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terça-feira, 31 de julho de 2012

O que vai na Praça




Fugindo à paranóia da 'Judite' por incendiários




Cada vez se torna mais perigoso participar numa simples conversa de café



Cafés e esplanadas do Funchal: "A vida vai torta..."



A estação da parva 2012 continua sacudida por acontecimentos de impacto nos media, como a saga dos incêndios com todas as suas pavorosas incidências e leituras político-partidárias, o adiamento da festa da Herdade Chão da Lagoa e a visita do chefe das Angústias à exploração agrícola do sr. António Jacinto, esta terça, às cinco da tarde.
Porém, nem esses agitados números de circo despertam verdadeiramente a populaça da letargia de todos os anos por esta altura. Convivas aparvalhados, pois, nas mesas das esplanadas centrais do Funchal, eis o que encontrámos na manhã citadina.
- Que tédio! - balbuciou aquele funcionário público provavelmente o mais assíduo frequentador do café - Já não sei como consumir o tempo.


Futuro incerto até para os cafés

Os circunstantes continuam denunciadamente impassíveis, indiferentes. Apenas o contabilista sem trabalho, sem tirar os olhos do JM que folheia displicentemente, vai reagir um minuto depois.
- Enquanto pudermos contar com estas mesinhas do café, ainda temos onde pastar umas horas - diz ele.
Todos percebem o que o contabilista inactivo quer dizer. O antigo vendedor de tabaibos que conseguiu emprego como assessor-segurança de um conhecido quadro da praça aceita pronunciar-se.
- Pois, sabemos que até o raio dos cafés e das esplanadas têm os dias contados, mesmo estes daqui! Maldita crise!
O empregado, que fazia farinha na zona para matar o tempo ouvindo a conversa, neste ponto resolveu pôr-se a mexer, como que chamado por um cliente imaginário numa qualquer mesa deserta.
Ainda bem, pois seguiu-se uma série de trocas de informações nada simpáticas para o futuro laboral e até histórico no Largo da Sé e arredores.
Que ouvimos?

Um dos principais cafés da capital, ali bem no centro, já só faz pagamentos aos trabalhadores aí para o dia 14, 15 de cada mês, mesmo assim às prestações... E quanto a subsídio de férias, nem ver.
Outra tasquinha, carismática na zona, com o seu cafezinho à moda antiga e sanduiches de regalar, também só paga quando calha e o patrão não sabe se conseguirá segurar o negócio por muito mais tempo.
Há um restaurante num centro comercial que teve a ideia de proporcionar mini-pratos a 3,90 € e o negócio resulta, porque a clientela paga o almocinho - carne barata mas bem cozidinha para ficar tenra -, junta-lhe um copo de água e vai sobrevivendo, até que surjam melhores dias.


Nem um cliente às nove da noite!

O contabilista sem trabalho interrompe a linha da conversa, detendo-se numa página do JM.
- Isto é que são visitas que estes governantes fazem por aí! Visitam hortas, exposições, festas falidas, veredas e marinas... Tantos carros na comitiva gastando combustível... Tanta gente empatada o dia inteiro... polícias que fazem falta noutros serviços... E para quê?! Que resultado prático sai daquela m...?!
- Isto está tudo embeiçado, sem um cêntimo na algibeira - chispa um cicerone da velha guarda - Tenho passado acolá em baixo na Avenida, nove, nove e meia da noite... Pois não vejo um cliente que seja nos quiosques. Nem no bar nem nas mesas. E fecham, sei lá, meia-noite, uma da manhã! Se isto fosse Inverno, calava-me, mas é Verão. Há 30 e há 40 anos, era povo e mais povo a passear, a consumir ali. Não me venham dizer que estão todos em casa a ver a novela, porque na minha casa ninguém vê essas porcarias, todos se deitam às avé-marias, quase. Sair é que não, porque um café são 70 e 80 cêntimos.


Quiosques de jornais também definham

Os outros quedam-se mudos mais um minuto. E insiste-se na crise.
- Não são apenas os cafés e tasquinhas a morrer - avança o que antigamente vendia tabaibos à volta do mercado - As lojas de jornais seguem o mesmo caminho!
- Ah sim, não foi só o Mário a fechar o quiosque ao pé do turismo - faz o funcionário público mais assíduo do café - Outros quiosques vão na onda... E tabacarias, lojas, estão todos sem dinheiro sequer para os empregados!

Quem vai pagar esta situação caótica, ali na mesa? - ponderamos nós - Claro, os pobres dos políticos.

- E vão aqueles sanguessegas - o bancário respingão, reformado compulsivamente, não poupa o seu azedume ao apontar para o parlamento, mais abaixo - Lá vão eles de férias, hoje mesmo, para o Porto Santo ou para bordo de um cruzeiro, e quem fica na terra paga!

- Os do governo pelo menos pagam aqueles 20 euros por dia nas casas do Porto Santo - pica o contabilista, a ver se consegue acirrar mais os ânimos, o que não é difícil.
- Ora se pagam! - faz o ex-vendedor de tabaibos - Até o Quim Barreiros da Camacha andava de férias no Porto Santo enquanto o concelho de Santa Cruz ardia! E depois admirou-se com a vaia que levou dos gauleses!
- Quim Barreiros da Camacha? - admira-se o contabilista - Quem é esse...? Ah, já sei, o do acordeão na praça do peixe, dia 23 de Dezembro. O que escolhe a pente fino quem pode e quem não pode entrar no grupo de vozes maviosas que cantam na praça do peixe.
Volta o bancário respingão, reformado compulsivamente por inadaptação ao sistema de remuneração por objectivos, e interfere para não deixar perder a pancadaria nos deputados:
- Pois aqueles loucos, principalmente os que fazem o jogo do grande chefe, também mereciam vaia solene. Uma em cada dia de plenário.



Cala-te boca, por causa da 'Judite'!

O contabilista parou noutra página do JM.
- Ouçam isto, a propósito de incêndios e deputados. Diz aqui no jornal dos padres: "Fogos na Madeira chegam à comissão."
- Pois deviam chegar - diz muito depressa o empregado da esplanada, que parara por ali a ver no que ia dar a conversa - Os fogos deviam chegar era à casa toda, à Assembleia toda, e que não ficasse uma cadeira de pé!
- ... E com alguns daqueles 'chulos do jackpot' lá dentro, quantos mais, melhor!

Ouvimos a gravíssima declaração, mas garantimos pelas alminhas que não fixámos quem a proferiu. Nem quisemos perceber quem possui tais instintos incendiários. Inclusivamente, zarpámos daquele porto em busca do salvador aterro, antes que alguma conversa trocada levasse a 'Judite' do Ricardo Silva a nos intimar para depoimento. 
Eles até pagam para levar mais um incendiário ao chefe das Angústias!
É mais salutar arejar no aterro. Os outros que fiquem na esplanada, dormitando na pasmaceira da parva, esta silly season que prenuncia grossas asneiras no areal.

Cultura, Culturas




Medinilla magnifica






O meu jardinzinho é um género de sociedade das nações. Entre as plantas exóticas que muito estimo e trato com carinho, tenho a Medinila (Medinilla magnifica), indígena das Filipinas.
Este arbusto semi-lenhoso e epífito (no ambiente natural vive sobre outras plantas mas sem usar a seiva destas) possui ramos quadrangulares, tem folhas grandes, sésseis, coriáceas e cerosas, e produz inflorescências espetaculares de Junho a Outubro.
Nas hastes florais pendentes as vistosas brácteas cor de rosa protegem as corolas também róseas, que enquanto fechadas lembram uvas e ao abrir expõem os estames amarelos no segmento inferior e ligeiramente lilases na parte superior.
Uma beleza esta filipina!

Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal










Madeira ao Vivo




ALBUQUERQUE PROVA QUE NUNCA SERÁ UM DESEMPREGADO


 Edil funchalense ressabiado contesta com factos as insinuações do seu chefe



Se preciso for, o delfim mais temido por Jardim mostrará não ficar atrás de qualquer agricultor das Achadas ou do Faial. (Foto JM, claro)



Ao contrário do que vem apregoando chefe Jardim, o challenger Miguel Albuquerque na corrida à liderança do PPD não aumentará o dramático número de 23 mil desempregados na Madeira. Nem sequer dará despesa com subsídios do Desemprego.
Depois de haver revelado fina mestria no cultivo de rosas, conforme documento patente no Arco de São Jorge, o actual presidente da Câmara do Funchal dá claros indícios de não temer a saída do activo municipal que a limitação de mandatos lhe impõe já em 2013.
Nesta última segunda-feira, o popular edil apareceu em cima da terra para entregar mais 39 hortas a cidadãos interessados em trabalhar os poios. E aproveitou para mostrar como se pega numa enxada - obviamente na posição de 'descansar' e apenas para a fotografia.
Certo, Albuquerque não faz ideia de como se tira um rego ou para que serve a chapa de uma levada. Mas também é sem grandes conhecimentos que os autarcas normalmente cumprem dois e três mandatos nas câmaras: sem dinheiro para abrir uma vereda, o trabalho resume-se a entregar diplomas de cursos intensivos, organizar jantaradas de ressabiados e posar como deve ser para os fotógrafos dos jornais e revistas de cabeleireiro, como satiriza o outro.
O que queremos ver é se o chefe das Angústias, no dia em que sair da cadeira de ferro - e fazemos votos para que não aconteça tão cedo - será capaz de evitar o seu próprio desemprego, quando nem sequer sabe o que é uma enxada, quanto mais pegar-lhe no cabo!

Desporto



BENFICA COMEÇA TEMPORADA 2012/13 AO CONTRÁRIO




Golpe de teatro na Luz: sai Nelson Oliveira, ficam Cardozo, Djaló, Jorge Jesus e José Luís Vieira!




Aos 20 anos, na altura da explosão como ponta-de-lança produtivo, Nelson sai... por empréstimo!


Ao que dizem as últimas, o SL Benfica decidiu emprestar ao Deportivo da Corunha o jovem Nelson Oliveira, ponta-de-lança criativo que integrou a Selecção Nacional no último Europeu.
Nelson está com 20 anos, pesa 82 quilos e tem 1,86 m de altura. Além destas características invejáveis, vive actualmente a fase de explosão para uma carreira que se antevê abundante em classe de avançado e muitos golos. A próxima temporada, já em marcha, será de grande produtividade para o rapaz de Barcelos, se não houver surpresas.

Numa palavra, e caso pertencesse a outro emblema, seria o ponta-de-lança ideal para o Benfica contratar pela quantia que visse disponível no cofre, ainda que à custa de sacrifícios na área financeira. Poderia muito bem acontecer caso o moço desse pelo nome de Salvio e andasse pelo Atlético de Madrid.
Mas este Salvio vem de lá para cá, enquanto Nelson Oliveira vai de cá para lá.

Bem se pode concluir que o Benfica decidiu arrancar para a nova temporada com a carroça para um lado e os bois para outro. Jorge Jesus e José Luís Vieira, essas sumidades da ciência futebolística, justificaram a cedência do jogador ao Corunha: se ficasse em Lisboa, jogaria pouco...

Ao jovem Nelson Oliveira, saiu mais ou menos um euromilhões. Vai experimentar um campeonato onde enfentará defensivas mais consistentes do que as do Paços Ferreira, Olhanense, Gil Vicente, Sporting e por aí fora. E, mais importante, vê-se livre de um treinador e de um presidente que percebem tanto de bola que tomam decisões como a da dispensa em apreço.
O eixo do ataque do Benfica de Lisboa fica portanto entregue a Óscar Cardozo e ao Yannik Djaló (se este não derivar mesmo para defesa direito ou guarda-redes). O primeiro, embora sempre em campo, alinha de quatro em quatro jogos, quando lhe aparece a bola a jeito do pé esquerdo (mas não em cima do golo, porque aí falha sistematicamente). Nos outros jogos não se dá por ele e esfalfam-se pela bola os 10 companheiros.
Djaló rende mais, a vender capas de revista graças ao curioso penteado e às belas namoradinhas, conforme o momento - e bom proveito.

Os benfiquistas, presume-se, devem interrogar-se a esta hora: por que não ficou Nelson Oliveira? Por que raio, em vez do rapaz, não seguiram para o norte de Espanha Cardozo, Djaló e Jorge Jesus?

Resta uma esperança. Consoante o andamento dos campeonatos, o Benfica poderá mexer-se no mercado de Inverno para comprar (desconhecemos o contrato do empréstimo) o jovem Nelson Oliveira ao Corunha. Em troca, seguiriam para lá o paraguaio Cardoso, Djaló com o penteado e a namoradinha, Jorge Jesus e, para contrapeso, José Luís Vieira. Com algum dinheiro por cima, que o Depor não é parvo.

Com estas medidas, e só com estas, o Benfica não só passaria a jogar melhor como até poderia sagrar-se campeão nacional.




Cardozo continuará como goleador de acerto, aquela eterna lotaria que às vezes bafeja uma equipa enigmática e que, com ele no onze, joga com dez.

Djaló apresenta sempre motivos para capa sensacionalista nas revistas do coração.







Melhor para o Benfica seria ficar com Nelson Oliveira e despachar Jesus, mais a sua visão de homem do futebol, para cascos de rolha mais velho.

Não aparecerá no mercado de Inverno um clube interessado em contratar um presidente que lhe destrua os pergaminhos? O Benfica vende um, com provas dadas na matéria.


segunda-feira, 30 de julho de 2012



BES VINGA NA VENEZUELA


O banco tenciona inaugurar mais de 30 agências naquele país




Em contraciclo, levando em conta o estado crítico da finança mundial, o Banco Espírito Santo singra de forma surpreendente na praça venezuelana.
Pelo que soubemos, a representação daquela instituição em Caracas conseguiu penetrar com êxito na praça financeira do país anfitrião, tendo granjeado simpatia e prestígio junto quer da potencial clientela quer dos patamares governamantais.
Os reponsáveis máximos do 'Espírito Santo', cujo membro na Venezuela é o madeirense João Alexandre, tencionam abrir entre 30 e 40 agências naquele país, o que atesta o impacte positivo do banco em terras latino-americanas. 


Com a devida vénia ao 'Público', reproduzimos o esclarecedor artigo do jornalista Tolentino de Nóbrega sobre os dinheiros para o Rali... que chefe Jardim depachou sem reparar no montante. Mais meio milhão, menos meio milhão... Atenção também a outra singularidade: os nomes do regime que aceleraram, estes dias.




Jardim disse desconhecer subsídio de meio milhão
que deu ao rali da Madeira


 





O Governo Regional da Madeira concedeu um subsídio de 500 mil euros ao Rali Vinho da Madeira, que decorreu este fim-de-semana na ilha. A resolução que autoriza a celebração do protocolo com a entidade promotora da prova, o Club Sports Madeira, tomada em conselho de governo a 21 de Junho e publicada no Jornal Oficial, tem a assinatura do próprio presidente do executivo, Alberto João jardim.
Porém, Jardim, na visita realizada na sexta-feira ao parque de assistências do rali, antes das viaturas concorrentes iniciarem a prova, garantiu que desconhecia o valor do contrato-programa celebrado pelo Governo Regional com o Club Sports Madeira, nada adiantando também sobre outros apoios concedidos por entidades públicas regionais, como o Instituto do Vinho. “Como eu não sou o pagador do Governo, tem de procurar o pagador do Governo para saber essa resposta", disse, quando questionado pelo Diário de Notícias funchalense.
O protocolo outorgado por Jardim produzirá efeitos desde a data da realização das despesas, ou seja, desde a data da sua assinatura, e até 30 de Novembro de 2012, adianta a resolução nº 434/2012.
O subsídio é justificado com o facto do Rali Vinho da Madeira ser “o maior evento automobilístico socio-desportivo com carácter anual que se realiza na Madeira há sensivelmente meio século e que está integrado no campeonato da Europa de Ralis” e por “contribuir para a promoção e divulgação do destino” turístico.
Apesar das dificuldades financeiras que afectam a região e o sector automóvel na Europa, Jardim garantiu que o rali é para continuar no futuro, independentemente da redução de despesas e dos cortes nos subsídios ao desporto a que está obrigado pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da Madeira.
Excluído no ano passado do calendário do Intercontinental Rally Challenge para as temporadas de 2011 e 2012, por incumprimento do contrato com a sua promotora, a Eurosport Events, o Rali Vinho da Madeira esteve este ano sob a ameaça de não sair para a estrada devido aos incêndios que atingiram a região e devido a não estarem assegurados os serviços da Policia de Segurança Pública, por estar em dívida o policiamento da prova do ano passado, questão que à última hora foi ultrapassada com a intervenção do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.
Do rali, que terminou no domingo, com 19 dos 39 concorrentes, saiu vencedora a dupla Nuno Magalhães/Nuno Silva. Em segundo ficou o madeirense Victor Sá, tendo por co-piloto Pedro Calado, vereador da câmara do Funchal, e em terceiro, João Magalhães, da Direcção Regional de Estradas. Mário Oliveira, ao lado do eurodeputado madeirense Nuno Teixeira, ganhou o Open de ralis. Na prova organizada pelo Clube Madeira, presidido por Paulo Fontes, vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, participou outro político madeirense, Daniel Figueiroa, director regional de Infra-estruturas e Equipamentos.





Curso sobre Flora Indígena e Exótica da Madeira - Inscrições até 3 de Agosto





As inscrições para o "Curso sobre Flora Indígena e Exótica da Madeira" terminam na próxima Sexta-feira, 03 de Agosto.
Inscrições – Quinta Jardins do Lago até 03 de Agosto de 2012
Morada – Rua Dr. João Lemos Gomes nº 29 / 9000-208 Funchal
Telefone – 291750100
E-mail –
info@jardins-lago.pt
Site – www.jardins-lago.pt
Facebook – http://www.facebook.com/QuintaJardinsdoLago




Madeira ao Vivo



Crise dá cor ao Funchal


Noutros Julhos, não há vivalma na baixa funchalense. Este ano, porém, não há quase Porto Santo, não há Canárias.
Ganha a capital madeirense, ganham as actividades com cheiro a salgado.
Imagens captadas nesta manhã de segunda-feira.
































Delícias da Madeira Nova




Chefe resolveu fazer-nos meia vontade



Muito esperto, o sua excelência das Angústias


Chefe ainda dá estopada em meia dúzia, muito longe das multidões de outrora. Mesmo assim, em zonas tranquilas, onde os guarda-costas estão descansados. (Foto JM)



Tínhamos pedido ao das Angústias que se deslocasse neste fim-de-semana que passou aos adros das igrejas onde enfrentar as populações que ficaram sem nada depois dos recentes incêndios. Agora, sim, fazia sentido a demagogia.
Pois bem: sua excelência satisfez-nos meia vontade. Pegou na comitiva habitual e meteu-se à estrada, comparecendo na saída das missas para falar aos fiéis.
Mas... Pois, o homem ficou-se pela metade. Esteve em adros, mas no Monte, nos Canhas e na Ponta do Sol.
Isto é, dirigiu-se a meia dúzia de cidadãos que nada sofreram com os incêndios. Ora, assim também eu, dirá o ressabiado.
O que gostaríamos de ver era sua excelência numa saída de missa em Gaula. Ou em Santa Cruz. Ou na Camacha, de preferência perto da Nogueira. Aí sim.

Bom, fica para a próxima, valente narciso das Angústias. Quando os ânimos estiverem arrefecidos.
Espertalhão!

Delícias da Madeira Nova



ELE FESTA...








ele é expo
ele é feira
ele é gastronomia
ele é idosos
ele é peixe-espada
ele é anona
ele é maçaroca
ele é caçarola...
ele é... simplesmente campanha do candidato paga por todos nós

http://www.sra.pt/


Caso para dizer: isto é que é governar!

E atenção que não se trata somente do secretário do Ambiente Manuel António Correia. As férias vitalícias são transversais a todo o desgoverno regional, com saliência para o chefe.


Jogos Olímpicos



MAIS UM PORTUGUÊS DE REGRESSO A CASA





João Pina acaba de ser eliminado. O judo lusitano caiu com estrondo. Agora às mãos de um ucraniano.

Delírios da Madeira Nova




"LEIS TONTAS", SIM SENHOR


...Mas por motivos muito distintos dos apregoados por sua excelência


Chefe da tabanca mantém-se na esteira do "terrorismo incendiário". E assim continuará enquanto não sentir que os holofotes saíram das culpas que ele próprio tem na saga dos incêndios.
Eles andaram por aí a deitar fogo - brada ele - e apesar de serem apanhados continuam soltos. Mais: o homem das Angústias até já decretou que se trata de uma 'rede incendiária'. Sherlock Holmes pelas portas!
A conclusão do chefe da tabanca parece lógica: se apanharam os terrorristas incendiários, são "tontas" as leis que os mandam soltar imediatamente.
Há um pormenor porém, chamado presunção de inocência. Ninguém pode ser condenado antes do julgamento. E só em caso de indícios praticamente irrebatíveis é que se deve conservar os suspeitos em prisão preventiva. Nenhuma lei do mundo pode meter alguém 'dentro' só por conveniência. Nem mesmo que seja sua excelência das Angústias a precisar de prisões vistosas que desviem as atenções das claras responsabilidades do seu desgoverno precisamente nesta matéria de incêndios.
Toda a gente vê a ineficácia oficial na limpeza dos terrenos públicos e na exigência de prevenção junto dos particulares.

Enfim: quando se descobrirem os 'artistas' do lume, que as penas sejam aplicadas sem contemplações nem atenuantes, que as não pode haver a não ser em caso de loucura provada.
Mas, entretanto, a lei indica o procedimento com quem aguarda julgamento e sentença.
'Dura lex sed lex'.


E as riquezas inexplicáveis? E os apelos à violência? E os assassinatos de carácter? 'Leis tontas', claro!

As leis portuguesas são verdadeiramente 'tontas' mas, isso sim, quando não obrigam as polícias e o MP a cumprirem-nas doa a quem doer. Por exemplo, ao se aperceberem de que se tenta decretar uma 'caça às bruxas' para sacudir culpas próprias, ocupando nessa farsada os efectivos competentes - porque isso é obstrução à Justiça.
'Tontas' são as leis que não põem as polícias e o MP em campo, obrigatoriamente, quando vêem debaixo dos olhos ostentação de riquezas que não podem ter caído do céu. Quando ouvem apelos à violência saírem da boca para fora de gente que goza indevidamente de impunidade político-social. Quando lêem ofensas diárias a cidadãos que pagam os seus impostos, nunca fizeram mal a ninguém mas sofrem na pele por não se deixarem vergar por ditadores como esse narciso compulsivo que mora nas Angústias há 30 anos. Leis 'tontas' são as que permitem passear no estrangeiro com dinheiro público enquanto o povo passa fome, manda os pequenos para a escola sem livros nem dinheiro para o lanche, e enquanto fecham negócios comerciais uns atrás dos outros, levando casais para o abismo do desemprego.

Essas "leis portuguesas tontas" é que deviam merecer reflexão profunda.
Entretanto, só servem para sua excelência ir despachando para outros as suas fatais calinadas, que tanto prejudicam o povo que o elegeu. 

domingo, 29 de julho de 2012





Um inesquecível e vitorioso bis na maior corrida automobilística da Madeira. (Imagens RTP)



BRUNO MAGALHÃES VENCE RALI


Vítor Sá/Pedro Calado na segunda posição



Para a história da prova, os três primeiros pares da classificação final.



Cortaram a meta final neste domingo os concorrentes que conseguiram valentemente aguentar todas as classificativas de mais um Rali Vinho Madeira.
Bruno Magalhães conseguiu brilhantemente repetir a vitória do ano passado, apesar da situação de desemprego que o apoquenta faz tempo.
A dupla madeirense Vítor Sá/Pedro Calado agarrou-se à segunda posição, também importante e compensadora do esforço empregue.


Pedro Calado e Vítor Sá estiveram quase, quase a beber do champanhe de primeira.


RTP-Madeira entre os vencedores

'Fénix' envia parabéns aos vencedores e mesmo àqueles que evidentemente não tinham máquina para ganhar. Felicitações extensivas à organização, público, entidades envolvidas na segurança e meios de comunicação que cobriram a carismática prova - com destaque para o trabalho desenvolvido estes dias pela RTP-Madeira, estação que se saiu muito bem da missão que lhe compete. Assim se prova quão imprescindível é o centro regional que produz televisão pública.


A RTP-Madeira realizou cobertura de qualidade. O próprio chefe do executivo comprometeu-se com rasgados elogios ao centro regional, aliás justíssimos.

As observações críticas dos comentadores da RTP-M durante a reportagem da chegada e cerimónias do champanhe, a propósito das dificuldades levantadas a câmaras e repórteres na zona do podium, foram oportunas. Se o Rali da Madeira é festa na estrada e público na serra, uma prova automobilística desta envergadura também tem de ser televisão.
Já McLuhan dizia, com toda a razão, que "o meio é a mensagem". 



Jogos Olímpicos






O NOSSO MARCO FREITAS FULGURA EM LONDRES






Marcos Freitas apurou-se neste domingo para a terceira ronda do torneio masculino de ténis de mesa nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, ao arrasar o dominicano Ju Lin por um concludente 4-0.
Exibição poderosa do madeirense que deu ânimo à representação portuguesa em todas as modalidades.
Marco Freitas é 31.º do ranking mundial e apenas precisou de 27 minutos para 'despachar' Ju Lin, 99.º, pelos parciais de 11-6, 11-5, 12-10 e 11-3.
Portugal festejou a entrada fortíssima do seu atleta e nós, desde o Funchal, enviamos a Marco aquele abraço de felicitações e votos de um resto de prova em grande e ao seu nível.

Delírios da Madeira Nova




DESGOVERNO ESFARRAPADO, POBRE E CONFIADO


Usando o chapéu alheio, 'coveiros da Autonomia' prometem apoios irrealizáveis

Os madeirenses desceram de 'povo superior' a 'patas rapadas'. Chefe das Angústias caiu de 'inaugurador' para 'visitador'.



Será que sua excelência anda pelos adros esta manhã nas freguesias afectadas pelos incêndios? Agora é que fazia sentido...


Secretários do pseudo-governo regional saltitam de freguesia em freguesia prometendo às vítimas dos incêndios, mas longe delas, auxílios financeiros de concretização impossível. É questão de se perguntar a quem perdeu familiares e haveres há dois anos e meio, no 20 de Fevereiro, quantas ajudas prometidas foram atiradas para as calendas gregas.
Então, Manuel António, Jardim Ramos, Ventura Garcês e até chefe Jardim, este último em acções prudentemente fora de alcance dos 'patas rapadas', ei-los que se metem nos carros pretos a espatifar combustível pela ilha dentro, em passeios de resultados práticos iguais a zero.
Os homens pretensamente executivos necessitam de preencher o tempo, já que em certos dias começam a faltar festas da nêspera, exposições e entregas de diplomas de lavores - onde possam aparecer com a comunicação social em peso atrás.
De facto, inventar programas de visitas que façam o lugar daquelas inaugurações que nos tempos do cimento faziam as delícias dos 'coveiros da Autonomia' afigura-se cada vez tarefa mais difícil. Pelas nossas contas, não há vereda, tabuleta de vereda, pavilhão de cabras em parque empresarial, aterro, desaterro, beco ou o 'raio que parta' estas agendas provincianas que eles não tenham 'visitado' já três ou quatro vezes. A ilha é pequena.
Mas por aí não vai o gato às...

O problema é quando os sujeitos da gravata comparecem perto de gente desgraçada pela desgovernação destes 30 anos, com as conhecidas calamidades pelo meio, e se põem a prometer 95% de ajudas a fundo perdido para isto, 100% de apoios a fundo perdido para aquilo, linha de crédito bonificado para aqueloutro...
Isto é gozar com o cidadão já de si vilipendiado pelo desgoverno.

Chefe das Angústias não tem dinheiro para despesas correntes e todos os meses é um sufoco enquanto Vítor Gaspar e os tecnocratas alfacinhas das contas não despacham o dinheiro da Função para cá. Os credores do desgoverno, mesmo aqueles considerados aparelhistas, andam por aí a carpir mágoas à conta de balúrdios por receber.
Mais elucidativo ainda será recordar que os desgovernantes prometem mundos e fundos quando nem autorização para mexer num cêntimo têm!

O mais engraçado ainda, para quem chegue aí de visita e não conheça o meio surreal que o laranjal criou, é ver-se grande chefe encher o peito flácido e 'fazer-se de fino' perante o programa de ajudas que os seus correligionários Passos Coelho, Relvas e Gaspar delineiam nas capitais do reino. 'Bom', desdenha o rei das Angústias diante dos microfones que não o largam, 'eles em Lisboa prometem ajuda aos municípios do Continente e de cá ultimamente afectados por incêndios, mas não sei, há que ver, nunca se sabe, porque é preciso as câmaras comparticiparem, vamos ver, não digo ainda que sim nem que não...'

De gargalhada! Nem dinheiro para comparticipar num plano de ajudas se este desgoverno garante às câmaras. E andam eles por aí de carro preto a prometer tanto àquele, mais tanto ao outro...

Um conselho a quem precisa de ajuda: façam como outros nestes 10 ou 15 anos, fiem-se na palavra dos mentirosos compulsivos que desgovernam a tabanca, entrem em despesas à conta das promessas e depois verão como é que se aumentam as dívidas.

Pergunta para este domingo: o rei das Angústias terá ido nesta manhã de sol pregar homilia no adro de alguma igreja?
Agora é que isso fazia sentido: esperar pela saída das missas nas freguesias mais afectadas pelos incêndios e dirigir-se àqueles que ficaram sem nada.
...Sempre com dose dupla de chuis na segurança e carro de motor a trabalhar, porque há sempre uns ingratos.

sábado, 28 de julho de 2012

Delícias da Madeira Nova




Bombeiros ribeirabravenses 'apagam' truque do regime



Jardim vai ao terreno aproveitar-se dos bombeiros e estes nem põem os pés no local



Estava tudo bem congeminado. Uma festinha para tirar dinheiro com destino aos bombeiros da Ribeira Brava e sua excelência comparecia no local para um número de branqueamento: tudo boas relações, isso dos ataques aos homens da corporação foi tudo invenção dos ressabiados e da imprensa. O costume.
Enganaram-se. O chefe das Angústias habituou-se a enxovalhar tudo e todos à vontade, ciente de que, a um gesto seu, os enxovalhados correm a beijar-lhe a mão, ansiosos por não estarem de mal com o Único Importante.

Desta vez, tratava-se de fazer esquecer as ofensas do grande chefe proferidas na crise dos incêndios e nos dias seguintes, em pleno rescaldo, com a ideia de afastar para longe as críticas ao irresponsável governo que nada faz pela prevenção de fogos.
A festinha marcou-se significativamente para o Lugar de Baixo. Era mdois em um: pazes com os bombeiros e um jeitinho à marina, a tal.

Os bombeiros não foram na 'canção de embalar'. Ofendidos como foram, acusados de terroristas incendiários e tratados por 'patas rapadas' pelo inquilino das Angústias, pura e simplesmente não compareceram. E mais gente importante do concelho da Ribeira Brava ficou à distância da farsada.

O chefe, para não desarmar perante a grande desconsideração, ainda prestou umas declarações, dizendo que não fora ali para cumprimentar bombeiros e negando a vaia que os rapazes hoje ausentes lhe haviam dedicado semanas atrás, num acto público.
Absolutamente desconcertado, inventou uma visita à marina, para falar da oposição e fazer esquecer a grande 'tampa' dos bombeiros.

Os tempos mudam e ainda aqui vamos.
Sua excelência começa a perceber que o terror que antigamente espalhava por aí se transformou num gozo pegado.





PICO DO AREEIRO








Gosto muito da Madeira. Gosto muitíssimo do Pico do Areeiro. Rara é a semana que não subo até ao terceiro pico mais alto da ilha para  cuidar das espécies indígenas, que a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal tem vindo persistentemente a plantar desde Outubro de 2001.
Hoje, porque a estrada entre o Terreiro da Luta e o Chão da Lagoa esteve encerrada a partir das 07h e 40m devido a duas provas de classificação do Rali Vinho da Madeira, que consome 500.000€ do erário público e não  atrai  mais duma centena de turistas, subi um pouco mais cedo com os meus companheiros para matar a sede das plantinhas.
Quando chegámos ao Campo de Educação do Cabeço da Lenha já o sol tinha emergido do mar de nuvens e os raios tingiam de vermelho as rochas vulcânicas da cordilheira central.
Já com mais de duas horas de rega começaram a ecoar as sirenes dos vários carros da segurança, anunciando aos aficionados a passagem dos bólides. Pouco depois, abaixo do nosso terceiro anel passaram cinco máquinas voadoras. Seguiu-se um intervalo maior e logo os espetadores perceberam que o caríssimo Lótus não era flor para aquela altitude.
Terminada a rega e erradicados mais uns tantos tojos invasores, fomos observar o estado da nossa plantação mais alta quase no topo do Pico do Areeiro. Entretanto, a estrada tinha reaberto e os turistas começaram a aparecer para um passeio a pé ou apenas para desfrutar das soberbas vistas.
Embora ainda se mantenham muitas marcas do terrível incêndio de Agosto de 2010, a paisagem natural continua linda e é uma das maiores atrações da Madeira.
Mas se não bastasse o mastodôntico balão que encobre o radar militar e macula irremediavelmente o ambiente,  as papeleiras no parque de estacionamento estão cheias há mais de uma semana e o mau cheiro que exalam compete negativamente com o desagradável odor que sai das casas de banho localizadas no rés-do-chão do novo edifício público que alberga o centro de interpretação da Freira da Madeira, um bar e uma loja de artigos regionais.
O projetista do edifício esqueceu-se dum espaço para o ecoponto, que a Câmara de Santana acabou por colocar no exterior mas apenas com dois contentores para resíduos indiferenciados e um contentor para vidro.
As boas vindas aos turistas e aos madeirenses que visitam o Pico do Areeiro não se ficam por aqui. O elevador para cadeiras de rodas e carrinhos de bebé apenas funcionou no dia da inauguração. Há pouco senti vergonha quando um jovem casal de turistas me pediu ajuda para colocar  naquele meio de transporte o carrinho do seu filho e tive de lhes dizer que o equipamento não funcionava, porque pura e simplesmente está desligado.
Pico do Areeiro, 28.07.2012. O dia amanheceu lindíssimo. A paisagem natural aguardou até à tarde pelos turistas, que nem sabiam que havia rali e tiveram de esperar horas para  visitar o Sítio da Rede Natura 2000.

Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal




















A IGREJA DE JARDIM/CARRILHO E A CRISE DILACERANTE




O arcebispo de Braga admoesta políticos que exploram o povo faminto; o bispo do Funchal vai falando de fé





D. Jorge Ortiga avisa não ter receio de criticar os políticos que ganham o que ganham e recebem para viajar e participar em reuniões.


D. Jorge Ortiga diz que as medidas de austeridade "são demasiado pesadas" e que o povo não aguenta mais. O aviso dirige-se à casta governativa portuguesa.
Para justificar os golpes dolorosos no fraco poder financeiro das classes mais baixas, o governo costuma dizer que as medidas restritivas são aplicadas proporcionalmente a todos. D. Jorge, presidente da Conferência Episcopal da Pastoral Social, argumenta: "A luz sobe para todos, a água sobe para todos, os transportes sobem para todos, o IVA nos bens básicos sobe para todos", porém é necessário notar que "100 euros num mês a mais nas coisas pode ser pouco para uma pessoa, mas para outra, cinco ou seis euros a mais por mês pode ser muito".
É falso que todos estejam a fazer o mesmo esforço - acentuou D. Jorge - "Começo a convencer-me de que as medidas são demasiado pesadas para um determinado tipo de pessoas."

O também arcebispo de Braga participou ontem numa conferência em Famalicão sobre "o papel da Igreja em tempo de crise", e aproveitou para pedir transparência aos políticos.


Arcebispo exige aos políticos que falem do que ganham e das mordomias



"Devemos saber e devemos exigir aos governantes que digam exactamente quanto é que ganham por mês, que secretários têm, quantos motoristas têm, quanto é que pagam por cada reunião", preconizou na sua intervenção D. Jorge. Que forneceu ainda um exemplo: "Se forem para Guimarães Capital Europeia da Cultura, tem gente que ganha um x para vir uma vez ou outra, mas depois ainda tem ajuda nas deslocações, ainda recebem por cada participação numa reunião, 500 euros digamos
 assim". "Isto continua a acontecer."

O bispo das Quatro Fontes é homem de fé e chega.



Regionalizando tal estado de coisas, cabe perguntar: Que faz o bispo do Funchal para indiciar algum "papel da Igreja em tempo de crise"?
Zero. À esquerda.
Vai falando de fé, amor ao próximo, perseverança - enfim, limita-se a doutrinar gente crescida como fazem as catequistas com as criancinhas.
Fé, muita fé, e então depois muita fé outra vez!
Ainda nesta manhã de sábado, D. António presidiu na Sé Catedral à cerimónia de ordenação de 4 padres e não aproveitou esse ensejo para uma palavra de alerta que acorde os políticos. Nem um gesto para com a população desesperada numa situação político-social-económica prestes a descambar para consequências imprevistas.
O homem repetiu palavras ocas sobre uma "festa da fé" e a missão do "discípulo de Cristo" de transmitir a "fé aos cristãos".
Fé e mais fé, mais o ano da fé, a "vivência profunda da fé", e ainda a "crise da fé".

Com esta mentalidade, como se pode ter fé?!
E um incentivo aos políticos para que cortem nos seus próprios vencimentos em benefício da crescente camada popular que passa fome? E o murro na mesa para que os responsáveis façam estancar o desemprego, a pobreza, o regresso da emigração?
O arcebispo de Braga propõe medidas políticas que aliviem a sociedade.
Já o bispo de cá não se pode aventurar muito, porque só tem responsabilidades no papel. Jardim é que acumula os cargos de chefe do governo e da igreja, saindo das Angústias os lembretes aos padres, ou padrecos, que pisem o risco.
É por isso que o bispo das Quatro Fontes, a esta hora refastelado num almoço de abade para comemorar as ordenações da manhã deste sábado, deixou também a sua mensagem ao povo faminto que o ouvia na Sé: visitem a exposição da "Bíblia em festa" que estará disponível ao público de Outubro a Janeiro na Calheta, em Machico e no Funchal.

Impressionante.
Ou é do malho...
 
 
 
Mas não nos espantemos com a frieza e o alheamento de António Carrilho. Com poucos meses de bispado no Funchal, percebeu-se o espécime destacado para substituir outros que tais, os que o antecederam, e o estilo em ordem ao relacionamento perfeito com as Angústias: à medida perfeita.
Depois, outro pormenor que não se nos afigura dispiciendo, pelo contrário, merecia estudo adequado: não é só o bispo das Quatro Fontes a ignorar o estado calamitoso da sociedade madeirense. Prelados que se revelam tão revolucionários no Continente, alguns com mitra vermelho vivo, quando aqui vêm de visita, passam das Desertas para cá e perdem a memória do que ouviram sobre a ditadura e as misérias da Madeira.
Ou é do malho...