DEPUTADOS PPD CRITICAM GOVERNO DE JARDIM
E FOGEM AO CONFLITO MIGUEL-JAIME
A unidade no laranjal esfarrapa-se de dia para dia. |
Foi marcada pela turbulência a reunião desta quinta-feira do grupo parlamentar social-democrata. Jaime Ramos voltou a chamar "incompetentes" a colegas de grupo, mas também aos membros do governo regional. E aí estão quase todos de acordo: a contestação ao executivo é geral no grupo.
Entretanto, os referidos deputados terão de testemunhar no processo movido por Jaime a Miguel de Sousa. Quanto ao outro processo, em que Miguel é queixoso e Jaime acusado, os deputados responderam... sem nada dizer.
Criticadas as festas de Manuel António
Esta manhã, no fórum social-democrata de Santa Quitéria, a reunião do grupo parlamentar decorreu de modo a toldar os ânimos em várias situações.
De um modo geral, todos são críticos da governação. Jaime Ramos, por exemplo, não é a primeira vez que acusa os secretários de "incompetentes", avançando mesmo que "não
há um que se aproveite".
Manuel António ficou com as orelhas a arder, por continuar, ao que eles dizem, sem reacção perante o imposto aplicado aos agricultores.
A Madeira não pode interferir na política fiscal, mas o governo ao menos devia surgir com um decreto-lei a propor o fim desse imposto. Se não passasse em Lisboa, ficava clara a defesa do PPD aos agricultores da Região.
"Mas eles preocupam-se é em fazer festas... do limão, anona, pêro, castanha, sei lá que mais, o tabaibo", desabafou à 'Fénix' um deputado laranja.
No calor da discussão de hoje, Jaime incomodou-se quando a intervenção de um deputado recebeu aplausos dos colegas. Acusações de "incompetentes" ouviram-se da boca do líder parlamentar.
"Mas esses adjectivos dele são o pão nosso de cada dia, ele chama incompetentes a todos", carrega a nossa fonte.
Foram minutos de conflito entre a direcção do grupo e alguns deputados, embora estejam todos juntos no referido descontentamento perante a perfomance do executivo.
Segundo apurámos, será pedido um encontro com o chefe do executivo, para lhe transmitir o sentimento do grupo.
Será proposta uma remodelação governamental - acreditam alguns, julgamos que ingenuamente.
Testemunhas fogem ao conflito Miguel-Jaime
Os deputados têm de mais uma vez responder no caso da bronca Miguel de Sousa-Jaime Ramos, agora no âmbito da queixa apresentada pelo segundo.
Na outra queixa, interposta por Miguel, aconteceu aquilo que dissemos aqui há dias: valeu a pressão de Pedro Coelho e Rafaela Fernandes para que os deputados chamados a testemunhar sobre as ofensas de Jaime a Miguel, em reunião de grupo, se refugiassem no seguinte argumento: o que se passou é assunto interno do grupo parlamentar.
Assim, 15 dos 20 chamados optaram por esse caminho para fugir à questão e responderam todos a mesma coisa, segundo a minuta proposta por Coelho e Rafaela. Ou seja: ninguém diz que as ofensas não existiram, mas também ninguém afirma que sim, que existiram. Nem é mentira nem é verdade. É assunto interno e dali ninguém sai.
Faltam cerca de meia dúzia a responder, mas não se espera outra tomada de posição.
Assim, não devemos especular sobre a forma como o conselho jurisdicional, presidido pelo também deputado José Prada, descalçará tão apertada bota.
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