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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Opinião



PONTOS NOS IS






Emanuel Bento


Depois de trinta e tal anos de quase absoluto unanimismo jardinista, em que quase toda a gente, incluindo a nossa intelectual e moralmente depauperada “intelligentsia” esteve muito mais concentrada em receber/fazer salamaleques e, em engordar, quais porcos para a matança do Natal, mais do que em se preocupar com todas as diárias manifestações de imbecilidade, abuso, corrupção, fortunas muito mal explicadas, dos cães de fila e satélites do castrador regime em que vivemos, com os péssimos resultados que se conhecem e que todos sentimos na pele, quem ainda tiver - porque já sabemos como tudo isto é! – que, ao menos uma vez na vida, nesta gente, haja alguma honestidade, nem que seja apenas a que mais lhes for possível, tal e qual o que procuro escrever, que tudo não posso, por óbvias razões profissionais e políticas, ainda que tenha a franqueza de o admitir.
Muitos foram e muitos ainda são os que contribuíram para a triste realidade que acima descrevo. Ainda hoje persistem nesse caminho quase como se houvesse, na Madeira e Porto Santo, uma qualquer e supersticiosa maldição, que, para todo-o-sempre, nos obrigasse a ter que votar PSD. Para essa gente – e repito, foram coniventes, bem lhes serviu o “usucapião”, conforme ainda se vê e conforme todos sabemos, que nisto, sejamos, honestos, o mais que nos for possível -, era Deus no céu e Alberto João Jardim (como se o PSD só a ele se resumisse), na terra, para citar um padre, que creio já morto e muito provavelmente no Inferno.
A oposição não prestava, sempre se disse e sempre se foi repetindo. A oposição não tinha soluções, por mais acertadas críticas e propostas que fizesse, por mais disparates que o poder fizesse e dissesse, como se fosse particularmente difícil governar 250 mil pessoa (uma pequeno-média cidade europeia), como se fosse particularmente complicado governar e fazer obra, ao desbarato e tantas vezes apenas eleitoralista e sem qualquer visão integrada de pensamento e desenvolvimento, com os cerca, “grosso modo”, de 20 mil milhões de euros gastos na década de 2000/10.
A oposição não prestava sempre se disse e sempre se foi repetindo. Deus quando veio ao mundo olhou a Região (Madeira e Porto Santo) e disse: ali só o PSD é quem vai nascer dotado de inteligência, moral e bons costumes, todos os outros serão desabonados de qualidades.
A oposição não prestava sempre se disse e sempre se foi repetindo. A oposição está dívida e só quer as suas capelinhas. Cada um quer o seu lugar, cada um quer o seu umbigo, cada um quer a sua barriguinha à volkswagen. Assim foi e assim tem sido dito. E ainda este registo continua a ser alimentado por muitos – sobretudo a tal “intelligentsia” – mesmo que já não confiem no “regime”, só que não conheceram nem querem conhecer outra realidade que este “regime” e este “discurso”., que isto de pensar e ser responsável dá trabalho. Obviamente que em todos estes anos também houve muitas culpas por parte da oposição, obviamente que ainda as há, obviamente que sempre alguns – da oposição – continuarão mais preocupados consigo próprios do que com o bem-comum, obviamente que tudo isto – a “Mudança” – não é fácil de articular e que muita coisa pode correr mal e até descambar, mas, pela primeira vez, na História da Madeira pós-autonomia, como agora se teve a prova, mesmo com o desconto que tem que ser dado  ao factodo PS-M estar muito mais fraco, conseguiu-se unir seis partidos para umas eleições e não são umas eleições quaisquer, são do Funchal, onde vivem, à vontade, 120.000 pessoas, e esta união tem uma visão e um nome, por mais que digam haver outras razõesde conveniência pessoal/partidária: Victor Freitas, Presidente do PS-Madeira, que muito trabalhou para que a "Mudança" aconteça. Convém não esquecer isto e convém estar atentos aos sinais dos tempos, mas, acima de tudo, convém perceber o tempo histórico em que vivemos, a história responsabilidade que todos temos, mas mesmo todos, tanto os que estão na “Mudança” como os que estão fora dela, mesmo os que se dizem ser da oposição mas que preferem que tudo continue como está – nas mãos do PSD…







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