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quinta-feira, 27 de setembro de 2018


Os aeroportos são demasiados importantes
Para que estejam nas mãos de uma multinacional!


Junto às chegadas do Aeroporto da Madeira, em conferência de imprensa para abordar a gestão dos Aeroportos da Madeira, o Coordenador Regional da CDU Edgar Silva proferiu a seguinte declaração;
“Depois do ruinoso negócio para a Região, que resultou na entrega dos aeroportos a uma multinacional, os resultados estão à vista: o acumular de passageiros em filas de espera; a supressão e adiamento de voos; a degradação das condições de conforto, fiabilidade e segurança. Estas constituem uma consequência da alteração do modelo de gestão pública, para um modelo de gestão unicamente centrado no máximo lucro e na remuneração dos acionistas da Vinci: foram reduzidas as taxas aeroportuárias, aumentou a precariedade e a subcontratação, reduziu o investimento.

Tudo isto a coberto de um criminoso contrato de concessão que lhe entregou a exploração dos aeroportos por um período de 50 anos.

1. A Vinci impôs, um brutal aumento das taxas aeroportuárias. O aumento de taxas em pouco mais de 5 anos, foi sempre superior a 28%, ultrapassando quase sempre os 39%, e chegando a atingir crescimentos de 167%. Sendo que pese embora tudo isto, já estão anunciados novos aumentos.
2. Simultaneamente, o crescimento do número de passageiros e de movimentos aeroportuários não foi acompanhado, antes pelo contrário, por um crescimento similar dos meios operacionais para dar resposta a essa procura.
3. Nestes anos, a precariedade e a subcontratação dispararam, os baixos salários constituíram-se como regra e a rotatividade de trabalhadores é já um problema operacional. A situação é particularmente grave em sectores com a Assistência em Escala ou a Segurança Aeroportuária, nalguns casos também por responsabilidade direta da Vinci (como o Portway e os APA), responsabilidade sempre partilhada com “reguladores” que optam pelos interesses da Vinci em vez do interesse nacional e da segurança da operação.

Para o PCP o resgate da concessão da ANAM é uma prioridade. Impõe-se que a Região e o Estado português desenvolvam uma política que assuma como objetivo a recuperação do controlo dos aeroportos. Com a recuperação destes instrumentos estaremos em condições não só de responder aos muitos problemas do presente, mas também, preparar o seu futuro numa dimensão que é estruturante para o desenvolvimento”.

Pelo Gabinete de Imprensa da CDU

Funchal, 27 de setembro de 2018

3 comentários:

Anónimo disse...

Tudo o que seja válido, venha de quem vier é benvindo
Força Dr. Edgar

Anónimo disse...

Uma sugestáo: já agora aproveitem e tomem o avião para Lisboa e fiquem pela Quinta da Atalaia a preparar a proxima festa do avante!

Anónimo disse...

Perguntem a um venezuelano se os seus aeroportos (e demais serviços públicos) estão melhor nas mãos dos comunistas :)
Vá, perguntem. Não custa nada.