AQUI HÁ GATO

O tareco infiltrado na JG.

O bichano transferido para a Junta Geral pode obrigar a orçamento rectificativo

Do nosso correspondente nas Angústias - O gato que vivia nestes lados e que andava constantemente atentando a gata de sua excelência foi posto a mexer e já está na Vice-Presidência.

Aproveitando a circunstância de 'Meio Chefe' andar pelas Europas, mãos bastante práticas tomaram a seu cargo a operação de despachar o bichano, aliás um perigo também para as históricas araras confidentes do sr. UI.

Quem não esperava novo inquilino ali no palácio da Junta Geral foram os quadros do executivo, que de um momento a outro tiveram de se habituar a lidar com o gato a correr e a saltar de corredor para repartição, de balcão para armários.

Ao mesmo tempo, trata-se de mais uma despesa com o seu peso no orçamento, porque aquele paté de frango com peru, especialidade que o bichinho devora como passarinho fresco, anda a custar o seu dinheiro. Numa palavra, pode vir a ser preciso rectificar o orçamento da Vice-Presidência em termos de mover a despesa das Angústias para as contas de João Cunha e Silva. 

O que se percebe aqui pelas Angústias é que a justificação para convencer o vice-presidente a ficar com o gatinho é a seguinte: o anterior ministro da República andava de gatinho ao colo para cá e para lá, e não se sabe se o actual, Ireneu, faz o mesmo. 'Meio Chefe' tem a sua gata que faz o que quer no paço das Angústias. Pois então a Vice-Presidência precisa do seu bicho. Ou preferiria João Cunha e Silva que Miguel Mendonça lhe enviasse para a Junta Geral um dos vários coelhos que tem na coelheira parlamentar, dentro e fora do PPD, e que tantas dores de cabeça lhe provocam?

O gato viajou para a sua nova casa num carro da Junta Geral sem os seus ocupantes disso se aperceberem, num dia em que vieram às Angústias perguntar quando é que sua excelência volta das merecidas férias.

Ao que nos consta, os serviços da Junta Geral quiseram encontrar bode expiatório para o que consideram invasão de propriedade oficial pela bicharada rafeira. Mas alguém fez recordar como seria bom finalmente atribuírem farda aos funcionários que guardam as entradas do edifício. É que o gato deve ter feito o mesmo que fazem cidadãos vulgares e turistas: chegam lá e só vêem civis nas entradas, pelo que entram portões dentro sem dar tempo a que os porteiros façam o seu serviço de identificação.
Que raio: um homem é um homem, um gato é um bicho! 

(Fotos da autoria do K53)