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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Decisão final do crime do carvalho causa desespero



Câmara invade quintal privado 
'pela calada da noite' no Monte


Pedro Vieira 'Picareta' e Pedro Ginjas estão entre os implicados e por isso com nome na queixa que será apresentada ao MP. É 'burrada' atrás de 'borrada'


Não se pode dizer que sejam 'meliantes' ou 'amigos do alheio', como nos chavões das antigas notícias sobre 'Casos do Dia'. Mas que agiram incompreensivelmente 'pela calada da noite', agiram. 
O susto foi da família Mendonça, conhecida por viver há muito tempo uma autêntica 'roleta russa' sob árvores assassinas em redor do Largo da Fonte, no Monte. Situação dramática que se tornou mais evidente depois da queda do carvalho na festa do ano passado, com 13 mortos e meia centena de feridos.


Ontem, pela meia-noite menos um quarto, a família Mendonça foi acordada em sobressalto por umas movimentações a coberto do escuro, nas imediações da casa. Naturalmente apreensivo, António Mendonça dirigiu-se ao quintal, a tempo de ver quatro indivíduos escalar o muro que faz partilha da sua casa com o Café do Parque. Os fulanos apoiavam-se na vedação da casa dos Mendonça para poderem aceder ao passadiço à ilharga do Café do Parque e daí ao ribeiro adjacente.
Nesta fase da operação, António Mendonça dirige-se aos invasores, pedindo-lhes explicações para o acto furtivo, já que, se lhe fosse pedido normalmente, teria consentido a utilização do quintal. Ninguém lhe respondeu. Como tivesse reconhecido bombeiros no grupo, fez-lhes perguntas, sem sucesso. Reparou então na presença de Pedro Ginjas, o tal perito que foi contratado pela câmara para provar a inocência de Paulo Cafôfo nas 13 mortes. O qual Ginjas, em resposta a Mendonça, e apesar de estar em propriedade privada, 'moita carrasco'.
Mendonça descortinou então, a meia-dúzia de metros, outro indivíduo, de capote, no Largo, a quem dirigiu a palavra: "Estou a conhecê-lo. O senhor é o vereador da câmara João Pedro Vieira. Pode-me explicar...?"
Em vão. O vereador João Pedro Vieira - 'Picareta Falante', para os Leitores o poderem identificar melhor - dá uns passos para se afastar mais, ali perto da estátua do padre, e nada de diálogo com as PSoas.
Com a família ainda assustada, e inconformado por uma situação que poderia ter "descambado em chatice no meio do escuro", António Mendonça pôde ver a quadrilha - no sentido de quatro 'cavaleiros da noite' - nas suas estranhas operações. Lançamento de uma corda para o ribeiro, lanternas fantasmagóricas a cruzar fogachos, murmúrios, remexidas. António Mendonça diz que interpelou Pedro Ginjas quando este lhe passou a um metro de distância, sem obter resposta. "O Ginjas é o perito contratado externamente pela câmara, por dezenas de milhares de euros, e que coordena pessoal camarário como se fosse dos quadros", especifica o proprietário da habitação invadida. "Aquilo não era maneira nem hora de se fazer aquilo", desabafa Mendonça.
Depois de andarem a manipular o que pareciam contas e cálculos, os indivíduos, de regresso ao Largo da Fonte, foram buscar uma mesa do Café do Parque e abalançaram-se a uma espécie de ponto da situação de operações.
As andanças duraram até às duas da madrugada, altura em que regressaram ao Largo viaturas com bombeiros - uma delas com a matrícula 78-10-LP - que já tinham estado noutras ocasiões no local. O circo foi completado com a montagem de vedações metálicas com fita plástica da Protecção Civil a isolar um plátano já amarrado e outros três plátanos vizinhos.
António Mendonça já começou a preparar a queixa para levar ao Ministério Público. Não admite que lhe tenham invadido a sua propriedade, ainda por cima de noite, com susto para os de casa, sem licença e recusando explicações na hora. "Até a Polícia e o MP fazem as suas diligências obedecendo a determinadas regras", revolta-se António Mendonça, com toda a razão.
O desespero cresce na edilidade à medida que se aproxima o dia das grandes decisões judiciais sobre o crime de 15 de Agosto de 2017. Só esse desespero justifica actuações deste calibre 'pela calada da noite', como se o vereador 'Picareta' fosse o chefe de uma quadrilha com o papel de dirigir, a distância prudente, os operacionais chefiados por um eventual capanga Ginjas.
O circo continua montado esta manhã no Monte, à volta da zona isolada por vedação metálica, com operacionais lidando para cá e para lá, mas à luz do dia. 
"Esta eu não lhes perdoo, eles têm de aprender a lidar com pessoas - e entrar gente de uma câmara, com bombeiros e tudo, assim de madrugada, pelo que é de cada um, não se pode admitir" - avisa António Mendonça, que até já escreveu parte da queixa.





O circo, já em plena luz do dia.

16 comentários:

Anónimo disse...

Dava-lhe com uma picareta a meio dos cornos...

Anónimo disse...

Se fosse nos EUA o sr. Mendonça tinha certamente uma arma de fogo em casa e podia legitimanente alvejar esses intrusos e hoje a notícia teria outros contornos. Lol

Edgar Silva disse...

Cenas do CSI Madeira

Anónimo disse...

Diz Pedro Mendonça,bom,se todos desatarem a dizer algo parecido é suposto acreditar? Posso colocar o beneficio da duvida ou é proibido? Quer parecer que demorou algum tempo,então que tal umas fotos que são mais do que provas para tal invasão? Ninguem se lembrou ainda para mais sendo ligado á justiça? Ok vou acreditar tipo come e cala!

Anónimo disse...

O Minas que tanto defende o cafofo a emprestar viaturas dos bombeiros durante a noite

edgar silva também não andas-te enrolado com o cafofo ? sabes coisas mais não contas

Anónimo disse...

Edgar Silva não tem uma certa relação de parentesco por afinidade com Cafofo?

Anónimo disse...

Anónimo das 14:56. Quem escreveu o texto tem a certeza absoluta que está bem defendido juridicamente... porque o que está a insinuar é crime.

Quanto ao facto em si, uma vez que não imagino razão plausivel para essa equipa lá ter ido (pois um ano depois o MP não vai mandar fazer mais um parecer de um especialista e duvido que se encontre algo determinante um ano depois), penso que Cafofo foi enganado: suscitaram-lhe a paranoia até ao extremo, e ele caiu na esparrela.

Anónimo disse...

Tudo o que estão a fazer devia ser feito logo a seguir aos trágicos acontecimentos...
Já não é estranho no dia seguinte termos alguma novidade sobre o largo da Fonte. plásticos, folhas de palmeira etc
A montanha pari um rato.

Anónimo disse...

Penso que a actuação do Ministério Público desde o início está "explicada", pelo facto de o Iglésias, logo após os primeiros momentos após a árvore ter caído, ter ligado logo ao António Costa.

Anónimo disse...

Convenhamos que fazer estes trabalhos pela calada da noite, não é coisa normal.
Parece que desejavam esconder algo.

Unknown disse...

Porque o Sr. Mendonça não chamou a polícia? Fica a dúvida...

Anónimo disse...

Anónimo das 9:34, como sabe que o Sr. António Mendonça não chamou a polícia?

Anónimo disse...

Caros amigos isto so tem uma explicacao fugir as responsabilidades...muito trabalho para o MP!

Anónimo disse...

Éste é um pais de bandidos , que até o PGR nomeiam .
Assim venha o Trump com armas para todos , voltamos á lei da selva

Anónimo disse...

Não acredito de modo algum que a família Mendonça arrisque uma notícia deste calibre falsa.
Uma atitude destas por parte do sr perito e do sr vareador, só nos leva a crer duas coisas.
Tentar ocultar provas?
Tentar colocar qualquer coisa para posteriormente tentar provar alguma coisa?
Sim,porque ninguém faria semelhante coisa á meia noite, às escuras,pela calada da noite.
Penso eu que, fosse qual fosse a intervenção de consciência tranquila poderia ser feita durante o dia,mais,atendendo que está em curso um processo judicial deveria ser na presença de autoridades e devidamente autorizada.
Desculpem, está iniciativa demonstra muita já fé.
É grave em todos os aspectos e ainda por cima com meios dos bombeiros.
Penso eu que, todas as saídas de qualquer viatura de um quartel deve ser reportada á proteção civil,logo, terão de justificar os motivos da saída da viatura ou viaturas para aquele local, naquele dia, naquela hora.
Se foi com autorização do comando ou não.
Até pode exigir um motivo plausível para está iniciativa agora que não deixa de ser estranho não deixa.
Meia noite?
Sem acompanhamento policial?
O perito e o vareador?
Saltar muros sem autorização?
Os bombeiros até para abrirem uma porta teem de ter polícia ao lado mesmo com o proprietário presente.

Anónimo disse...

Foram colocar fungos nas outras arvores para dizer que ja vem da altura do presidente anterior.A alcunha do vereador João Pedro Vieira o PICARETA está excelente.