Madeira ao Vivo

Alvitres do povo à Câmara da Ponta do Sol



As escavadoras, e muito bem, deixaram o calhau em paz. Pede-se agora mais umas decisões correntes à Câmara, aliás nada fáceis.

Escrevem-nos de oeste com a sugestão de enviarmos um alerta dirigido à digna Câmara da Ponta do Sol: que os responsáveis dissipem rapidamente o mau cheiro à beira-mar, tanto na vila como na Madalena do Mar, resultante dos esgotos despachados para o mar.

No caso da vila da Ponta do Sol, qualquer coisa de anormal se passa com a ETAR, ao que nos informam. Há manchas de sujidade no mar que chegam a infiltrar-se para aquém do enrocamento onde os banhistas se espraiam.

Manutenção dos equipamentos, precisa-se.

O mesmo problema de odores desagradáveis afecta a nossa simpática freguesia da Madalena. Ali não há ETAR, mas simplesmente um esgoto que a olho nu se vê perder-se pelo mar dentro. Quem nos alerta reconhece que a solução não é fácil, mas há-de surgir na imaginação das autoridades autárquicas um processo de minimizar o mal-estar.

A vereadora do ambiente, embora exercendo a meio tempo, certamente tem estes berbicachos na frente das suas prioridades.

Um último reparo que nos chega da Ponta do Sol prende-se com o fecho do acesso ao cais da vila, que se deve à iminência de queda de pedras da rocha sobranceira. As pessoas ouvem dizer que a Câmara empurra a demora, que já leva meses, para outra entidade - APRAM - ficando o problema balançando de um lado para outro, sem resolução à vista.

Quem se 'trama' com a situação é o empresário que explora o restaurante do cais. A demora vai servindo para especulações desagradáveis. Comenta-se pela vila que o impasse é propositada, para servir os interesses do autarca local que explora o restaurante concorrente, a funcionar na praia.

Nada como levar as situações correntes dentro da máxima clarificação, para evitar rumores certamente circunscritos, no caso, à imaginação de quem os põe a circular.