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sexta-feira, 21 de junho de 2013




DESCOBERTAS AS RAZÕES QUE ADIARAM

JULGAMENTO DOS 'TERRORISTAS' 


As sessões na barra passaram para o longínquo Novembro. Mas prometem. No ex-JM, já se treina: multiplicam-se os processos a trabalhadores, para estarem à vontade com estas chatices quando forem testemunhar contra o PND. O MP, da sua parte, pode aproveitar a embalagem para depois descobrir os terroristas de verdade que têm incendiado carros.



A invasão do ex-JM terá julgamento a 29 de Novembro, manhã cedo. 


Estão descobertas as razões do adiamento das audiências para julgar os activistas do PND que, na campanha eleitoral de 2011, se barricaram nas instalações do ex-Jornal da Madeira.

Sendo autor da diligência judicial o próprio Ministério Público, era natural que se considerasse o processo em causa como da máxima urgência. Parecendo que não, aquilo foram 8 rapazes a entrar no seráfico ex-jornal, sabia-se lá com que intenções, e que poderiam perpetrar uma tragédia lá dentro. Para isso, bastava que estivessem armados até aos dentes com granadas de mão, canhões sem recuo, bombas de escudo, diabinhos e armas brancas.
Não estavam armados. Mas e se estivessem? Cuidado com essas coisas.

Que raio de motivo adiava então este julgamento, previsto para começar quinta-feira passada (20)?
Foi essa investigação que personalidades envolvidas nesta quase peça teatral pediram que fizéssemos, utilizando 3 ou 4 agentes K. Ora, entrar nas cabeças do tribunal é tarefa impossível. Costuma-se dizer, com o devido respeito, que cabecinha de juiz,  é como rabinho de bebé: nunca se sabe o que sai dali nem quando sai.
Tal qual dissemos em artigo anterior, quem se ofereceu para tratar sozinho do intrincado caso foi K7. Obviamente, aceitámos o assomo de voluntariado. 

Sensacional bluff leva K7 à pista certa

O nosso homem começou por nos pedir colaboração numa espectacular manobra de diversão. Por sua iniciativa, especulámos aqui no 'Fénix' com duas hipóteses para o adiamento em causa: atraso no pagamento a advogados, por parte do ex-Jornal da Madeira; e manobra política para evitar aproveitamentos partidários a caminho das eleições.
Uma pessoa atenta rir-se-ia com tais argumentos forjados pelo agente. Guilherme Silva e quejandos com honorários em atraso no JM?! Mas como?! Podia faltar dinheiro para a luz e os cartões dourados dos administradores, mas nunca para MacGyver e seus adjuntos.
Segunda hipótese, adiamento para depois das eleições! Ora, assim adiado é que o PND pode fazer correr no Youtube mais um vídeo do Márcio com letra alusiva à tragédia de Novembro, e já agora malhando nos portos e no Bokassa. Uma pechincha para usar na campanha a favor do candidato Cafôfo. 
Aliás, se o caso não prescreveu, ao menos devia cair por deficiência processual: os homens da Nova Democracia invadiram um jornal e quem surge como ofendido é um ex-jornal.
Mas não somos parte na querela.


Testemunhas de peso

Apesar da infantilidade (propositada) do nosso bluff, houve quem caísse que nem um patinho. A par de uma resonda, enviaram para cá um esclarecimento a 'cantar' a verdade toda. 
Diz então o esclarecimento, depois de verberar os nossos 'maldosos' argumentos, que num caso destes é natural que haja uma testemunha chamada, por exemplo, Tina Micaela. Que, por azar, não pudesse estar presente na audiência marcada. Ainda por cima, o mais certo seria o MP não prescindir dessa testemunha. Como sair desta num curto lapso de tempo?
Depois, imaginemos - diz o revoltado que nos escreveu - que um juiz género Juiz Desembargador Paulo Barreto, era arrolado como testemunha no processo. E que, por isto ou por aquilo, ainda não enviou as suas declarações ao tribunal. Como andar com as audiências para a frente?
Ainda por cima - continua ele - há sempre muitos intervenientes num processo de tal jaez, o que faz arrastar os trabalhos naquele tribunal.
Pesados todos estes considerandos, pergunta ele, acham os convencidos do 'Fénix' que o tribunal conseguia concluir a coisa antes das férias judiciais? Fazer parte do julgamento agora e o resto depois das férias? Desculpem, vocês estão é malucos.

K7 riu-se que nem um perdido ao devorar estes filetes que com muita esperteza atraiu ao seu anzol.
E pronto, ficámos a saber: o julgamento foi adiado porque não podia ser feito na sua totalidade antes de os magistrados irem a banhos.

Demos os merecidos parabéns ao nosso agente. Ele alcançou a pista sem sequer recorrer a tortura. E actuou no tribunal, com aquela gente sombria, hermeticamente fechada.  Corresse a investigação na Assembleia Legislativa e tudo seria mais fácil, porque o investigador tinha logo ao dispor a pista do principal suspeito, que como se sabe é sempre o mordomo.
Em último caso, chegava-se ao pé de Jaime Ramos, dizia mal de Miguel de Sousa e ganhava um ajudante importante para descobrir tudo.

Não terminamos esta longa mas antológica história sem umas breves reflexões finais, em toada editorial.
Em matéria de espectáculo, os rebeldes activistas do PND terão de esperar 5 longos meses para se divertirem no julgamento. Esperamos que, ao contrário do Juiz Desembargador Paulo Barreto, que testemunhará por escrito, o presidente da ERC, Carlos Magno, venha cá em pessoa para tornar o julgamento mais folclórico.


Enxurrada de processos no ex-JM para treinar

O que não daria certo era levar o bispo Carrilho como testemunha, como se tem aventado. A cada pergunta do juiz, o homem diria: vamos ter fé, vamos comungar a solidariedade. Ora, depois deste adiamento, é preciso acabar com o processo, e não engonhar dentro da batina.
Mas, quanto às testemunhas do lado do ofendido - o ex-JM -, passará na barra um desfile de polícias e de funcionários do próprio ex-jornal.
No que toca aos polícias, é sempre uma chatice, porque, ocupados os homens naquilo, são menos umas multas nos carros.
No caso dos funcionários do ex-JM, o assunto está a ser levado mais a sério. O administrador Bazenga, que foi substituir Afonso Almeida, além da sua impecável função de evitar a publicação de fotos de Miguel Albuquerque, desatou a processar pessoal da casa a torto e a direito - um deles porque não fez a fotografia tal, aquele porque sim, o outro porque não. Já muitos apanharam castigo de alguns dias sem receber. E isto não é bluff.
Os trabalhadores tremem nas horas de serviço, claro - não vão ter o azar de se enganar na pontuação de um daqueles enchidos do 'Meio Chefe'. Mas tem de ser. A ideia é treinar os funcionários com processos e mais processos, com recurso aos advogados do regime, para que eles, trabalhadores, dêem conta do recado quando em tribunal se depararem com Gil Canha, Eduardo Welsh, Dionísio Andrade, Tó Fontes, Amaro e companhia.

Última reflexão: maquiavelismo à parte, admitimos que o MP também esteja empenhado neste processo para ganhar rotina no terreno e partir rumo a processos mais interessantes. Aproveitando o tema ex-JM, podem os procuradores ser autores contra uma fraude monumental e continuada, que é um jornal com preço de capa ser distribuído gratuitamente. Para nem sequer ir ao escândalo da concorrência desleal. 
...Uma vez com os 90 minutos nas pernas, os procuradores poderão finalmente tratar dos terroristas de verdade, aqueles que, por motivos políticos, rebentam e incendeiam carros e aterrorizam famílias que pagam os seus impostos.
Por acaso, entre as vítimas desse terrorismo contam-se alguns dos elementos que o MP manda sentar no banco dos réus como 'terroristas' que se barricaram no ex-JM...

1 comentário:

jorge figueira disse...

Um Bem Haja aos agentes K em particular ao K7. Pensei em avancar com a ideia de um curso de formacao profissional para agentes secretos, financiado pela Europa, mas nao foi preciso. Professores, dos bons, ha por ca em abundancia. Era so pagar, coisa, como sabemos, bem facil. E so despachar um milhaozinho para aqui, outro para a mesa do canto e ainda outro para o adro.