Alô, RTP!
No seguimento das peças que publicámos há pouco, eis uma notícia sobre novo escândalo que ensombra a já moribunda existência da RTP.
Guilherme Costa, mandarete do madeirense Grupo Sousa (que faz a sua parte aproveitando a oportunidade), passa incólume nos balúrdios que recebe enquanto presidente da RTP, quando os cortes do governo apertam drasticamente os gastos em funcionamento da estação e os vencimentos dos trabalhadores.
Vergonha das vergonhas!
Com a devida vénia, transcrevemos um artigo a propósito da 'Agência Financeira', ainda quente.
Sindicatos reclamam demissão do presidente da RTP
Reacção ao regime de excepção aos cortes salariais pedido por Guilherme Costa e
agora aprovado
Os sindicatos da RTP exigiram esta terça-feira a
demissão «imediata» do
presidente do canal público de televisão, Guilherme Costa, depois do executivo
ter aceite o pedido de excepção aos cortes salariais.
«Esta
decisão é indecorosa, principalmente porque tem como origem os próprios
contemplados, e ocorre numa empresa onde a totalidade dos trabalhadores assistiu
ao corte inconstitucional dos seus subsídios de natal e férias, à redução do
seus salários em 10%, ao congelamento das suas progressões profissionais e à
paralisação salarial de quase 10 anos», lê-se no comunicado conjunto dos
sindicatos da RTP enviado às redações.
Guilherme Costa e José Araújo e
Silva, vogal da administração, vão pertencer ao regime de exceção à regra que
limita as remunerações dos gestores públicos ao teto salarial do
primeiro-ministro, salvo cinco empresas sujeitas à livre concorrência - CGD,
TAP, Empordef, CTT e RTP.
«Concorrência? Não foi este Governo, pela mão
do Dr. Relvas, que anunciou retirar a publicidade à RTP?», critica o sindicato
apontando o dedo ao «constante desmerecimento dos trabalhadores, de inúmeras
decisões marcadas por uma indisfarçável incompetência».
«A RTP não tem
uma administração, tem uma comissão liquidatária! Um presidente sem vergonha e
sem moral não pode ter o respeito de quem trabalha!», qualificam os cinco
sindicatos que assinam o documento, rematando: «Dr. Guilherme Costa, ganhe
vergonha e demita-se».
Também a Comissão de Trabalhadores da RTP
reagiu ao que classifica como uma «exceção escandalosa» com fortes
críticas.
«Quando se repete até à saciedade que é preciso pagar mais aos
gestores da RTP, para os manter à frente duma empresa necessitada de boa gestão,
procura-se ocultar que a guia de marcha deste conselho de administração consiste
hoje, muito simplesmente, em desmembrar a empresa e em servir a estratégia de
privatização».
«Os vencimentos milionários não são para salvar a RTP,
mas para enterrá-la», remata o comunicado da comissão dos trablhadores
(CT).
Os funcionários da RTP não terminam o documento sem antes sublinhar
que, «num momento em que se cortam gastos essenciais, como os carros de
reportagem» a empresa pública aplica, além da exceção salarial, «os prémios que
o Contrato do Gestor Público permite. Nem prémios nem contrato são, por isso,
trazidos ao conhecimento público».
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