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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Política





MANDATÁRIO DE ALBUQUERQUE NUNCA SE VERGOU A JARDIM 


Emanuel Rodrigues sempre comemorou Abril, causando engulhos à facção troglodita laranja saudosa do fascismo institucionalizado.


O social-democrata Emanuel Rodrigues, anunciado mandatário de Miguel Albuquerque na corrida ao PPD, entrou em conflito com o cacique regional em 1980 pelo apoio que ofereceu à candidatura presidencial de Ramalho Eanes, de quem também foi mandatário


Foi pelo apoio sem rodeios manifestado à candidatura do General Ramalho Eanes à Presidência da República, em 1980, que o Dr. Emanuel Rodrigues entrou em conflito com o chefe social-democrata regional, ainda hoje presidente do PPD e do governo regional.
Mais uma vez, o soberano das Angústias encontra pela frente, portanto, e agora mais directamente, aquele que gravou o nome como primeiro presidente da Assembleia Regional, cargo perdido em nome da coerência de homem e de político.
 
O mandatário de Miguel Albuquerque (fresca notícia avançada esta sexta-feira pelo Diário) assume um papel partidário que significa o mais claro apoio possível ao adversário do "eterno chefe".
Em causa, as eleições internas para escolha de líder nos Netos para mais dois anos.
 
 
Passaram anos, mas a coragem persiste
 
Em 1976, o Dr. Emanuel Rodrigues, que de deputado à Constituinte passava para presidente do parlamento regional, assumiu as funções de mandatário de Ramalho Eanes na Madeira. Disputavam-se então as primeiras eleições presidenciais do pós-25 de Abril. Eanes bateu Otelo Saraiva de Carvalho, Pinheiro de Azevedo e Octávio Pato, fazendo-se aclamar como primeiro Chefe de Estado eleito depois dos 48 anos de fascismo.
 
Mas lá vieram as guerras domésticas em Portugal. O líder social-democrata nacional Sá Carneiro, ainda com tiques do parlamento fascista-marcellista, percebeu que Eanes nada se prestava para cumprir ordens de pretensos tiranetes. Pelo que, assim que cheirou a eleições presidenciais, as de 1980, logo aquele retrógrado laranjal foi desencantar um militar de passado democrático suspeito, para expulsar Ramalho Eanes de Belém.
E quem melhor para lançar a candidatura do general troglodita Soares Carneiro do que outro de tal jaez, pseudo-nacionalista insular já com voz conhecida no País, através das diatribes lançadas do Funchal para o 'rectângulo'?
Nem mais!

Contra as ordens e ameaças do rei da tabanca, Emanuel Rodrigues apoiou, e de rosto descoberto, a candidatura presidencial do Gen. Ramalho Eanes.


E lá o sr. Jardim disparatou chuvas de elogios ao general inventado,  que ele jamais vira 'mais gordo'. O tal de Soares Carneiro repentino challenger de Ramalho Eanes, presidente com quem o mesmo troglodita madeirense também não havia levado a melhor durante os quatro anos precedentes.
 
O ideal seria conseguir que Emanuel Rodrigues, presidente da Assembleia Regional, manifestasse apoio a Soares Carneiro. Então, poderia ser dito ao eleitorado insular e continental: Veja-se que até o Dr. Emanuel Rodrigues, que em 1976 foi mandatário de Ramalho Eanes, agora está com sua excelência o futuro Presidente da República de Portugal, o gen. Soares Carneiro!
 
Que fez Emanuel Rodrigues, perante o 'convite'?
Tratou de garantir a eternidade na presidência do parlamento regional? 
Perfilou-se perto do chefe madeirense de modo a escolher os cargos que lhe apetecessem ao longo da vida político-partidária?
 
Não.
O Dr. Emanuel Rodrigues não só recusou manifestar o menor apoio a Soares Carneiro como declarou, alto e em bom som, que o seu candidato preferido era evidentemente Ramalho Eanes, de quem já fora mandatário em 76.
 
Escusado será recordar o que se passou desde essa data - época em que chefe Jardim anunciava o fim da sua própria carreira política para 1984! 
Falar verdade é aquilo!
 
Atalhando caminho, temos que hoje o Dr. Emanuel Rodrigues, depois de "corrido" da Assembleia pelos seus co-partidários devidamente aguilhoados por Jardim, e depois de alvo de processo disciplinar no PSD por declarações a "O Jornal", semanário de Lisboa entretanto extinto, temos pois que o Dr. Emanuel Rodrigues representa uma linha de governantes e membros do PPD regional, poucos, sem estômago para engolir a mente totalitária do "armão das Angústias".
O Dr. Gaudêncio Figueira, que foi secretário regional, mandou bugiar a vedeta do desgoverno também por aquela altura de 80.
 
O mandatário de Miguel Albuquerque, independentemente dos resultados do dia 2 de Novembro, incute sem dúvida qualidade e credibilidade à candidatura desafiante, perante o descalabro da jardineirista imagem-forrobodó.
Se o Dr. Emanuel Rodrigues assume esse papel é porque considera necessária uma mudança qualquer no presidencialato que se agarrou ao poder regional como craca à rocha.
 
Emanuel Rodrigues, falando para o livro "Achas na Autonomia", deixou este propósito: "Daqui a 20 anos, espero que a liberdade seja mais ampla e apurada."
Essas declarações foram produzidas em 1995...
 
 

Emanuel Rodrigues discursando como presidente da Assembleia, na presença do ministro da República Lino Miguel e do governo regional para 1980-84. Jardim anunciou então que sairia no final desse mandato...



1 comentário:

Anónimo disse...

Estou ansioso por ver a "porrada" que irá levar aqui o mercenário, o desertor, o rato, que hoje abandonou o Albuquerque