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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Delícias da Madeira Nova




CLUBES DE FUTEBOL QUEREM MUDAR-SE PARA O TURISMO, MAS A SECRETÁRIA VIVE FORA




Só nas viagens da secretária regional e seu séquito, como a que agora terminou à África do Sul, derrete-se o orçamento daquele pelouro governamental




Passeios de Conseição Estudante
estão a chocar sectores do governo regional.




Conceição Estudante acaba de voltar da África do Sul, para onde seguiu a 29 de Junho com a missão de participar nas comemorações do Dia da Região. Uma visita prolongada que se seguiu a uma outra ao Reino Unido. Desta vez, está criado amargo mal-estar nos sectores do governo regional onde o caso foi notado.

Os custos destas viagens, principalmente da última, são elevadíssimos e estão a chocar consciências, com a intolerável agravante de se registarem numa altura de crise profunda em que o povo sofre as agruras emergentes de destinos mal prevenidos.
Ao que soubemos, a viagem de Estudante e 'séquito' à República Sul-Africana redunda numa factura que impressiona o mais plácido observador e terá de ser paga pelo erário, factura notável à qual acrescem suculentas ajudas de custos.
Eis o clima que nos descreveram. Será tudo invenção e manobra de maçónicos inimigos da Madeira?


Remodelação deve ser especulativa...

A exuberância dos últimos tempos de mandato de Estudante terá chegado à Quinta das Angústias, provocando insatisfação no próprio chefe supremo, também ele um mau exemplo no desterro de verbas públicas em viagens sucessivas. Um descontentamento que vai ao ponto de quadros próximos do chefe Jardim já terem percebido cenários de remodelação governamental que envolveriam, já agora, secretários como o das Finanças e o da Educação.
Obviamente que os rumores não passarão disso mesmo, já que Jardim sempre se manifestou contra remodelações. E se a substituição de Conceição Estudante seria muito normal, dadas as circunstâncias descritas, o mesmo não se verificaria nos dois outros casos: Ventura Garcês vai no meio de um dificílimo processo de aplicação do programa de resgate e Jaime Freitas mal começou a governar, apesar dos problemas já surgidos.


Futebol-espectáculo joga mais com turismo

A ideia da passagem do futebol profissional, encarado como espectáculo, da tutela da Educação para a do Turismo foi comentada no programa da RTP-M 'Interesse Público', quarta à noite.


O programa foi oportuno. Mas o debate entre convidados não passou livre do ferrete partidário.
A esse propósito, o advogado Filipe Silva, ligado ao União, sugeriu a realização de um estudo sério que calcule 'ao cêntimo' o retorno do investimento no futebol. Certamente - disse - concluir-se-á que a principal modalidade vale a pena para a Região, do ponto de vista financeiro.
Opinião partilhada pelo presidente do Nacional, Rui Alves, que se recusou a considerar 'novo plano' ao modelo para o desporto apresentado esta semana. Diz Rui Alves que se trata de uma simples adaptação do que existia, pelo que atacou os seus autores chamando-os 'incompetentes' e 'desonestos'.


Rui Alves quer tirar Jardim do sarilho


Rui Alves teimou em demarcar o chefe do governo da discussão em directo, que abordava o dramático momento do desporto madeirense, tal como aliás acontece com o resto da vida insular. Preferiu atirar-se com posições e frases violentas contra quem só agora tomou conta de um berbicacho insolúvel, desenhado e teimosamente aplicado há 30 anos.
E isso por mais que, previamente, o secretário Jaime Freitas garantisse que nenhuma parte do modelo avançara sem o conhecimento de Jardim.

O próprio Miguel Albuquerque foi chamado à liça pelo dirigente do Nacional, que já admite recuar na anunciada demissão que fez há horas, aliás como aconteceu vezes sem conta na longa carreira de presidente alvi-negro. A Câmara do Funchal nada faz pela juventude desportiva, carregou Rui Alves, e daí o ataque a Miguel Albuquerque, certamente do agrado de Jardim. "O presidente da Câmara é meu empregado" foi afirmação do Eng.º Alves, com sabor a gratuita.  


Dirigentes comprometidos abanam a cabeça

Quem defendeu o novo modelo com garra, apesar de ainda desconhecer que quantia de dinheiro lhe caberá, foi a presidente da Associação de Basquetebol. Os seus elogios ao director de desportos e ao secretário da Educação provocaram reacções irónicas no pós-programa. É que Sandra Rebolo, dizia-se nos bastidores, conseguiu, como destacada, garantir para si própria uma remuneração para as suas funções de presidente da Associação de Básquete. Está muito agradecida ao regime. Porém...

O mesmo se ouviu da parte de alguns dirigentes submetidos à canga política.
"O problema de Sandra Rebolo e desses dirigentes lambe-botas", observou-nos quem sabe do ofício, "só aparecerá quando perceberem que os seus clubes fecharão."
O raciocínio é linear: se o governo só vai entregar os subsídios recentes, os clubes ficam com as dívidas antigas por pagar. Instaurados os processos pelos credores - no sentido de penhoras, arrestos -, muitos clubes acabarão na insolvência, fechando as portas.
Há clubes já processados que não podem inscrever jogadores! - disseram-nos.


Quem estiver perdido no mar...

Nesse pormenor, bem andou o presidente do Caniçal, terra de pescadores, ao invocar o exemplo do mar: quem está perdido, precisa de saber onde está para então escolher o rumo da salvação.
Em conformidade, Emanuel Melim pediu que resolvam o passivo dos clubes, criado pelas dívidas do governo regional, porque do presente e do futuro tratarão então à vontade, consoante as condições oferecidas a partir de agora.

O pior ainda será o desemprego resultante do inevitável fecho de clubes. Assim como a perda que os jovens madeirenses sofrerão das actuais condições. Mesmo os clubes maiores, se resistirem, terão de exigir aos pais que paguem para os filhos treinarem e jogarem. O próprio Eng.º Rui Alves antevê essa situação no Nacional, onde praticam desporto 700 jovens.


...E o mentor deste louco desporto a passar entre a chuva!

Do que se tem visto nos últimos tempos - este definhar da política desportiva que a Madeira Nova aplicou - ressalta o absentismo do autor da teoria. Chefe Jardim é coerente no seu estilo: aparece nas vitórias, para dizer 'eu fiz isto'; e desaparece na hora do aperto, recordando que nunca assinou nada e remetendo os credores do governo regional para as instâncias de Lisboa.

Ora, não devia ser assim. Os dirigentes dos clubes, que protagonizaram o sistema desportivo sabendo-o traçado com intenções eleiçoeiras, praticando alguns deles também abusos financeiros, inspirados nas loucuras jardineiristas, não têm de arcar com as responsabilidades todas. Só fizeram aquilo para que foram incentivados.
Mora na Quinta das Angústias o único mentor do sistema de desperdícios financeiros de três décadas, o responsável por esta presente derrocada que se adivinhava.
Em nome do sistema caciquista que espalhou por toda a Região, espatifou dinheiro que daria para manter a Madeira ligada por mar ao Continente e a diversas outras partes do mundo, aspiração que já se percebeu muito cara ao povo. Com prudência, o número de desempregados na Madeira seria bem menos assustador, hoje.

Porém, a rábula a que a Madeira assiste de sofá e sem um pio consiste na condenação de dirigentes e de uma equipa governativa que entrou em funções há dois dias.

E assim acontecerá em todas as actividades que ainda mexem alguma coisa nesta terra, à medida que as pedras do castelo jardinista forem ruindo, uma a uma.

Como se houvesse imperado na Madeira um jardinismo sem Jardim.

6 comentários:

Anónimo disse...

Muitos dirigentes caíram na asneira de colocar dinheiro próprio nos clubes e só estão à espera do dinheiro público para se porem ao fresco! Não é por acaso que Jardim avisou aqueles que só estão à espera de receber e depois sair de cena...

Luís Calisto disse...

Evidentemente, caro comentador.

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Conceição Estudante é loira mas não é estúpida. Sabe muito bem que o jardinismo está acabado e, se não aproveitar agora para dar umas boas voltas por conta dos contribuintes, nunca mais poderá fazê-lo.

Anónimo disse...

Até parece que o governo também não paga ao Rui Alves! Esse até para ir às meretrizes é pago com dinheiro do erário público.

Anónimo disse...

A Prof. Sandra Rebolo, além de destacada ainda recebe e muito bem a recibo verde um salário da ABM. E se repararem nas suas despesas, verão que temos ali caso de polícia.... o MP que investigue a gestão dessa senhora e do irmão que por acaso é o tesoureiro...

Luís Calisto disse...

Desconhecia tal sistema de gestão...