DESGOVERNO ESFARRAPADO, POBRE E CONFIADO
Usando o chapéu alheio, 'coveiros da Autonomia' prometem apoios irrealizáveis
Os madeirenses desceram de 'povo superior' a 'patas rapadas'. Chefe das Angústias caiu de 'inaugurador' para 'visitador'. |
Será que sua excelência anda pelos adros esta manhã nas freguesias afectadas pelos incêndios? Agora é que fazia sentido...
Secretários do pseudo-governo regional saltitam de freguesia em freguesia prometendo às vítimas dos incêndios, mas longe delas, auxílios financeiros de concretização impossível. É questão de se perguntar a quem perdeu familiares e haveres há dois anos e meio, no 20 de Fevereiro, quantas ajudas prometidas foram atiradas para as calendas gregas.
Então, Manuel António, Jardim Ramos, Ventura Garcês e até chefe Jardim, este último em acções prudentemente fora de alcance dos 'patas rapadas', ei-los que se metem nos carros pretos a espatifar combustível pela ilha dentro, em passeios de resultados práticos iguais a zero.
Os homens pretensamente executivos necessitam de preencher o tempo, já que em certos dias começam a faltar festas da nêspera, exposições e entregas de diplomas de lavores - onde possam aparecer com a comunicação social em peso atrás.
De facto, inventar programas de visitas que façam o lugar daquelas inaugurações que nos tempos do cimento faziam as delícias dos 'coveiros da Autonomia' afigura-se cada vez tarefa mais difícil. Pelas nossas contas, não há vereda, tabuleta de vereda, pavilhão de cabras em parque empresarial, aterro, desaterro, beco ou o 'raio que parta' estas agendas provincianas que eles não tenham 'visitado' já três ou quatro vezes. A ilha é pequena.
Mas por aí não vai o gato às...
O problema é quando os sujeitos da gravata comparecem perto de gente desgraçada pela desgovernação destes 30 anos, com as conhecidas calamidades pelo meio, e se põem a prometer 95% de ajudas a fundo perdido para isto, 100% de apoios a fundo perdido para aquilo, linha de crédito bonificado para aqueloutro...
Isto é gozar com o cidadão já de si vilipendiado pelo desgoverno.
Chefe das Angústias não tem dinheiro para despesas correntes e todos os meses é um sufoco enquanto Vítor Gaspar e os tecnocratas alfacinhas das contas não despacham o dinheiro da Função para cá. Os credores do desgoverno, mesmo aqueles considerados aparelhistas, andam por aí a carpir mágoas à conta de balúrdios por receber.
Mais elucidativo ainda será recordar que os desgovernantes prometem mundos e fundos quando nem autorização para mexer num cêntimo têm!
O mais engraçado ainda, para quem chegue aí de visita e não conheça o meio surreal que o laranjal criou, é ver-se grande chefe encher o peito flácido e 'fazer-se de fino' perante o programa de ajudas que os seus correligionários Passos Coelho, Relvas e Gaspar delineiam nas capitais do reino. 'Bom', desdenha o rei das Angústias diante dos microfones que não o largam, 'eles em Lisboa prometem ajuda aos municípios do Continente e de cá ultimamente afectados por incêndios, mas não sei, há que ver, nunca se sabe, porque é preciso as câmaras comparticiparem, vamos ver, não digo ainda que sim nem que não...'
De gargalhada! Nem dinheiro para comparticipar num plano de ajudas se este desgoverno garante às câmaras. E andam eles por aí de carro preto a prometer tanto àquele, mais tanto ao outro...
Um conselho a quem precisa de ajuda: façam como outros nestes 10 ou 15 anos, fiem-se na palavra dos mentirosos compulsivos que desgovernam a tabanca, entrem em despesas à conta das promessas e depois verão como é que se aumentam as dívidas.
Pergunta para este domingo: o rei das Angústias terá ido nesta manhã de sol pregar homilia no adro de alguma igreja?
Agora é que isso fazia sentido: esperar pela saída das missas nas freguesias mais afectadas pelos incêndios e dirigir-se àqueles que ficaram sem nada.
...Sempre com dose dupla de chuis na segurança e carro de motor a trabalhar, porque há sempre uns ingratos.
4 comentários:
Resumindo: passámos de uma inaugurocracia para uma visitocracia.
Enfim, mais uma despromoção para o jardinal.
Nem mais: na saída das missas é que era.
Uma caravana de carros pretos com bandeirinhas, batedores, fatinhos Boss , óculos de sol, para enfrentar a luminosidade própria de ilhas mediterrânicas, emprestava uma dimensão digna de visita do Pres. Obama a um teatro de operações, mas sem resultados. Caso fosse para tê-los seria um jeep (eventualmente mais um com as pessoas que estão no terreno)e aí, sim, conhecia-se in loco a triste realidade. A comunicação social conheceria, mais tarde,os resultados da visita onde se anunciavam medidas. Opinião pública adulta duvidaria, com fundamentadas razões, de medidas que envolvem-se milhões de euros pois interditos, como estão, de mexer em dinheiro promessas dessas são falsas.
Assim estou em crer que, caso s.exa., na juventude, lhe tivesse cabido em sorte combater nas picadas africanas iria para o mato de farda nº1 e espada à cinta. Lindo ia! Ganhava a guerra pela gargalhada que provocaria ao IN.
Caro Doutor
Ele ia para o mato? Só se fosse para se entregar ao IN!
Desculpe Calisto sejamos verdadeiros. O homem não se entregaria estamos todos a ver quão útil, para todos nós, seria a sua resignação mas ele, o pirrónico presidente, segue em frente. Deslocava-se com um batalhão a protege-lo, aviões no ar, e marinha nos rios. Assim é que era!
Enviar um comentário