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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020


PTP atento ao estado
de Saúde na Região


"Estamos atentos ao que se passa na saúde. A saúde e as suas “empresas públicas”, que não deveriam estar sob alçada, de qualquer poder político, fosse qual fosse o governo eleito. Já o ouvimos na defesa da despolitização. Assistimos, neste governo regional de coligação, as jogadas e jogatinas na saúde, mesmo entre parceiros de coligação, estes episódios só prejudicam o bom funcionamento da instituição e passam uma péssima imagem da saúde e dos seus responsáveis aos cidadãos. Estes últimos episódios que acabaram com a nomeação do Dr. Mário Pereira para Director Clínico ao que parece, o “feitiço virou-se contra o feiticeiro”, o parceiro de Coligação tinha uma carta na mão. 
Era mais que esperada a jogada, pois ao que parece as cartas e cartada boa, não abunda. Esperemos que neste jogo, o utente e os utilizadores do SESARAM, saiam a ganhar. Escreveu e afirmou um dia que é crucial, “mudar o paradigma da gestão clínica”, certo e concordo em absoluto, mas, mudar o modelo e refundar, ou até dar origem a um novo e refrescado modelo de SRS, com uma linha assistencial completa e que inclua do domicílio ao hospital e vice-versa; já que o vector de retorno, incompleto e muito pobre, permite o aumento todos os dias de altas administrativas e isso tem de ser resolvido, um problema que não pode ser herdado pelo novo hospital. Todos os parceiros e todos os profissionais têm de ser considerados pelo sistema, as comparticipações de serviços de saúde, não se podem ficar por “exames e actos médicos” e os outros profissionais, que são cruciais e indispensáveis, numa prestação de serviços de saúde, descentralizada e desconcentrada, chegando de forma natural e eficiente aos domicílios: facilitar e apoiar os utentes em serviços comparticipados, alguns até aos 100%. Chamar a colaborar, nesse processo de desconcentração e descentralização da saúde e do SRS, o poder local, os municípios, as juntas de freguesia e sim também, as redes sociais dos municípios, são aqui indispensáveis e urgente a sua implementação; os cuidadores informais, os privados, as IPSS, os profissionais saúde independentes, todos chamados a colaborar numa rede bem estruturada e muito bem organizada, facilmente identificada e de acesso facilitado. Permitindo, a mobilidade e o fluir do utente, com admissões e saídas, geridas por um sistema de mobilidade clínica: blindamos assim a génese de altas problemáticas, co-responsabilizamos famílias e cuidadores, trabalhamos para as altas precoces, com extensão de períodos de convalescença nos domicílios, instituindo-se o internamento em casa. A responsabilização partilhada, em todo este processo, do hospital central, dos seus hospitais de dia, dos centros de saúde e das unidades de internamento na retaguarda, unidades de paliativos e de cuidados continuados, em que a partilha de informação e intervenções no terreno em particular, têm de ser assegurados por equipes com capacidade de mobilidade física e virtual pela aposta na tele-medicina. Ora na saúde ficamos com a impressão, que está tudo por fazer e que o realizado, é sempre muito pouco. Como dizia Einstein, “tudo é relativo e no meio da dificuldade encontra-se a oportunidade”, foi uma dificuldade esta nomeação, então tem agora a sua oportunidade. 

Pelo coordenador da saúde do PTP, 

Edgar Silva"

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