BOATEIROS SEM ESCRÚPULOS

Devem-se ignorar os boatos, mas alguns deles são trabalhados com tal requinte que exigem desmentido categórico e rápido

Não descansam. Os boateiros de cano de esgoto aproveitam-se de situações como a que a Madeira vive para darem vazão às maldades que reprimem diariamente no seu sujo interior. Aproveitam a desgraça que pende sobre a população e a ilha para 'tornarem realidade' as misérias que querem ver acontecer aos que lhes provocam inveja.

Assim, para os boateiros, e para já:
- Uma figura pública (não dizem de que área para tornar mais largo o leque de hipóteses) estaria internada numa unidade hospitalar.
- A Judiciária andaria à procura dos ocupantes de dois carros pretos tripulados por pirómanos que andariam por aí a espalhar faíscas.
- Um político teria já deixado a assistência que lhe compete às zonas sinistradas a fim de se preparar para uma festa inadiável, logo à noite.

1. Conseguimos descobrir a unidade de saúde a que se refere o emporcalhado boato. E descobrimos também que não há lá nenhum 'internado' que mereça o epíteto de 'figura pública'.
2. Pirómanos: a própria PJ já desmentiu esse 'filme policial' que alguém inventou para desestabilizar forças no terreno tão necessárias nos locais certos, os do fogo assassino. Aliás, seria estranho que a PJ alimentasse a ideia do fogo posto, já que, segundo diz, quanto mais se fala nisso mais se influencia os pirómanos.
Há suspeitas de fogo posto, mas que devem ser tratadas com seriedade e nos locais próprios.
3. Tentámos confirmar junto do político acusado de ter festa marcada para esta noite que esse rumor se trata... de um boato maldoso. E evidentemente que não há festa nenhuma nem nunca houve sequer festa nenhuma prevista.

Os boatos devem ser encaminhados para o caixote do lixo sem perda de tempo. Mas há uma espécie deles que precisa de desmentidos, a fim de que quem os ouve não fique com a menor dúvida sobre a falta de fundamento.
Há boatos ridículos, mas há outros trabalhados com requinte, a merecer desmentido urgente, à cabeça.
Só esperamos conhecer a origem destas e de outras atoardas em circulação nesta fase terrível da vida madeirense.