AS CINZAS DA MORTE
E
AS CORES DA VIDA
Quinta do Palheiro, esta manhã de quinta-feira. |
A Quinta do Palheiro Ferreiro é uma das jóias do património da Madeira. Há cerca de trinta anos que estudo as cerca de 700 espécies de plantas que povoam a mais emblemática quinta madeirense, presença frequente nos melhores manuais de jardins da Europa.
Depois duma noite muito mal dormida subi pela manhã até um dos meus refúgios prediletos para com os meus olhos constatar o estado do jardim e do arboreto.
Como é possível confirmar pelas fotografias, no Ribeiro do Inferno, na área do Avista Navios e na zona da entrada principal a vegetação sofreu graves danos. No Main Garden, no Long Border e no Jardim da Senhora toda a flora está intacta. A casa da família Blandy e a Casa Velha do Palheiro não foram atingidas pelo lume.
Um pouco mais sossegado regressei a casa, mas logo comecei a ouvir as notícias do pânico das populações das freguesia de Gaula e da Camacha. Neste momento, com esta temperatura elevada, vento forte e humidade relativa tão baixa, lembro-me duma frase do presidente Ronald Regan, quando na Califórnia o questionaram sobre a estratégia para combater um terrível fogo: “Rezem para que chova!”
Mas depois da extinção do fogo, há muito para fazer de forma a reduzir a frequência e a intensidade dos incêndios florestais no Verão, e das aluviões no Outono e Inverno. Chega de discursos inflamados, de arrogância e de protagonismos bacocos.
Os madeirenses terão de escolher entre as cinzas da morte e as cores da vida!
Raimundo Quintal
2 comentários:
Estes incendios so interesses a quem vai pedir apoios. Como pode Haver tantos incendios dispercos ao mesmo tempo ? La vai o governo regional pedir mais ums milhoes. Desculpem mas isto e demais!
Onde é que se pode pedir isso?
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