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domingo, 9 de setembro de 2012

Delírios da Madeira Nova






CHEFE DAS ANGÚSTIAS NÃO DESISTE DA CADEIRA
 
 

Antes de intervir, o homem andou bem guardado pelas tascas.


O rei já não consegue disfarçar o temor de  vir a perder a liderança do seu partido e conseguintemente a cadeira onde se senta nas Angústias pela tarde a tomar o seu conhaque.
Perante um povinho atraído à serra com diversas iscas, mas a quilómetros das enchentes vistas quando a vedeta em palco era de renome e não apenas Quim Barreiros, o monarca falou que se fartou da Europa, do tempo e dos astros, até chegar ao que lhe interessava: um comício com vista às próximas eleições internas, onde enfrentará Miguel Albuquerque.
Arrancado esse comício, não conciliava uma frase que não metesse a martelo os "traidores que querem rebentar o partido por dentro". Ou os burgueses filiados no laranjal que fazem tenção de "entregar o PPD à oposição e à Madeira Velha, porque isso fica bonito".
Enfim, a repetição do que tem dito até em actos oficiais do governo: uma campanha eleitoral que além de perfeitamente a despropósito revela uma esquálida falta de chá, sobretudo no caso deste domingo, em que ele falava junto daquele a quem ofendia sem se poder defender.
 
A intervenção do rei da tabanca foi um ataque a Miguel Albuquerque, porque é no presidente da Câmara do Funchal  que reside o perigo. Sabe-se que o chefe se quer transferir directamente das Angústias-palácio para as Angústias-necrópole... daqui por uns 20 anos. E Miguel quer corrê-lo já da gaiola das araras para fora.
 
O resto interessa tanto ao ditadorzinho como a chuva que cai nas Desertas. Desemprego? Pois, ele promete resolver esse problema, que é o pior flagelo... lançado por Lisboa sobre a Madeira. E o resto que vai mal, é tudo importado compulsivamente, por ordens de Lisboa - diz ele.
É incrível como a presidencial cabeça possa crer que alguém vá naquela conversa de alucinado, além do ardina ruivo que vende o Diário no Largo do Colégio, mais a interesseira claque dos ex-jotas ressabiados.
 
Enfim, há que considerar que o discurso do chefe aconteceu pelas duas da tarde, hora a que o velhote devia estar a fazer a sua 'naninha' debaixo de uma árvore ou num dos quartos do Palácio das Angústias, se fosse num dia de semana.
Portanto, que se faça um desconto nas análises ao delírio jardineirista. Pois se ele até criticou os discursos ultrapassados, de gente velha!
É próprio de quem só está bom para o melodrama com que resolveu fechar o entediante discurso: para o ano, se eu ainda aqui estiver... 
 
 

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