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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Situação no PS-Madeira


VICTOR NEGOCEIA EM LISBOA
ENQUANTO POR CÁ LHE 'FAZEM A FOLHA'






A vida política de Victor Freitas não está fácil. Constituir uma coligação para concorrer às eleições antecipadas continua tarefa complicada quando praticamente faltam escassos dois meses para enfrentar a hora da verdade. 
Mas pior ainda é que, enquanto o líder socialista madeirense tenta superar os problemas colocados no caminho da coligação, vários sectores do PS-Madeira não conseguem evitar as críticas e os alertas que julgam importante dirigir-lhe. De facto, há descontentamento interno face ao estado a que as coisas chegaram, logo numa altura em que o PSD-M aparece refeito de dois anos de brigas internas.
Paira no ar o rumor de que várias concelhias socialistas estão alinhadas pelas preocupações de Miguel Iglésias. E que o vão manifestar exigindo a Victor Freitas mudança da estratégia de coligações.
Pelo que se ouve, e não confirmámos, há reunião da comissão política na segunda-feira. Sendo porém vontade dos descontentes alargar a discussão a uma comissão regional.
A constituição da lista de candidatos a deputados também está a dar que falar. Há socialistas a pôr em causa o que classificam de cedência exagerada aos parceiros da eventual coligação. Admitindo-se que a melhor solução ainda seria o PS ir sozinho a eleições.
Há outra corrente que tem insistindo junto do próprio Victor Freitas para que se opere uma inversão de percurso para reencontrar o PP numa discussão tendente a formar uma aliança eleitoral entre ambas as forças, a socialista e a popular - com um candidato a presidente do governo que não seja nem Victor nem José Manuel Rodrigues, como se falou desde princípio do processo. Mas o projecto esbarra na irredutibilidade do chefe socialista, que quer ser o candidato.
Para isso, Victor precisa de consumar uma coligação com alguma credibilidade. Daí ter viajado para Lisboa, onde esteve esta terça-feira a negociar com as lideranças nacionais de pequenos partidos. Que se saiba, o 'ataque' visa o Partido Democrático Republicano, de Marinho e Pinto, e o LIVRE, de Rui Tavares. Victor Freitas obviamente precisa de acenar com lugares na lista regional a essas forças, para receber, em troca, apoio no terreno quando for possível dar início à pré-campanha.
Victor Freitas tem esperanças na utilidade de uma campanha que possa contar com a presença forte e constante de um Marinho e Pinto. E com figuras conhecidas associadas ao LIVRE. Reforços que, no entanto, podem roubar palco ao próprio Victor, apagando-o aos olhos dos eleitores.
Mas o líder do PS-Madeira lá saberá que estratégia lhe serve os intentos.
Independentemente do que esteja para rebentar na área do PS-Madeira - falaremos 'a posteriori' do que acontecer e das movimentações de gente preocupada -, a verdade, que Victor desconhece ou finge desconhecer, é que os seus níveis de popularidade nas ruas e praças onde os eleitores se expressam não é de criar euforia. 
Figuras respeitáveis e históricas do partido não se conformam com aquilo que dizem prever: um desastre eleitoral como jamais se viu.
Mas a este propósito reproduzimos a seguir o que também escreve no seu blogue 'Com Que Então' um histórico do PS-Madeira, André Escórcio. E mais não dizemos.

Porque este é o meu "estado", hoje, excepcionalmente, vou ser frontal: de que esteve e ainda está à espera o presidente do PS-Madeira? Que a luta de muitos e de muitos anos se desmorone? Quais os seus verdadeiros interesses? Que valores políticos o orientam? Que estratégia zigzagueante é essa, reflectida na atitude de vários partidos e movimentos, que coloca em causa uma solução portadora de futuro? Quem aconselha o Presidente do PS-Madeira ou quem é o estratego mor desta teimosia politicamente suicidária? O líder dos socialistas madeirenses não anda na rua, não contacta com as pessoas e não consegue perceber, pelos sinais, que existe uma onda que não o favorece? E a Comissão Política e o Secretariado deixam-se ir para um buraco de difícil regresso?
Esta é a minha mais profunda desilusão política, quando há soluções. Bastaria um pouco de humildade política e de uma vista com capacidade para além do horizonte!


10 comentários:

paulo disse...

Sem duvida Vitor Freitas teve tempo mais do que necessario para organizar com os outros partidos uma coligacao credivel, mas esperou por uma impulsao que nao aconteceu (ainda) e sempre com o objectivo de ser Presidente do Governo, nao pensou nos Madeirense, como a maioria dos politicos pensa em si e nao no povo que os elege. Sem duvida que se a oposicao se coligar e arranjar uma pessoa credivel para o cargo de presidente, ganha as eleicoes. Vitor se queres continuar lider so tens uma hipotese ganhar, so nao sei qual e o teu problema teimosia, ambicao desmedida,burrisse.

Anónimo disse...

Essa de uma pessoa credível é história passada sem sucesso. Maximiano Martins foi a prova. Agora querem repetir? Ingratos. Vitor , lutaste e és um homem certo para qualquer Albuquerque. Negoceia com Costa. O quê?

Anónimo disse...

Mas quem é que quer ser candidato numa coligação onde ninguém se entende ( vejam a Mudança no Funchal e no PSanto) e com o caminho da derrota à vista? Só um louco avançaria . A renovação da Madeira está feita. O Albuquerque ainda candidato já reúne com Primeiro Ministro para resolver dossiers. Vitor vai negociar o quê?

Anónimo disse...

Mas quem será esse Messias que o Vitor podia encontrar. Se antes não queria ser gozado e enxovalhado pelo Meio Chefe, agora qual Messias quer levar com a vergonha de perder com o Albuquerque . O PSD està seguro e faltam dois meses e meio. Qual Messias quer arriscar? Não acredito nesse profeta

Anónimo disse...

Sr. Calisto com interesse
Reuniões sedes Novo PSD
são convocados apenas militantes afetos à sua liderança e não todos os militantes. Jardim convocava todos.
Miguel diz nas reuniões que já tem candidatos para as câmaras do Funchal, Porto Santo, Porto Moniz e Santana.
Em são vicente a câmara já é do PSD porque José António Garcês vai militar de novo no PSD.

Militantes dizem: "já está tudo decidido, se para a reunião só vão alguns quando for as eleições não queiram contar com as pessoas apenas para o trabalho de casa. Continuam a dizer mal dos outros e a aprofundar feridas que foram abertas nas internas."

Nomes na Calha
A distribuição de lugares também tem sido um dos vários constrangimentos.
Homens de terreno estão arrogantes e pela proximidade que dizem ter de Miguel Albuquerque à boca cheia vão pondo e dispondo nomes para a lista de deputados, até já têm nomes para secretários e diretores regionais:
Lista de deputados regionais fechada. Quase todos os nomes da direção psd vão na lista.
Jorge Carvalho é apontado como Secretário da Educação.
Pedro Coelho Secretário da Economia. Município de Câmara de Lobos para Higino Teles.
Simplício Pestana é apontado como Diretor Regional.
há 700 lugares de direção na função pública regional para substituir.

Anónimo disse...

Bem pelos vistos, o Vitor colabora com o PSD. Deixa assim que o ordenadinho continua nem que seja com um grupinho de quatro num táxi...

Anónimo disse...

Triste, Vitor Freitas, mas há que anos é que o pessoal do PS anda à nora com este líder, que não é líder de nada. Ou se organizam a sério ou não vão a lado nenhum, não quero que governem nada, pois o PS só tem rebentado o país, mas pelo menos uma boa oposição, coisa que nem isso sabem fazer, tirando o Carlos Pereira que pelo menos quando fala sabe o que diz, mas, uma andorinha não faz a primavera.

Anónimo disse...

Oh Senhor das 11.07. Então jardim convocava os 7000 militantes para reuniões? Onde se viu? Qd Meio Chefe convocava o Conselho Regional só ele falava e tava tudo decidido. Para reuniões operacionais em qualquer organização é o núcleo duro e central que trabalha . Não seja intriguista e ciumento. Deixe trabalhar. Ou tá ligado a algum candidato mal perdededor.

Anónimo disse...

Albuquerque vai ganhar com maioria absoluta. Não entendem que o somatório aritmético que fazem para as coligações, insulta o eleitorado. Confundem politica com futebol, de Clube não se muda mas de partido de doutrina de mulher de casa de trabalho até de religião é normal. O que leva a pensar a estes senhores que o eleitorado se fixa eternamente num partido? Resultado, Calisto : Albuquerque vai dar uma "malha" e o Rodrigues e o Freitas vão para o olho da rua. Alberto João fez muito mais pela Madeira e foi posto a andar. O povo unido também pensa.

Anónimo disse...

Isso acontece aos troca-tintas