RTP/RDP: o show de Miguel e Martim continua
O leme do carreireiro influencia o rumo da televisão madeirense. |
Já não se conseguem seleccionar as palavras exactas para descrever o que se passa naquela casa levada da breca, lá para a Levada do Cavalo.
Nem sequer vamos recordar a tragédia da entrevista com o dono daquilo, o chefe das Angústias, que mostra desdém no mercado mas trabalha denodadamente para transformar a desgraçada antena regional de TV num imenso "Alô, Presidente", à imagem de Hugo Chávez.
Então: farto de emitir programas de caracacá, salvo seja, em cadeia com o Canal 1, desde futebol a missas e intervenções políticas oficiais, Miguel Cunha resolveu mostrar independência política deixando fora do alinhamento a entrevista de chefe das Angústias ao "1".
Claro, depois teve de dar o dito por não dito, transmitindo mesmo a entrevista do patrão.
Calinada atrás de calinada... com a agravante de andar a justificar-se na imprensa sobre critérios com os quais, certos ou errados, ninguém tem nada que ver - trate-se de órgão público ou privado, porque o jornalismo é só um.
Não falaremos nisso. Nem observaremos a promoção do programa 'Parlamento' que vem aí, com imagens da Assembleia Legislativa Regional para anunciar deputados de São Bento, em Lisboa.
...Mas falaremos de pequenas coisas como o programa que vai para o ar esta quarta-feira, parece, chamado "Em Reportagem". Por isto: o tema é "o Lobo Marinho visto por dentro". Uma cacha desconhecida de toda a gente!
Porra, Miguel, o caso do 'Armas' passou-se, Luís Miguel tem garantidos os monopólios que quer, é preciso mais o quê?!
Ele, Luís Miguel, tem a RTP-M na mão em qualquer caso, adquira parte dela ou não. Tal como Jardim, que arma ao mercador desinteressado para fazer do canal o suporte da sua eternidade a mandar.
Falaremos aqui também das desavenças que percorrem os corredores da RDP.
Os trabalhadores andam pasmados e... assustados com o seu futuro.
É que os mandões pára-quedistas estão a dar cabo do Serviço Público, que é o que justifica manter no activo uma casa de rádio oficial.
A Antena 1, que é o Serviço Público propriamente dito, debate-se num mar de desprezo. Tem 4 apresentadores-realizadores contra 10 entertainers da Antena 3, o canal da 'pesada'... que está no ar 24 horas/dia, emitindo mesmo de madrugada com programas gravados.
Ao passo que a Antena 1, do tal Serviço Público, vê a grelha encurtada.
Lembram-se do que aconteceu ao programa de Marta Cília? Pois ainda continuam em bolandas para construir uma grelha que deveria arrancar em Setembro e que se atrasa por falta... de conteúdos.
Pois se os concertos e até os bilhetes oferecidos para o futebol, tradicionalmente Serviço Público, estão nas mãos da Antena 3!
Senhores e amigos Miguel Cunha e Martim! É verdade que Lisboa, com o Ponte agora à cabeça, faz tudo para desorientar as ideias de quem tem os berbicachos nas mãos. Porém, como as coisas vão por aqui, nem os futuros donos da TV e da rádio vos quererão à frente do bazar chinês "Rádio Popular" que sucederá brevemente à RTP/RDP/Madeira.
O problema é o futuro dos trabalhadores.
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