UM INFILTRADO NO CONSELHO DE ESTADO
Merece confiança nacional quem ameaça vender uma parte do País a potências estrangeiras interessadas em alargar a sua influência geo-estratégica?
Sua excelência o Presidente da República, atordoado com os desnvolvimentos político-sociais no País, evita botar posição pública e remete responsabilidades para o Conselho de Estado.
Reunião já marcada para o fim da próxima semana.
Até aqui, nada de espectacular.
Nem sequer queremos aludir ao debate sobre o que fazer com este governo de extrema-direita, apostado em confiscar a tanga aos cidadãos que ainda não a perderam: correr com ele já, agora ou imediatamente?
O que se põe, então, é sabermos se o sua excelência de Belém também convocará o outro sua excelência das Angústias para uma reunião onde se debatem assuntos delicados, alguns classificados como segredos de Estado.
O País pode ter confiança num chefe regional que duas a três vezes por semana coloca a unidade nacional em causa? Ele diz-se português de raiz e que o futuro será sempre sob a bandeira verde-rubra, mas isso apenas nas alturas do mês em que cheira a dinheiro do erário. Porque, no resto do tempo, grita histericamente contra Lisboa dizendo ser hora de cada um - Portugal e Madeira - seguir o seu próprio caminho.
Se esta já constitui uma posição lesa-Pátria, que dizer das ameaças de vender a Madeira a países estranhos com interesse na situação geo-estratégica do arquipélago? Ele, que acusa os outros de se agacharem perante as imposições de potências estrangeiras, referindo-se aos leões da União Europeia e da Troika, ameaça colocar a Madeira à sombra de um pavilhão não lusitano!
Lisboa ouve e cala. O parlamento ouve e assobia. O Presidente da República ouve e põe-se a comer bolo-rei enquanto vê talvez a 'Gabriela'.
Mas, sr. Presidente! Apesar de a Constituição dar assento no Conselho de Estado aos presidentes das autonomias, o senhor, sr. Chefe de Estado, sente-se à vontade para dissecar a vida interna de Portugal com agentes estrangeiros infiltrados ali na reunião?
O que é, senão traição à Pátria, ameaçar com a venda de território português a países estrangeiros?
1 comentário:
A primeira questão que se coloca é sabermos o traje em que se apresentarão S. Exas. os Conselheiros. Não vá alguém sentir-se mal na opção de vestimenta em divergência dos restantes. Não surgindo nada a declarar por essas bandas, com os decibéis no máximo como se estivesse no Lombo do Urzal, ainda que o assunto não esteja na ordem de trabalhos, o nosso angustiador dirá que nos estão a roubar. Palavra de escuteiro.
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