RTP FULMINA COORDENADORES
Os próximos titulares assinarão contrato para funções... temporárias
A televisão pública retirou as funções de coordenação a todos os profissionais da empresa que as desempenhavam. O despacho do conselho de administração (CA) chegou ontem à noite a todos os departamentos da empresa, desde a casa-mãe, na capital, até aos centros regionais.
Na fundamentação da medida, o CA invoca necessidades no âmbito da reorganização do modelo de gestão da RTP actualmente em vigor e da alteração de regulamentos dos cargos de coordenação.
Objectivo: uniformizar esse modelo em todas as áreas da televisão estatal.
A decisão conhecida ontem, que foi tomada pelo CA já em finais de Março, exonera os coordenadores todos, embora à luz das regras de consolidação definidas.
E quem coordenará os serviços doravante?
Quem os directores indicarem à administração para as novas equipas de coordenação, dentro da reorganização corrente nas várias estruturas.
Mas aqui há 'truque', para evitar a subida de vencimentos com carácter irreversível: os próximos coordenadores assinarão contrato de funções... para o exercício temporário dos cargos.
Ou seja: quando for exonerado, cada coordenador regressa à base e ao vencimento 'seco'.
São recuos nas conquistas que os trabalhadores alcançaram pouco a pouco, durante décadas.
Não sabemos se, no caso da RTP-M, os actuais coordenadores serão reconduzidos.
Neste momento, a Informação local tem dois pró-directores (Miguel Cunha e Gil Rosa) e 3 coordenadores, para cerca de 20 jornalistas.
Rescisões em marcha
Ainda na Levada do Cavalo, cerca de 20 quadros pediram contas para estudar as hipóteses de passarem à reforma, pré-reforma ou tratarem da rescisão amigável.
Na RDP, há também interessados em 'fugir' de um futuro muito negro, ao que se presume.
Sem comentários:
Enviar um comentário