CHEFE NEM 'PENICOU' NO ALMOÇO EM S. VICENTE
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| Jardim chegou sem apetite a São Vicente, mas já tinha passado pelo Seixal. |
Os convidados de Narciso Branco estranharam a falta de apetite do chefe de governo quando chegou para o almoço em São Vicente de que aqui falámos ontem, domingo, convívio habitual por altura do aniversário do engenheiro antigo quadro do governo regional.
Chefe Jardim não só chegou à bonita Quinta do Lance já em cima das quatro da tarde como se mostrou muito menos conversador do que o habitual e sem vontade para sequer 'penicar', como diz o povo, um dentinho ou outro.
Que se passara? Viemos a saber já esta segunda-feira que de fome é que o nosso rei das Angústias não iria morrer. Depois da maçada em que se tornou a Feira do Gado, na Santa, Jardim fez uma produtiva paragem no Seixal, para suculenta pratada no restaurante Sol-Mar, conhecido pelas suas especialidades em peixe.
Recatados sob um fresco alpendre, chefe mais os secretários Jardim Ramos e Manuel António mandaram abaixo uma das irresistíveis receitas do restaurante, conversando nos intervalos das garfadas mas nada sobre a sucessão, ali representada pelo titular do Ambiente, delfim predilecto do patrão.
Pouco falador na zona norte
Daí o chefe ter aparecido no convívio do eng.º Narciso já no meio de complicada digestão e com aquela 'pancada' de sono que o levaria, caso estivesse nas Angústias, a uma das sestas que ele não 'perdoa' quando se descontrola um pouco no almoço.
Assim, esteve pouco falador, não trocando as habituais piadas com os anfitriões nem com David e Duarte Caldeira, da área socialista, nem com Jorge Jardim Fernandes, antigo secretário do Equipamento Social, ou demais presentes.
Mais tarde, sempre naquela sonolência que se seguira à estopada entre vacas e cabras e ao almoço no Seixal, o homem viajou para o Funchal num carro familiar, já que até dispensara o motorista.
Coelho faz trabalhar a polícia
No Seixal, o chefe das Angústias almoçou devidamente seguro por conta de vários elementos da PSP - dois fardados e outros à civil.
Tornou-se habitual, esse quadro. Mas neste domingo consta que os responsáveis da 'bófia' decidiram despachar para o Porto Moniz, palco da Feira Agropecuário que Jardim visitaria para o discurso da ordem, o corpo de agentes mais nutrido de sempre.
A que propósito? - pergunta-se.
A propósito de rumores segundo os quais havia números de impacto preparados para o lugar da festa. Não sabemos se se conforma, porém falaram-nos de telefonemas ameaçadores, ao estilo do que se deu no 'Lagar'.
Ao mesmo tempo, a polícia quis estar fortemente prevenida para o caso de José Manuel Coelho, líder do PTP, aparecer na cerimónia para causar mais um facto político.
Interessante aparato.
Depois, não há polícias no Funchal para multar automobilistas!
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