Os aeroportos são demasiados importantes
Para que estejam nas mãos de uma multinacional!
Junto às chegadas do Aeroporto da Madeira,
em conferência de imprensa para abordar a gestão dos Aeroportos da Madeira, o
Coordenador Regional da CDU Edgar Silva proferiu a seguinte declaração;
“Depois do ruinoso negócio para a Região,
que resultou na entrega dos aeroportos a uma multinacional, os resultados estão
à vista: o acumular de passageiros em filas de espera; a supressão e adiamento
de voos; a degradação das condições de conforto, fiabilidade e segurança. Estas
constituem uma consequência da alteração do modelo de gestão pública, para um
modelo de gestão unicamente centrado no máximo lucro e na remuneração dos
acionistas da Vinci: foram reduzidas as taxas aeroportuárias, aumentou a precariedade
e a subcontratação, reduziu o investimento.
Tudo isto a coberto de um criminoso
contrato de concessão que lhe entregou a exploração dos aeroportos por um
período de 50 anos.
1. A Vinci impôs, um
brutal aumento das taxas aeroportuárias. O aumento de taxas em pouco mais de 5
anos, foi sempre superior a 28%, ultrapassando quase sempre os 39%, e chegando
a atingir crescimentos de 167%. Sendo que pese embora tudo isto, já estão
anunciados novos aumentos.
2. Simultaneamente, o
crescimento do número de passageiros e de movimentos aeroportuários não foi
acompanhado, antes pelo contrário, por um crescimento similar dos meios
operacionais para dar resposta a essa procura.
3. Nestes anos, a
precariedade e a subcontratação dispararam, os baixos salários constituíram-se
como regra e a rotatividade de trabalhadores é já um problema operacional. A
situação é particularmente grave em sectores com a Assistência em Escala ou a
Segurança Aeroportuária, nalguns casos também por responsabilidade direta da
Vinci (como o Portway e os APA), responsabilidade sempre partilhada com
“reguladores” que optam pelos interesses da Vinci em vez do interesse nacional
e da segurança da operação.
Para o PCP o resgate da concessão da ANAM é uma prioridade. Impõe-se que a
Região e o Estado português desenvolvam uma política que assuma como
objetivo a recuperação do controlo dos aeroportos. Com a
recuperação destes instrumentos estaremos em condições não só de responder aos
muitos problemas do presente, mas também, preparar o seu futuro numa dimensão
que é estruturante para o desenvolvimento”.
Pelo Gabinete de Imprensa da CDU
Funchal, 27 de setembro de 2018
3 comentários:
Tudo o que seja válido, venha de quem vier é benvindo
Força Dr. Edgar
Uma sugestáo: já agora aproveitem e tomem o avião para Lisboa e fiquem pela Quinta da Atalaia a preparar a proxima festa do avante!
Perguntem a um venezuelano se os seus aeroportos (e demais serviços públicos) estão melhor nas mãos dos comunistas :)
Vá, perguntem. Não custa nada.
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