A NOVA PONTE SOBRE A
RIBEIRA DE SANTA LUZIA
IMAGENS PARA UMA NECESSÁRIA REFLEXÃO
OPINIÃO
DIONÍSIO ANDRADE
Tenho de confessar aos meus estimados leitores, que
tenho um fascínio por maluquinhos, malucos e loucos. Até porque, penso estar
abalizado para falar dos três patamares, visto que passei pelos três, e atingi
o grau supremo - o mestrado da loucura! Como é de conhecimento público, pertenci
a um grupo em que as pessoas diziam: "Lá vêm os loucos do PND",
porque só gente com um certo grau de loucura é que se metia com o João Jardim,
sem se borrarem de medo.
Esse grupo de rebeldes amalucados foi constituído para derrubar o regime corrupto do nosso ditadorzinho Bokassa, e sendo eu de esquerda estava misturado com gajos de direita, anarcas, ambientalistas, sindicalistas, comunistas, capitalistas, sociais-democratas… enfim uma autêntica arca de Noé política.
AMBIENTE
RAIMUNDO QUINTAL
NO POISO O ESGOTO
DESAGUA NUM RIBEIRO
OPINIÃO
Luís Calisto
MULHER, PORTUGUESA, MINISTRA
"A ministra do covid chorou", disse-me hoje de manhãzinha o empregado de um dos cafés que frequento na Baixa do Funchal. Para concluir com ironia: "Depois de tantas asneiras, tenho tanta pena dela!..."
Também vi pela TV o 'baque' de Marta Temido. A ministra discursava na cerimónia de aniversário do Instituto Ricardo Jorge e referia-se ao esforço de quantos combatem a pandemia da moda.
O que me admirou na ocasião foi que a explosão emotiva de Marta só agora tivesse acontecido.
OPINIÃO
ANTÓNIO JORGE PINTO
A PANDEMIA DA (IN)SEGURANÇA
Sei que o
assunto não está agora na famigerada “agenda do dia”. Mas, pressinto, não tarda
nada, virá a terreiro, soprando vendavais informativos, com desculpas e
justificações que nada resolvem. Falo da segurança, ou melhor, da falta dela, no
Funchal, onde é mais presente, mas na realidade não há concelho que escape aos
“amigos do alheio”, parafraseando o saudoso compincha das lides jornalística, o
“Ribeirinho” dos Casos do Dia, do DN.
Dizem que “o que não nos mata, fortalece-nos”. Mas, realmente, acho que muito boa gente anda encavalitada na Covid-19, a tentar salvar-se de problemas e incompetências que vinham de trás e que não têm nada a ver com o maldito vírus.
PENSAR ALTO
JUVENAL XAVIER
Eu até procuro não perceber rigorosamente de nada, mas perguntam-me, sempre, daqui e dali, da esquerda, da direita e do centro, se sabia, ou então por que razão não sabia, que determinado ponto de vista, num certo contexto excecional, enquanto resultado de uma escolha insegura, pudesse eventualmente condenar-se sumariamente como se uma simples auto-observação viesse a apontar para o tempo imprevisto que demora uma ausência. É como se todas as respostas, enigmáticas e indiscutíveis dos especialistas de tudo e de nada, fizessem um ninho na ponta da minha língua.
OPINIÃO
GIL CANHA
AVISO À "NAVEGAÇÃO"
Li hoje no DN do Sousa que a Direção Regional do
Ambiente e das Alterações Climáticas pediu ajuda à Câmara Municipal da
Ribeira Brava e à respetiva junta de freguesia para ajudarem a promover durante
30 dias a consulta pública do procedimento de avaliação do impacte ambiental do
projeto de ampliação das denominadas “gaiolas de peixe”, entre o Campanário e a
Ribeira Brava, podendo os interessados apresentar as suas sugestões e
opiniões até ao dia 20 de janeiro.
O objetivo desta minha pequena nota não é fazer publicidade do procedimento; o meu objetivo principal é alertar os meus concidadãos para não fazerem figuras de palhaços nem se travestirem de ursos, se por acaso têm intenções de participar nesta extraordinária farsa, montada com o único objetivo de branquear e legitimar este verdadeiro atentado paisagístico, há muito decidido e costurado pelos nossos excelsos matarruanos.
OPINIÃO
Luís Calisto
Candidato sibilino
INCÊNDIOS E PANDEMIAS
DO PRESIDENTE MARCELO
Se houvesse mais Pedrógão, ele ia embora;
porque há mais pandemia, ele fica!
Marcelo Rebelo de Sousa foi à Versailles ontem pela tardinha desfazer o tabu. Com a curiosidade de que não havia tabu nenhum para deslindar. A não ser na boca de alguns comunicadores sem ideias para mais.
Pode ter havido um fugaz tabu há meses. Marcelo a pensar: e se Zé Povo daqui até Janeiro volta a descobrir-me as incompetências e me despacha para canto como os lisboetas fizerem nas autárquicas de 1989? Ou então: e se do nada se ergue um político-fenómeno capaz de chamar a si o eleitorado, humilhando-me nas urnas?
OPINIÃO
JOÃO FERNANDES
O CANDIDATO A CANDIDATO
Um ser patético que costuma poluir os ares das repartições burocráticas do Gabinete da secretária Augusta Aguiar, à conta de ter sido colocado, por recusa de melhores candidatos, na assembleia municipal de Santa Cruz, tem andado a pôr-se em bicos de pés a ver se alcança a bênção de ser indigitado pelo PSD à presidência daquele município.
OPINIÃO
CARLOS JARDIM
CRÓNICA
Luís Calisto
Ana Gomes visitou a Madeira durante dois dias e aproveito para elucidar o João, meu amigo pessoal com sede civil e profissional à Baixa do Funchal: é nesta candidata que votarei nas Presidenciais.
Em todo o bendito acto eleitoral, Amigo João, assumido eleitor de Direita, costuma provocar-me com a proposta "vamos endireitar isto". O que ele quer dizer é "vamos enDireitar isto". Ou seja, entende que é votando na Direita que o País e a Madeira endireitam.
CONTO DE NATAL
GIL CANHA
Um abaixo-assinado de comerciantes e moradores da Rua
do Bom Jesus foi entregue na Presidência do Governo Regional contra a
instalação de um local de acolhimento dos sem-abrigo no antigo Recolhimento do
Bom Jesus.
Não sabemos quem encabeçou esse abaixo-assinado, nem
quem manipulou essa gente no sentido de se chegar a tamanha desumanidade e
falta de solidariedade para com os nossos cidadãos mais carenciados.
A despiedade contra a pretensão da Igreja em reabilitar esse vetusto edifício histórico do séc. XVII chegou ao ponto de alguns desses cabecilhas do abaixo-assinado inventarem mentiras e outras falsidades sobre o comportamento dos sem-abrigo, na Rua do Frigorífico, onde existe a Sopa do Cardoso.
JOSÉ MANUEL COELHO
JM acerta na mouche
O TRABALHO DESTES GOVERNANTES
É INVISÍVEL DE FACTO
Com que então estes meninos
queques, que nunca pegaram numa enxada, andam preocupados com a agricultura
madeirense, hein?! Deixa-me rir...
Há com cada uma que não lembra ao diabo e só no espectro político madeirense se dão ao ridículo de impingir uma tanga desta dimensão. Ao ponto que chegam os nossos governantes para justificar o salário no final do mês. Será esta uma encomenda do Sr. Medeiros Gaspar, ilustre esposo de Fernanda Cardoso e chefe de Gabinete de Miguel Albuquerque?
DESAFIO
Herança de Eduardo Lourenço
para os políticos da Madeira
Luís Calisto
Os políticos madeirenses são pouco dados a pensar. Se fossem de tentar a reflexão, a lógica, a inovação, não andariam há anos a dizer as mesmas coisas.
Embora disfarcem melhor, os políticos da República também estão manietados pela "lei do menor esforço". Raríssimos oásis refrescam os partidos nacionais, em matéria de criatividade e credibilidade.
Para poupar neurónios, os esquerdistas só admitem na Esquerda e nas prateleiras das suas livrarias os intelectuais que papagueiam montes de palavras de ordem sobre a "luta de classes" e o "grande capital". Mutatis mutandis, os da Direita atiram para o museu do esquecimento os intelectuais de esquerda pela boa razão de serem "comunas radicais", adeptos do marxismo-leninismo-maoismo. Quem não se lembra do "Evangelho" de Saramago censurado pelo subsecretário da Cultura cavaquista sr. Sousa Lara, personagem aliás condecorada mais tarde pelo Presidente da República - Cavaco Silva, como não podia deixar de ser!
OPINIÃO
Dionísio Andrade
AQUI SE FAZ AQUI SE PAGA!
Na semana
passada tivemos conhecimento de que Idalina Perestrelo vereadora do ambiente na
Câmara Municipal do Funchal e o seu director dos espaços verdes na CMF vão ser
julgados pela morte de 13 pessoas e 51 feridos na queda do carvalho no
fatídico dia de 15 de Agosto de 2017, dia de Nossa Senhora do Monte. E soubemos
que Paulo Cafôfo, na altura deste trágico acontecimento presidente da CMF, safou-se de sentar o "rabinho" no banco dos réus.
Paulo Cafôfo alegou que não tinha nada a ver com o assunto porque delegou na sua vereadora essas competências.
OPINIÃO
ANTÓNIO JORGE PINTO
Anteontem. Antes deste estrondo repentino a lembrar a finitude, tudo parecia estar no domínio avassalador de uma nova classe que emergiu com as redes sociais. Refiro-me aos palpiteiros.
Têm palpites para tudo! Palpitam sobre todas as coisas da terra e divinas. Da religião à literatura, da cultura ao jornalismo, do ambiente à economia, da política ao desporto. Cultivam o individualismo e a ignomínia, mas postam prosas idílicas sobre liberdade, fraternidade e solidariedade.
OPINIÃO
EMANUEL BENTO
NESTES LONGOS E DIFÍCEIS
DIAS DE COVID
Mesmo já tendo passado há muito a fase existencialista, tão típica da juventude, em que, particularmente, prezava Camus, não tanto pelo L’Étranger, mas, sobretudo, pelo Le Mythe de Sisyphe, ainda para mais, a isso ajudava ser um mito tão citado e estudado em Cultura Clássica, Latim e Grego, estes tempos de covid, tão estranhos e, simultaneamente, ansiosos e assustadores, em que vivemos, fazem-me voltar a este autor pela La Peste, romance que, confesso, muito então me custou a ler, tal e qual “A metamorfose, de Kafka”.
A história é aparentemente simples. Tanta é a sua simplicidade, que, de certa forma, se repete, 80 anos depois.
OPINIÃO
GIL CANHA
Ainda a propósito do acordo do PSD com o partido CHEGA
nos Açores, o país assistiu boquiaberto ao histerismo apalermado de certas
primas-donas do Partido Socialista e de alguma 'esquerdalha' que não tem
espelho em casa.
Este ridículo apalhaçado não se cingiu só ao Continente; aqui na Madeira, algumas lagartixas também deitaram a cabeça de fora na esburacada parede rosa do PS/Madeira. E como lata não lhe falta, o sr. Paulo Cafôfo lá saiu do meio das lascas de basalto, e foi para a comunicação social acusar o PSD de se aliar a um partido que não respeita a democracia e que abriu 'as portas a abutres oportunistas'.
EDITORIAL
Luís Calisto
Neve nas serras e ondas alterosas a fustigar as costas das Ilhas como que vieram saudar o regresso do nosso Fénix do Atlântico, popular diabrete que andou afastado das lides durante mais de meio ano. Como manda-chuva do Blogue, asseguro que não estive de férias na Cancela nem andei a caçar na Grande Savana Africana.
Foi uma ausência forçada, como alguns Leitores testemunharão.