'FÉNIX' SEM APEGO AO PODER
RENOVA MANDATO
Uma justificação àqueles a quem prometemos ir embora: continuamos agarrados ao tacho porque alguém nos inspirou
Comecemos pelo princípio, a fim de que os raciocínios se encadeiem com sentido.
Hoje, começo de Abril de 2013, o 'Fénix do Atlântico' encontra-se teoricamente fora de prazo. O blogue deu os primeiros passos em Março de 2012, levando-se então ao conhecimento dos mais próximos o tempo de vigência do novo espaço de combate divertido, que era um ano.
Nas suas origens, o projecto blogueiro consistia em arranjar uma rampa suave para descermos do trem onde fizemos barulho durante 40 anos de jornalismo. Uma espécie de fade-out que nos permitisse terminar a carreira e regressar à 'vida civil' sem sentir, sem drama. Devagarinho.
O blogue foi alternativa caída do céu, mesmo para quem, e era o caso, não morria de amores pela blogosfera.
Ficavam prejudicados os projectos entre mãos para os próximos tempos, aliás bem absorventes, mas o estratagema terapêutico impunha-se.
O ano de transição correu com altos e baixos no tocante ao afastamento gradual do activismo nos media. Uns escritos, uns apoios e umas críticas adversas, como deve acontecer, e o mês de Abril 2013 cada vez mais perto.
Mas... eis-nos chegados à data e continuamos no ar.
- Olha, aquele que fala mal dos políticos afinal não cumpre a única promessa que fez! - castigam-me alguns, neste momento, e com motivos para o fazer.
Permitam-me explicar por que diacho decidimos continuar.
Olhemos para aquele governo de Lisboa. Passos e Gaspar, que perante a crise em que cada vez mais afogam o país, revelam tal apego ao poder que se recusam a empacotar as máquinas de calcular e partir para longe - que é o que deviam fazer.
Em contraste, vemos um 'sua excelência' cá da tabanca que, mau grado 3 décadas e tal a sentar o presidencial rabichol na cadeira das Angústias, representa o desapego ao poder em carne e osso! O homem já lá está desde 1978 e, contra o alapanço de Passos e Gaspar, para ele, 'Meio Chefe', tanto se dá como se deu ter a vara na mão! Desprendimento é isso, meus senhores.
No meio do esclarecimento que fazemos a quem esperava neste momento ver o 'Fénix' pelas costas, deixemos escapar esta confissão: o que nos motiva e dá forças para renovar o mandato é precisamente o desapego de 'Meio Chefe' ao poder, ainda por cima um desapego com quase 4 décadas e que em 2016, se Deus der vida e saúde ao dito-cujo, baterá o recorde salazarento de imortalidade política, salvo seja.
Há outro factor a considerar na nossa decisão de ficar mais um tempinho. E, mais uma vez, sob inspiração de 'Meio Chefe'.
Pode ser copiar demais, porém preferimos confessar.
Trata-se do seguinte: ao longo deste longo aninho, muitas patifarias foram feitas para, sem dó nem piedade, atingir o 'Fénix'. Os vírus - e que vírus! - cravaram-se desalmadamente na pobre da avezinha já de si feita em cinzas. Computador para baixo, computador para cima, consertos e actualizações em série.
Amiúde, grãos de areia no email, prejudicando PC e tlm com gravidade.
Perdemos a conta das vezes em que, num período tão curto, este pc 'Asus' esteve de baixa, para submeter-se a delicadas intervenções às mãos dos especialistas informáticos.
E os leitores a julgarem que as ausências eram baldas nossas!
Outra: o leitor que experimente aceder à 'Fénix' através dos blogues que, amavelmente, nos colocaram entre os seus favoritos. Alguém bloqueou esses caminhos.
Mas a verdade é que, se os transtornos eram muitos e consideráveis, o entretimento proporcionado aqui ao pessoal correspondia-lhes.
Porra! Não é que estamos a importunar sevandijas, sibaritas, jagunços e feiticeiros da tribo, como acontecia naquelas 4 décadas?!
À medida que chegávamos ao previsto fim de mandato, crescia o desencanto do adeus. Até porque as ameaças a um tempo mauzonas e hilariantes que nos inundavam o correio electrónico, a par das centenas e centenas diárias de emails só para encher, tudo isso nos galvanizava.
Bom: que costuma dizer 'Meio Chefe' quando vai para fim de mandato? Isto: "Se pegam comigo, recandidato-me!"
Claro que ninguém pega com ele, a ver se se vai. Mas, à falta de argumento, ele queixa-se de estar a ser 'pegado' pelas pedras e recandidata-se mesmo.
Então nós, com quem pegam mesmo, porque os vírus não caem do céu, iríamos perder a ocasião para nova candidatura?!
Tal como sua excelência, estamos de todo desapegados do poder, por isso continuamos.
Enquanto há luta, há esperança.
Nota - Esta não é uma peta de 1.º de Abril. Prosseguimos de verdade. Os projectos absorventes não perdem pela demora.
2 comentários:
Caro lc
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Obrigado
caro Luis Calisto , o seu blog é uma lufada de ar fresco neste ambiente que se torna cada vez mais bafiento. pese embora o tempo e os trabalhos que o mesmo ocupa e provoca a sua continuação é importante nem que seja pelo incomodo que gera naqueles que se julgam inimputaveis e protegidos de toda a critica.
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