TODOS AO 1.º DE MAIO COMBATER
A OFENSIVA DO GOVERNO
O Bloco acusa Passos Coelho de mentir quando prevê faltar o dinheiro para salários
Participar nas comemorações do 1.º de Maio será uma forma de manifestar oposição à ofensiva do governo contra os direitos dos trabalhadores. Mas como sensibilizar o cidadão para o interesse de sair da letargia marcando presença nessa diligência?
O Bloco de Esquerda decidiu fazê-lo este sábado, voltando ao contacto com a população para transmitir a mensagem.
"É preciso que todos saiam à rua no Dia do Trabalhador para dar uma resposta firme ao ataque do governo", explicaria Roberto Almada perante os jornalistas, referindo-se à manifestação que os sindicatos estão a preparar.
O BE apela para uma participação em força no 1.º de Maio, quarta-feira próxima, de modo a que a manifestação, a sair da praça diante da Assembleia pelas 6 da tarde, consiga fazer-se ouvir no "protesto contra essas políticas".
Na embalagem, o líder do Bloco acusou Passos Coelho de mentir quando avisa o povo de que pode faltar dinheiro para salários.
"Em 2011, as receitas do Estado, com impostos, ultrapassaram os 40 mil milhões de euros. E as receitas do Estado, com os descontos dos trabalhadores para a Segurança Social e para a Caixa Geral de Aposentações, foram superiores a 21 mil milhões de euros. Considerando que destes 61 mil milhões, que são receitas do Estado, apenas 58 mil milhões são para pagar salários e pensões, vemos que esta afirmação do governo da República é um embuste."
Destas suas contas, Almada conclui que existe perfeitamente dinheiro para salários e pensões, pelo que tal ameaça do governo - e do FMI - assenta numa grande mentira.
"Não há dinheiro é para pagar os juros da agiotagem do FMI e da troika internacional", insiste o líder do BE. "Essa agiotagem traduz-se nos juros altíssimos que teremos de pagar de uma forma muito sofrida, por causa do empréstimo que nos impuseram para aumentar os lucros do FMI e da troika internacional."
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