Verão louco

'NÚCLEO DURO' DIZ QUE JARDIM 

NÃO APARECE AO DIA DO FUNCHAL

Julgamos possuir a agenda oficial para as férias de Jardim. E ela não coincide com a divulgada na imprensa. Não fomos atendidos pelos 'bufos' da comissão política, mas um elemento do 'núcleo duro' garante-nos que o presidente prepara uma tampa para Miguel Albuquerque dia 21. 

Porque não detectámos notícia de jeito no cardápio de afazeres de sua excelência para as férias que começaram sexta-feira, passámos por cima do apontamento sobre o assunto enviado pelo nosso correspondente nas Angústias.

Porém, chamou-nos a atenção uma sequência de notícias no JM a respeito das actividades presidenciais no Porto Santo tradicionalmente programadas para justificar a utilização da dacha soviética.

Sábado passado, JM pespegou o programa estival do seu 'abono de família'. Não sei se o Leitor reparou. Era uma caixa na página 3 a falar dos duros trabalhos do homem no Café Marina (não a do Lugar de Baixo nem a outra), no restaurante 'Casa do Velho Dragoeiro', aquela diligência que mete 'Língua de Vaca', a copofonia das vindimas, mais compromissos partidários - o trivial. 

Então e a festa do Monte? E o Dia da Cidade do Funchal? O programa do JM (igual ao que K-Arara nos enviou) passava de 14 de Agosto para 16 e de 19 para 23.

Discrição nas deslocações à Madeira para desenferrujar a cabecinha pensadora do chefe?

Numa palavra: o programa enviado para os jornais ignorava itens da vida presidencial, importantes mesmo no Verão.

Fazia um certo sentido. 

Mas eis que, 24 horas depois, o JM repetia-se na lengalenga do programa. Vimos aquilo e... Bem, o director do JM, em acumulação de funções com a presidência do governo, jamais dá ponto sem nó. Repetir o mesmo programa em duas edições seguidas? 

Maçada! 

Maçada? 

Vamos mas é ler o novo texto. E que tem ele de diferente? Nem mais: as vindas à Madeira para o dia do Monte e para o dia da cidade do Funchal.

Às tantas, tratou-se apenas de corrigir um lapso. Mas isso diz o Leitor Amigo, na sua inocência. Da nossa parte, conhecemos chefe Jardim, muito bem. Sabemos que, quando tira o casaco, não há delfim que lhe chegue aos calcanhares.

Deu-nos trabalho saber o bendito programa oficial - ou seja, o definitivo. Com o homem já no areal!...

Uma vez denunciados no JM, os bufos que fazem parte da comissão política do PPD andam assustados e nem atendem o telemóvel. Aliás, agora não sabem nada de nada sobre os passos de Jardim, líder que só confia no seu novo 'núcleo duro'. 

Que fazer o 'Fénix' para levar a verdade aos Leitores? Claro: chegar à fala com um dos elementos do 'núcleo duro'. E aí tiveram de enfrentar o perigo os nossos agentes K-Porto Santo e K28, agente infiltrado no Bar do Henrique.

Abreviando, chegámos às seguintes conclusões, que apresentamos agora como fazendo parte do programa oficial de sua excelência, Dr. Jardim.

- Dia 14: viagem do Porto Santo ao Funchal, não para festejar a véspera do Monte, mas para um jantar a dois na Quinta das Angústias, dedicado a actualizar a governação (não descobrimos se com Ventura Garcês, João Machado ou Miguel Mendonça). O jantar já está encomendado, mas não vai precisar de empregados para o servir. Pernoita de sua excelência nas Angústias.

- Dia 15, manhã: deslocação para a residência particular na Pena. Banho. Muda de roupa. Viagem no Mercedes do povo rumo à igreja do Monte. Missa, procissão, exortação à solidariedade e ao comportamento cristão. Ataques apimentados aos jornalistas comunas e insinuações ordinárias às jornalistas. Copos no hotel vizinho da igreja.

- Dia 21: caminhada e copos de tasca em tasca no areal porto-santense. 

Dia 21 no areal? E o Dia da Cidade do Funchal? 

Caro Leitor, é o que temos como oficial, segundo o informador do 'núcleo duro' jardinista, depois de lhe termos garantido que o 'Fénix' é blogue de confiança.

Então queremos dizer que...?

Sim. Queremos dizer que chefe Jardim tem preparada uma grande tampa para Miguel Albuquerque.

A ser verdade - e quase apostamos que é -, chefe Jardim foi mordido por algum vírus de coerência, recusando-se a fazer sala num meio municipal que tanto tem criticado.

Isso quer dizer que o imprevisível político também nos passou a perna. Ainda há pouco, aventávamos aqui que ele nunca perderia o ensejo de ouvir os foguetes festivos do Funchal, aqueles salamaleques do bispo e dos tropas, a banda no toque marcial durante a revista à formatura dos bombeiros, o discurso para falar de revisão constitucional, mudança de regime, maçonaria, facas nas costas e das criaturinhas da oposição.  

Não percebemos é o porquê de o JM ter acrescentado ao programa o ponto referente ao Dia da Cidade, informando que ele vem cá. Das duas, uma: ou o elemento do 'núcleo duro' que o nosso agente K28 contactou no Porto Santo sabe mais do que aprendeu, dizendo que o homem dá tampa em Albuquerque para distrair os adversários do chefe, ou então esse elemento fala verdade e Miguel Albuquerque ficará falando sozinho no dia festivo.

Pelo que os nossos agentes apuraram, dizemos hoje: Jardim não vem ao Dia da Cidade do Funchal. 

Se vier, estenderemos a mão à palmatória.

'Meio Chefe' faz promessas a Nossa Senhora para nós pagarmos

Muita gente pode saber disso, mas vamos recordá-lo aqui: 'Meio Chefe' continua cumprindo a promessa que um dia fez de, enquanto fosse presidente do governo, pagar a iluminação todo o ano da Igreja do Monte.

Há um pequeno pormenor a destacar. Se formos nós a fazer uma promessa à Senhora e a graça nos for concedida, lá vamos nós comprar a vela e subir a escadaria para chegar ao alto de joelhos esfolados e com as mãos queimadas do sírio. Já ele faz as suas promessas... e pagamos nós.

Assim não, 'Meio Chefe'!  

Mas, agora por falar nisso, começamos a perceber como é que os céus permitem que a dita criatura continue tanto tempo no poder.