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domingo, 9 de setembro de 2018

O BE defende redução do preço 
dos transportes públicos na Madeira


O Diário de Notícias este domingo da destaque ao importante tema dos transportes públicos rodoviários e ao custo excessivo dos passes sociais na Madeira. O Bloco de Esquerda(*) já chamou a atenção para este problema em julho quando alertou para o exagero que é uma pessoa gastar um terço da sua remuneração mensal em passes, no caso de combinar um passe de fora do Funchal com outro passe para o Funchal – Isto é pagar para trabalhar!

Em Lisboa o presidente da câmara lançou o debate com a proposta de limite máximo de 40€ para os passes combinados nos transportes públicos. A Estónia avançou com uma política ainda mais avançada de transportes públicos gratuitos.
O Governo Regional do PSD demite-se das suas responsabilidade e fica à espera que Lisboa pague a fatura de eventuais medidas, quando Madeira tem Autonomia e os transportes públicos são competência regional. Reduzir o preço dos transportes - dos passes em especial - implica um esforço do Orçamento da RAM, que tem efeitos positivos para a economia: o rendimento disponível das famílias aumenta; reduz a importação de combustíveis; diminui o congestionamento do trânsito, o stress e a poluição; melhora a saúde e a produtividade no trabalho. E são benefícios para os madeirenses que justificam o investimento do Governo Regional.
Mas a Autonomia para o PSD só serve para favorecer os negócios dos donos da Madeira, quando se trata de beneficiar o povo, o PSD fica à espera que seja Lisboa a pagar a conta!
O limite de 40 Euros para o custo mensal com o passe dentro da Madeira é mais que justo. Mas o valor máximo do passe na Região deve ser determinado de modo que o uso do transporte coletivo por uma família com quatro utilizadores seja mais barato que o recurso ao carro familiar.
Não é só o preço que importa para haver maior recurso ao transporte público, há que modernizar as frotas, integrar as redes e a bilhética, melhorar a informação. Tudo previsto no PIETRAM – Plano Integrado Estratégico dos Transportes da RAM, mas que não sai do papel, pois o governo tem outras prioridades, que não o bem estar da população.
O governo do PSD está mais preocupado com os lucros dos donos das empresas que atuam fora do Funchal, que com os utentes e trabalhadores das mesmas. Com o novo Regime Jurídico em vigor desde 2015, a RAM pode atribuir a exploração de todas as linhas à empresa pública Horários do Funchal, esta depois iria integrar os trabalhadores das outras empresas e os equipamentos necessários à atividade. Um operador único é a melhor forma de ter integração da rede, dos sistemas de bilheteira e de informação aos utentes, o que é um objetivo do PIETRAM.
O Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia Regional um projeto de resolução que visa atribuir à HF a exploração de toda a rede de transportes públicos da Madeira, como modo mais eficaz de atingir os objetivos do PIETRAM e de salvaguardar a qualidade dos serviços de transporte prestados e dos empregos nesta atividade – ou seja, para uma melhor qualidade de vida para os madeirenses. Porque os serviços públicos existem para satisfazer os seus utentes e não as expetativas de lucro dos agentes privados.


BE

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