JARDIM DEITA O ANZOL AOS 'CUBANOS'
PARA CHEFIAR UM SEGUNDO 25 DE ABRIL
O repto está numa entrevista publicada pelo DN-Lisboa. Será que a suposta sondagem interna leva o chefe, pelo sim pelo não, a procurar outros ares?
35%
20%
20 %
10%
Repetimos, caro Leitor: SUPOSTA sondagem.
É um ponto prévio para evitar mais nervosismo no Laranjal. Deram-nos estes resultados com todas as reservas e com a nota de que não foi possível confirmar se a sondagem existe mesmo.
A única verdade, para já, é que a fonte invocada tem todas as razões para andar a par das coisas ligadas ao chefe.
O Leitor nem imagina!
Agora, se se trata de uma 'casca de banana' para conseguir determinados efeitos, não podemos adivinhar. Não sabemos, também, que poderiam fontes bem próximas do chefe pretender ao espalhar uma 'sondagem' com resultados tão desagradáveis para aqueles lados.
Como se pode ver, a 'suposta' sondagem mantém Albuquerque lá na frente, o que já se verifica desde a primeira auscultação popular, em 2000. Só que desta vez, ao que nos informam, o universo de inquiridos restringiu-se aos militantes do PPD.
Com o ex-autarca funchalense destacado na dianteira, é curioso constatar-se o 'empate técnico' entre o favorito de Jardim, Manuel António Correia - o chefe ainda não disse claramente o contrário - e o antigo eurodeputado Sérgio Marques, que anunciou a sua candidatura há um escasso par de meses. Estão ambos muito colados na casa dos 20%.
Quanto a Cunha e Silva, ainda não se anunciou e regista uns razoáveis 10%.
No caso de Miguel de Sousa, que não aparece nos resultados, possivelmente os inquiridores, na altura, não acreditassem que o antigo vice do governo avançasse de facto.
Num exercício meramente especulativo, dadas as características confessadas da suposta sondagem, observamos que as alas jardinistas perdem estrondosamente com os candidatos da ruptura. Ou seja: Albuquerque e Sérgio, anti-regime, somam 55%, faltando ainda Miguel de Sousa; Manuel António e Cunha e Silva, governamentais, 30%.
Vamos esperar para ver se há mais luz sobre o assunto. A prática da sondagem não é nova em Jardim - embora ele se revolte quando os jornais divulgam as suas. A ser verdade, percebe-se a sua declaração ao DN de Lisboa: que é preciso fazer uma segunda revolução em Portugal e que, para essa missão, está... "ao dispor".
É possível que Jardim tenha começado a perceber que não tem hipóteses de continuar a mandar na Madeira. Mas também aqui há sempre um momento em que ele dá o dito por não dito e, em lugar de deixar a cadeira para outro, anuncia recandidatura. Quantas vezes!
Vejamos 3 dos incontáveis momentos que Jardim já protagonizou na penosa via sacra do fica-não fica.
Tribuna da Madeira, 9 Fev 01
Depois do congresso de 2000, marcado por sondagens a pôr Albuquerque na ribalta, Jardim fomentou a criação de delfins e a guerra entre eles. No final, para evitar a 'desunião', o chefe teve de se 'sacrificar', anunciando a sua própria recandidatura.
DN-Madeira, 29 Mai 09
Chefe operara uma jogada de mestre tendo em vista não sair em 2008. Assim, pegou no espantalho da Lei de Finanças da Região e desatou a brigar com o inimigo externo (Sócrates), até criar as condições para se demitir, provocar eleições (2007) e garantir cadeira até 2011. Só que, com o aproximar de 2011, era preciso novo argumento para continuar no poder no mandato seguinte.
Chefe acicatou novamente o 'delfinário', Albuquerque deixou entrever o seu interesse em avançar, Coito Pita saltou a terreiro para tentar travar o presidente do Funchal, chefe mandou gasolina para a fogueira com o nome de Manuel António.
Quem melhor do que Miguel Mendonça para vestir a farda de bombeiro e salvar o partido com nova candidatura de Jardim, para um mandato de 2011 até 2015?!
JM, 24 Mar 14
A história repete-se, no caso 'n' vezes, interpretada por protagonistas conhecidíssimos. Com a corrida interna destravada como vai, o mesmíssimo Miguel Mendonça veio há pouco tempo esclarecer, sugestivamente, que Jardim está em condições de fazer o mandato 2015-2019, em termos de saúde - e temos a certeza de que isso é verdade. O próprio Jardim, ao mesmo tempo que faz uma última tentativa para chegar à I Divisão nacional, a propósito do 25 de Abril, pasme-se, trata de insinuar que ainda pode continuar na liderança do PPD-Madeira - não provoquem. Primeiro, para aliviar a tensão, admite ficar no governo até Outubro de 2015, porque o PR, desmancha-prazeres, não o deixa sair em Janeiro. Depois, condicionando descaradamente uma disputa interna que não lhe diria respeito, se não estivesse interessado nela. Ainda agora, mudou a data da campanha, passando-a das eleições europeias para o Chão da Lagoa. Por um lado, caso o PPD apanhe na Madeira uma banhada, ele diz: não vale, não me põem fora porque eu disse que a corrida só começa depois da festa do partido. Por outro lado, há sempre uma esperança de Jaime Ramos arranjar meia dúzia de capangas para pegar em cartazes e gritar pelo nome do chefe lá em cima no planalto, para justificar a recandidatura do patrão.
Olhem que a mensagem ficou do conselho regional, conforme a manchete do JM.
Não faz lembrar nada?
Nota do 'Fénix' - A ideia deste artigo não é estragar o fim-de-semana aos nossos Amigos Delfins e aguerridos sequazes, mas partilhar a informação/bisbilhotice da tal suposta sondagem. Pelo sim pelo não...