CONTINUAM A "ARREAR MALA"... 

Gil Canha

Quando alguém é mentiroso compulsivo, o povo costuma dizer que passa a vida a “arrear mala”. Ora, no dia 12 de Setembro deste mês, o DN publicou uma reportagem informando que a Câmara Municipal fora obrigada pelo MP a embargar as obras que decorriam no Hotel Santa Maria. Logo no dia seguinte, a Câmara Municipal do Prof. Mentiras emite um comunicado, onde refuta os factos e esclarece que “o diretor do departamento, no dia 11 de Maio de 2018, propôs ao Vereador com o pelouro, o embargo parcial da obra e que nesse mesmo dia, o Vereador exarou despacho de embargo”.

Chega a ser divertido observar a maneira apalhaçada como esta Câmara do Prof. Mentiras mente. Como podem ver no documento que embelezou um artigo da minha autoria, publicado em Março deste ano, no Fénix, no cabeçalho, o diretor do departamento sugere que a obra seja embargada a 12 de Janeiro de 2018, e não a data mentirosa inventada pela CMF no seu comunicado engana vilões. Aliás, já na altura, a CMF do Prof. Mentiras mentia descaradamente sobre este assunto, o que me levou a denunciar estes fatos no MP, junto do Tribunal Administrativo, como podem constatar no artigo que volto a republicar:  

  

C.M.F. no Guinness da Mentira

Gil Canha

Lembram-se o ano passado, mas propriamente em Agosto de 2017, quando o Prof. Paulo Cafôfo, por intermédio do Diário de Mr. Blandy, ludibriou os funchalenses (principalmente aos mais tontos) com um “embargo parcial” SIMULADO ao Hotel Savoy, quando deveria ter embargado na totalidade, pois o monstro aumentou para os lados e levou com mais um piso intermédio nas entranhas, aumentando a sua área bruta de construção em 3.475.74 m2.

E diziam os cafofianos, no intuito de lavarem as mãos deste hediondo crime urbanístico:  - Culpa por esta coelheira de cimento não é do Paulo Cafofo, pois ele até embargou a obra!

Ora no início deste ano, O Funchal Notícias começou a denunciar obras que estavam a ser realizadas na cobertura do ex Hotel Santa Maria, na Rua João de Deus. A Câmara cafofiana fingiu-se de morta… e as obras prosseguiram. Contudo, como o Funchal Notícias continuava a falar do assunto, a C.M.F. viu-se obrigada a responder, e no dia 26 de janeiro de 2018, reconhece que “há um pequeno aumento da volumetria no terraço e que está a ser avaliado pelos serviços municipais”. 

Mas vejam agora como a Câmara do Prof. Mentiras lida mal com a verdade! No dia 12 de janeiro de 2018, a fiscalização municipal detetou que estavam a decorrer no edifício “ampliações e alterações nas fachadas, bem como alterações nas varandas e na cobertura” sem o “respetivo alvará de obras”.

Como era o seu dever, o Chefe de Divisão da FM dá o seguinte despacho: “É de proceder ao embargo das obras” (como prova a foto do documento que embeleza este artigo). Só que os “manda-chuvas” cafofianos ignoraram completamente o parecer do diretor e fecharam os olhos, não atuando como era o seu dever.

E como referi, 14 dias depois desta sugestão de embargo, os cafofianos intrujões ainda têm a distinta lada de dizer ao Funchal Notícias que as tais obras ainda “ESTÃO A SER AVALIADAS PELOS SERVIÇOS MUNICIPAIS”.

No mês seguinte, como continuam as obras sem alvará e na maior das impunidades, o MPT/Madeira emite um comunicado a 21/2/2018, onde descreve e denuncia estas mesmas obras clandestinas, que a Câmara de Cafôfo finge não ver, não sabemos se por compadrio ou por alguma estranha ligação “Iglesiana” como o Grupo Turim, os promotores continentais destas obras executadas pela porta-do-cavalo.

Com isto prova-se que na Câmara de Cafôfo todos os munícipes “são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”.

Como não gosto de deixar as coisas pelo meio, e para os devidos efeitos, este artigo será enviado para o Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal.