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terça-feira, 17 de julho de 2012

Madeira ao Vivo




Raios! Chefe Jardim é mesmo doutor!




Licenciaturas: afinal,
o rei das Angústias
tem moral para
xingar Relvas,
seu homólogo troglodita
do laranjal cubano


 


'Fénix', que também divulgou a tolice ofensiva para sua excelência, faz um acto de contrição e remete sentidas desculpas ao vilipendiado - através de algum mensageiro voluntário, já que os patas rapadas não falam com doutores



Uns 98% dos entendidos desta terra, incluindo advogados novos e velhos, laboram na convicção errada de que o dr. Alberto João Jardim não devia usar o DR. Porquê? Porque, não tendo feito estágio, não poderia inscrever-se na Ordem, logo não passaria de licenciado e logo não poderia exercer, e assim, não sendo advogado, não teria direito ao DR.
Numa palavra, o chefe das Angústias utilizaria de forma abusiva o  falso título de doutor, e isso desde sempre.

Que esses 98% vivam em tal engano, paciência. O pior é que também nós aqui, na perversa 'Fénix do Atlântico', caímos no inconveniente logro. Dentro da classe de advogados e entre políticos já com barbas brancas, todos afiançavam que Jardim, regressado à Madeira depois da Faculdade, fez tropa, meteu-se a dar aulas, arranjou encosto na Ilma e, quanto ao canudo que tantos anos de aprovações e chumbos lhe custaram, prateleira com ele.


Doutores, patas rapadas e raposas batidas

As coisas passaram sem reparo público até que o chefe do governo, em aparatoso número político na Ribeira Brava, resoveu perguntar "desde quando é que os patas rapadas falam com doutores". Ora! O homem espezinha os patas rapadas invocando um estatuto que não tem?!

Mais umas pesquisas entre os entendidos para recapitular e confirmar a matéria e desatámos a lembrar aqui na 'Fénix' que o pata rapada é pata rapada, mas que um falso doutor não é doutor.

Agora que Jardim resolveu ironizar com um seu companheiro do PSD nacional - o 'licenciado' Relvas, que lhe faz frente em matéria de primarismo político -, o sino do nosso isento subconsciente badalou com força.
Chefe ilhéu reclamava mais umas cinco ou seis licenciaturas do que Relvas, dados os trabalhos feitos em 30 e tal anos.
Mas então... o rei das Angústias, raposa batida nestas lides, entraria nessa fogueira de cursos e licenciaturas se usasse indevidamente um título?!
Hum...


Fomos à lã para tosquiar Jardim e voltámos tosquiados 

Encontrando no Funchal um velho jurista da praça, por acaso membro do albergue espanhol sito à Rua dos Netos, fizemos a pergunta: "Então o seu chefe intitula-se..."
- Eu andava à espera de o encontrar - disse-nos o doutor em questão - para lhe falar disso. É que vi no seu blogue..."

Disse-nos que talvez conviesse comprovarmos as insinuações de que Jardim não fizera estágio.
- Garanto-lhe que ele começou a fazer estágio. Não tenho a certeza se o acabou. Mas ao menos começar, começou... e logo nos anos 70, com um velho advogado, o Dr. Leonel Silva.

E agora? Aquele geniozinho, 'baldas' nos estudos mas muito esperto na vida prática, deixaria o estágio a meio, para depois não poder usar um curso arrancado a ferros?

Havia que investigar. E investigámos.
A primeira conclusão não deixou dúvidas: nenhum Alberto João Jardim tem cédula de advogado na Ordem.
O caso complicava-se. Mas havia novas diligências a fazer. A Ordem tem outros conselhos distritais. Lá voltámos à estrada.

Abreviando: sabeis a quem pertence a cédula de advogado n.º 3348L, Conselho Distrital de... Lisboa?
Nem mais: ao actual chefe das Angústias, Alberto João Jardim.
Cédula passada em 15 de Maio de 1975, apresentando-se o advogado pela comarca do Funchal.

Não é truque de grafismo, é mesmo a cédula de advogado com o número do grande chefe e tudo. Inactiva, mas pronta a reactivar, se o chefe enlouquecesse e finalmente decidisse começar a trabalhar depois de velho. (Aquele '1900' é denunciada manobra de algum maçónico infiltrado na Ordem)



Se a Ordem lhe passou cédula, era porque o candidato completara o estágio.

Nunca exerceu a profissão e a cédula está na situação de 'inactiva' desde aqueles conturbados tempos, mas isso não anula o título de advogado. E de doutor.

Vá lá que o erro serviu para desfazer convicções disparatadas na cabeça de tanta gente.
'Fénix' vai tomar juízo noutras situações do género, já que induziu alguns em erro. Que alguém leve as desculpas ao sr. Jardim. Ao sr. doutor Jardim.

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