirmarem-se as dívidas actuais, que ascenderão a um montante muito perto do milhão, poderão atribuí-las ao tal calote de Lobo? Não, porque as obras de que se fala foram executadas já com esta vereação. E não pode ter sido Lobo, desde a prisão de Sintra, a mandar que os trabalhos avançassem mesmo sem contratualização.  
Que se apure a verdade, para evitar especulações que só podem retirar lucidez ao eleitorado em ano de autárquicas.